{"id":104854,"date":"2014-04-30T00:00:31","date_gmt":"2014-04-30T03:00:31","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=104854"},"modified":"2014-04-29T21:54:26","modified_gmt":"2014-04-30T00:54:26","slug":"propostas-visam-reduzir-impactos-das-mudancas-climaticas-na-costa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/04\/30\/104854-propostas-visam-reduzir-impactos-das-mudancas-climaticas-na-costa.html","title":{"rendered":"Propostas visam reduzir impactos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas na costa"},"content":{"rendered":"
At\u00e9 o dia 16 de maio, a Funda\u00e7\u00e3o Get\u00falio Vargas de S\u00e3o Paulo (FGV-SP) enviar\u00e1 \u00e0 Secretaria de Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente (MMA) relat\u00f3rio contendo as conclus\u00f5es oferecidas pelos integrantes da For\u00e7a Tarefa da Zona Costeira para o Plano Nacional de Adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (PNA). O documento se baseia em mais de um ano de discuss\u00f5es, consolidadas durante oficina encerrada nesta ter\u00e7a-feira (29\/04), em Bras\u00edlia. Representantes da academia, pesquisadores, especialistas, \u00f3rg\u00e3os gestores e de gerenciamento da informa\u00e7\u00e3o est\u00e3o preocupados com as poss\u00edveis consequ\u00eancias que as mudan\u00e7as no clima possam acarretar contra os 45 milh\u00f5es de brasileiros que moram no litoral.<\/p>\n
O aumento do n\u00edvel das \u00e1guas do mar \u00e9 um dos elementos estudados pelo grupo. De acordo com o gerente de Geod\u00e9sia e Cartografia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE), Cristiano Francisco Orlando, que integra a For\u00e7a Tarefa, o monitoramento do n\u00edvel do mar come\u00e7ou a ser feito pelo \u00f3rg\u00e3o h\u00e1 mais de 50 anos, ainda na d\u00e9cada de 1960, no litoral de Santa Catarina. \u201cConstatamos que o n\u00edvel do mar vem subindo alguns mil\u00edmetros por ano, mas, por enquanto, isso n\u00e3o \u00e9 preocupante\u201d, assegurou.<\/p>\n
Constru\u00e7\u00e3o coletiva <\/strong>– A vers\u00e3o final do documento, a ser consolidado pela FGV-SP, conter\u00e1 as prioridades identificadas pelos especialistas e t\u00e9cnicos que integram o grupo, al\u00e9m de indicar prazos e propor a\u00e7\u00f5es. \u201cVamos sistematizar todo o conte\u00fado das discuss\u00f5es, contanto como foi o processo de constru\u00e7\u00e3o coletiva e a participa\u00e7\u00e3o de todos os atores, objetivando subsidiar a elabora\u00e7\u00e3o do Plano Nacional de Adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (PNA)\u201d, explicou a gestora de Relacionamento e Mobiliza\u00e7\u00e3o do Centro de Estudos em sustentabilidade da FGVSP, Maria de Toledo Piza.<\/p>\n A primeira vers\u00e3o do PNA deve estar conclu\u00edda at\u00e9 o final deste ano e ser\u00e1 apresentada aos integrantes do Comit\u00ea Interministerial sobre Mudan\u00e7a do Clima (CIM), segundo explicou a analista ambiental do Departamento de Licenciamento e Avalia\u00e7\u00e3o Ambiental da SMCQ, Mariana Egler. At\u00e9 o final de 2015, o CIM dever\u00e1 aprovar e publicar a vers\u00e3o final do PNA. \u201cTrata-se de um trabalho pioneiro e estruturante de consulta a especialistas, elaborado em bases participativas\u201d, comemorou.<\/p>\n O plano de adapta\u00e7\u00e3o \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas levar\u00e1 em conta a fragilidade do ecossistema costeiro, a potencial eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar e a possibilidade de ocorr\u00eancia de eventos extremos, como ondas gigantes e tornados, capazes de comprometer a qualidade de vida de quem vive nas cidades litor\u00e2neas. Para o diretor de Zoneamento Territorial da Secretaria de Recursos H\u00eddricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Adalberto Sigismundo Eberhard, o plano tentar\u00e1 prever essas ocorr\u00eancias com base nos conhecimentos cient\u00edficos acumulados, bem como preparar a sociedade para as consequ\u00eancias desses eventos sobre as popula\u00e7\u00f5es costeiras, a economia e o meio ambiente\u0094.<\/p>\n Impactos <\/strong>– Entre as propostas concretas, definidas pelos membros da For\u00e7a Tarefa, est\u00e3o, tamb\u00e9m, a elabora\u00e7\u00e3o de modelagens e simula\u00e7\u00f5es com a finalidade de compreender a din\u00e2mica futura do mar em rela\u00e7\u00e3o ao continente e, em decorr\u00eancia, estabelecer crit\u00e9rios emergenciais governamentais e n\u00e3o governamentais para enfrentar as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, segundo Eberhard. O professor do Instituto de Oceanografia da Universidade de S\u00e3o Paulo (USP) Alexandre Turra enumerou outros tr\u00eas pontos, considerados por ele marcantes e priorit\u00e1rios para o PNA: a gera\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es atreladas \u00e0s demandas de gest\u00e3o; o aprimoramento do processo de gest\u00e3o e de planejamento costeiro integrado; e a necessidade de se reduzir as press\u00f5es sobre o ambiente costeiro, com a cria\u00e7\u00e3o de unidades de conserva\u00e7\u00e3o para aumentar a resili\u00eancia (capacidade de resistir a press\u00f5es em situa\u00e7\u00f5es adversas) dos ecossistemas da costa.<\/p>\n De acordo com Turra, as medidas devem ser implantadas no curto prazo, pois a situa\u00e7\u00e3o \u00e9 preocupante por conta das incertezas associadas ao tema mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. O professor da USP acredita serem necess\u00e1rias a ado\u00e7\u00e3o de medidas de precau\u00e7\u00e3o emergenciais para reduzir poss\u00edveis preju\u00edzos, como a perda de vidas e impactos negativos na economia e no meio ambiente. (Fonte: MMA)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"