O observat\u00f3rio espacial Kepler permitiu a identifica\u00e7\u00e3o de pelo menos 715 planetas, quatro deles com condi\u00e7\u00f5es que poderiam torn\u00e1-los habit\u00e1veis, localizados fora do sistema solar, anunciou a Nasa nesta quarta-feira.<\/p>\n
Kepler, lan\u00e7ado em mar\u00e7o de 2009, \u00e9 a primeira miss\u00e3o da Nasa cujo prop\u00f3sito \u00e9 identificar “exoplanetas” e, segundo Douglas Hudgins, da Divis\u00e3o de Astrof\u00edsica da ag\u00eancia espacial americana, “o telesc\u00f3pio mudou totalmente a busca”.<\/p>\n
“H\u00e1 apenas 20 anos s\u00f3 conhec\u00edamos d\u00fazias de poss\u00edveis candidatos a planeta exterior e agora temos cerca de mil, a maioria descobertos nos \u00faltimos cinco anos”, acrescentou Hudgings em uma teleconfer\u00eancia.<\/p>\n
O m\u00e9todo usado pelos cientistas durante anos \u00e9 a “diminui\u00e7\u00e3o de luminosidade” que ocorre quando algum objeto transita em frente a uma estrela do ponto de vista da Terra e causa uma redu\u00e7\u00e3o na luz vista.<\/p>\n
O sistema de passagem, no entanto, n\u00e3o produz uma certeza j\u00e1 que pode haver outras raz\u00f5es pelas quais diminui a luminosidade de uma estrela vista da Terra, e, por isso, os cientistas acrescentaram uma t\u00e9cnica que a Nasa descreveu hoje como muito valiosa.<\/p>\n
Jack Lissauer, cientista do Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffet Field (Calif\u00f3rnia), explicou que entre as 150 mil estrelas observadas por Kepler, “s\u00f3 um par de milhares tem um padr\u00e3o de diminui\u00e7\u00e3o da luminosidade por tr\u00e2nsito de um objeto”.<\/p>\n
Se o padr\u00e3o de passagem \u00e9 m\u00faltiplo “n\u00e3o ocorre ao acaso”, acrescentou, mas responde \u00e0 presen\u00e7a de candidatos mais firmes a planeta.<\/p>\n
Jason Rowe, cientista do instituto SETI, em Mountain View (Calif\u00f3rnia), disse que “a presen\u00e7a de v\u00e1rios planetas em torno de uma estrela, como ocorre com nosso sistema solar, \u00e9 bastante comum”.<\/p>\n
“Em sua maioria s\u00e3o planetas pequenos, comparados com a escala dos planetas no sistema solar e, de fato, todos eles se encontram em sistemas multiplanet\u00e1rios e 95% s\u00e3o menores que Netuno. Encontramos poucos planetas do tamanho de J\u00fapiter”, acrescentou Rowe.<\/p>\n
“Os novos sistemas descobertos t\u00eam planetas com \u00f3rbitas planas e circulares, como os planetas interiores de nosso sistema solar”, continuou o pesquisador.<\/p>\n
Sara Seager, professora de ci\u00eancia e f\u00edsica planet\u00e1ria no Instituto Tecnol\u00f3gico de Massachusetts, destacou que o novo sistema de identifica\u00e7\u00e3o “nos permite comparar os candidatos em grupos e isto nos leva a analis\u00e1-los muito mais r\u00e1pido”.<\/p>\n
“Sabemos agora que os sistemas planet\u00e1rios podem ser muito diferentes de nosso sistema solar”, concluiu. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"