Gelo ‘perene’ do Ártico diminui mais rápido do que o de outras camadas

Estudo divulgado pela agência espacial norte-americana (Nasa) nesta semana mostra que o gelo mais antigo e espesso no Ártico derrete a uma velocidade maior do que as bordas mais recentes e finas da capa de gelo no oceano local.
A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas coordenada por Joey Comiso, com o auxílio de satélites da Nasa e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O gelo considerado perene no estudo sobreviveu por, pelo menos, dois verões na região sem derreter. Os pesquisadores distinguiram áreas completamente tomadas por gelo perene de outras regiões que continham, pelo menos, 15% dessas camadas mais resistentes.

A redução das áreas completamente tomadas por gelo perene é de 17,1% por década, segundo a pesquisa, que avaliou um período entre 1980 e 2012. Já as outras regiões, nas quais o gelo perene não domina totalmente a paisagem, essa diminuição no gelo foi de 15,1% por década.

Essas camadas mais grossas de gelo sobrevivem à chegada do verão no Hemisfério Norte, durante os meses de junho, julho e agosto. O restante do gelo espalhado na região do Ártico derrete tão facilmente como congelou durante o inverno.

Os cientistas da Nasa ainda levaram em consideração nos cálculos a redução do gelo que é perene, porém só sobrevive durante um verão. Segundo Comiso, a cobertura média de gelo no Ártico está caindo justamente por conta da redução do gelo perene. (Fonte: Globo Natureza)