O crescimento do uso das energias renov\u00e1veis se mostra como uma esperan\u00e7a para reduzir as emiss\u00f5es de CO2 no mundo todo, segundo um estudo do Greenpeace apresentado em Berlim dois dias antes da divulga\u00e7\u00e3o do novo relat\u00f3rio do Painel Intergovernamental sobre Mudan\u00e7a Clim\u00e1tica das Na\u00e7\u00f5es Unidas (IPCC).<\/p>\n
“A revolu\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica come\u00e7ou… e n\u00e3o s\u00f3 na Alemanha”, \u00e9 o t\u00edtulo do estudo apresentado nesta sexta-feira por Sven Teske, respons\u00e1vel pelo Greenpeace International, a poucos metros do hotel onde os analistas do IPCC est\u00e3o reunidos desde segunda-feira na capital alem\u00e3.<\/p>\n
O otimismo do Greenpeace com rela\u00e7\u00e3o ao futuro das energias renov\u00e1veis se baseia, antes de tudo, na redu\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os, que faz com que o fator econ\u00f4mico j\u00e1 n\u00e3o seja um obst\u00e1culo, mas um est\u00edmulo para seu desenvolvimento.<\/p>\n
“A tend\u00eancia em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s energias renov\u00e1veis indica uma not\u00e1vel redu\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os. A energia solar passou de uma das energias mais caras para ser a mais barata, depois da e\u00f3lica”, disse Teske.<\/p>\n
Segundo ele, esse fator faz com que as economias emergentes recorram cada vez mais \u00e0s renov\u00e1veis para satisfazer sua crescente demanda energ\u00e9tica.<\/p>\n
Em outro relat\u00f3rio, tamb\u00e9m apresentado hoje, a organiza\u00e7\u00e3o ambientalista cita que h\u00e1 muitos ind\u00edcios de que o crescimento do uso do carv\u00e3o na China estaria pr\u00f3ximo de seu fim.<\/p>\n
“H\u00e1 pouco tempo, o r\u00e1pido crescimento do uso do carv\u00e3o na China amea\u00e7ava desencadear um desastre clim\u00e1tico. No entanto, os elevados \u00edndices de polui\u00e7\u00e3o no pa\u00eds apontam que essa tend\u00eancia se romper\u00e1”, assinalou o analista em clima do Greenpeace para a \u00c1sia, Li Shuo.<\/p>\n
De acordo com o analista, “nos pr\u00f3ximos anos, muitas prov\u00edncias chinesas passar\u00e3o do r\u00e1pido crescimento do uso do carv\u00e3o para uma r\u00e1pida redu\u00e7\u00e3o”.<\/p>\n
As medidas adotadas por v\u00e1rias prov\u00edncias para diminuir a utiliza\u00e7\u00e3o do carv\u00e3o levar\u00e3o a uma redu\u00e7\u00e3o de 700 milh\u00f5es de toneladas de CO2 at\u00e9 2017 e 1,3 bilh\u00e3o de toneladas at\u00e9 2020, quantidade esta \u00faltima que se iguala \u00e0s emiss\u00f5es do Canad\u00e1 e Austr\u00e1lia juntas.<\/p>\n
A reuni\u00e3o do denominado terceiro grupo de trabalho de analistas da ONU deve pactuar para o pr\u00f3ximo domingo um resumo executivo da an\u00e1lise de 2 mil p\u00e1ginas elaboradas por 200 analistas durante os \u00faltimos quatro anos, o qual \u00e9 centrado em como diminuir a mudan\u00e7a clim\u00e1tica.<\/p>\n
O texto pactuado ser\u00e1 o terceiro cap\u00edtulo do Quinto Relat\u00f3rio de Avalia\u00e7\u00e3o (AR5), o documento cient\u00edfico sobre o qual ser\u00e3o baseadas as discuss\u00f5es da c\u00fapula do Clima de Paris de 2015. A partir desse encontro, os envolvidos devem definir o acordo que substituir\u00e1 o Protocolo de Kyoto.<\/p>\n
Em janeiro passado, o primeiro grupo de trabalho publicou suas conclus\u00f5es sobre as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e certificou que o ser humano causou o aquecimento global. J\u00e1 em mar\u00e7o, o segundo grupo de trabalho analisou seu impacto, a vulnerabilidade e as possibilidades de adapta\u00e7\u00e3o. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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