Pesquisadores descobriram uma nova esp\u00e9cie de gato-selvagem vivendo no Brasil. O estudo foi publicado na quarta-feira (27), no peri\u00f3dico Current Biology. Acreditava-se que existia apenas uma esp\u00e9cie de gato-do-mato-pequeno no Brasil, entretanto, an\u00e1lises moleculares de DNA mostraram que os indiv\u00edduos que vivem no nordeste s\u00e3o diferentes dos que vivem no sul e sudeste, sem evid\u00eancias de cruzamento, podendo-se afirmar que se trata de duas esp\u00e9cies distintas.<\/p>\n
“Nosso estudo ressalta a necessidade urgente de aten\u00e7\u00e3o para a esp\u00e9cie que vive no nordeste, pois suas caracter\u00edsticas biol\u00f3gicas s\u00e3o muito pouco conhecidas”, afirma o professor da Faculdade de Bioci\u00eancias da PUCRS Eduardo Eizirik, observando que se sabe mais sobre a esp\u00e9cie do sul.<\/p>\n
O estudo, liderado por Eizirik e realizado em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de outras institui\u00e7\u00f5es brasileiras, revelou tamb\u00e9m um conjunto complexo de rela\u00e7\u00f5es entre os felinos e outras duas esp\u00e9cies de gatos neotropicais.<\/p>\n
A hist\u00f3ria evolutiva aponta uma antiga hibridiza\u00e7\u00e3o entre o gato-dos-pampas (Leopardus colocolo<\/em>) e a esp\u00e9cie de gato-do-mato-pequeno do nordeste brasileiro (Leopardus tigrinus<\/em>). A esp\u00e9cie do sul, agora conhecida como Leopardus guttulus, apresentam uma zona h\u00edbrida com o gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroy<\/em>) na regi\u00e3o central do Rio Grande do Sul, mostrando que a hibrida\u00e7\u00e3o \u00e9 um importante fen\u00f4meno que pode ocorrer entre animais de esp\u00e9cies diferentes.<\/p>\n Os respons\u00e1veis pela pesquisa acreditam que as esp\u00e9cies de gato-do-mato-pequeno encontradas no Brasil podem ter se adaptado para diferentes habitats. A do nordeste (L. tigrinus) vive principalmente no cerrado e na caatinga, enquanto a do sul (L. guttulus<\/em>) est\u00e1 no ambiente mais \u00famido e denso da mata atl\u00e2ntica.<\/p>\n O professor Eizirik lembra que as quatro esp\u00e9cies de gato-selvagem est\u00e3o amea\u00e7adas. “Precisamos entender o m\u00e1ximo poss\u00edvel sobre sua gen\u00e9tica, ecologia e evolu\u00e7\u00e3o para sermos capazes de planejar estrat\u00e9gias adequadas de conserva\u00e7\u00e3o”. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Acreditava-se que existia apenas uma esp\u00e9cie de gato-do-mato-pequeno no Pa\u00eds, entretanto, an\u00e1lises moleculares de DNA mostraram que os indiv\u00edduos que vivem no nordeste s\u00e3o diferentes dos que vivem no sul e sudeste, sem evid\u00eancias de cruzamento, podendo-se afirmar que se trata de duas esp\u00e9cies distintas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[66],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/100496"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=100496"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/100496\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=100496"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=100496"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=100496"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}