{"id":105564,"date":"2014-05-24T00:01:39","date_gmt":"2014-05-24T03:01:39","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=105564"},"modified":"2014-05-23T21:44:38","modified_gmt":"2014-05-24T00:44:38","slug":"geleiras-do-nepal-encolheram-quase-um-quarto-em-trinta-anos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/05\/24\/105564-geleiras-do-nepal-encolheram-quase-um-quarto-em-trinta-anos.html","title":{"rendered":"Geleiras do Nepal encolheram quase um quarto em trinta anos"},"content":{"rendered":"

As mudan\u00e7as clim\u00e1ticas fizeram as geleiras do Nepal, no Himalaia, encolher quase um quarto em apenas 30 anos, aumentando o risco de desastres naturais em uma regi\u00e3o ecologicamente fr\u00e1gil, alertou um cientista nesta sexta-feira (23).<\/p>\n

Um novo estudo, realizado pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas (ICOMOD, na sigla em ingl\u00eas), com sede em Katmandu, mostra que a \u00e1rea coberta por geleiras diminuiu 24% entre 1977 e 2010.<\/p>\n

Samjwal Ratna Bajracharya, principal autor do relat\u00f3rio, disse \u00e0 AFP que “a redu\u00e7\u00e3o das geleiras no Nepal est\u00e1 definitivamente vinculada \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, sendo o degelo glacial um enorme indicador das temperaturas em eleva\u00e7\u00e3o”.<\/p>\n

O projeto de pesquisas, financiado pela Noruega, conduzido pelo ICIMOD, levou tr\u00eas anos para ser conclu\u00eddo, durante os quais os cientistas mapearam imagens de sat\u00e9lite de d\u00e9cadas diferentes para ver a extens\u00e3o da perda de gelo na regi\u00e3o.<\/p>\n

O decl\u00ednio mais r\u00e1pido ocorreu entre 1980 e 1990, disse Bajracharya, acrescentando que antes do final dos anos 1970, imagens de sat\u00e9lite refletiam pequenas mudan\u00e7as na \u00e1rea glacial do Nepal.<\/p>\n

Ele disse que o degelo glacial est\u00e1 gerando imensos lagos em expans\u00e3o que amea\u00e7am transbordar e devastar comunidades montanhosas instaladas \u00e0 jusante.<\/p>\n

A acelerada perda glacial fez surgir preocupa\u00e7\u00f5es sobre o acesso futuro a fontes h\u00eddricas, particularmente em regi\u00f5es onde a \u00e1gua subterr\u00e2nea \u00e9 limitada e chuvas de mon\u00e7\u00e3o s\u00e3o err\u00e1ticas.<\/p>\n

“Se a tend\u00eancia continuar, o impacto imediato ser\u00e1 sentido por aqueles que vivem em regi\u00f5es de altitudes elevadas, que dependem de reservas de \u00e1gua doce das geleiras”, disse Bajracharya.<\/p>\n

As descobertas, publicadas no come\u00e7o do m\u00eas, tamb\u00e9m fizeram soar o alerta pela press\u00e3o nepalesa em desenvolver projetos de hidreletricidade.<\/p>\n

“O Nepal n\u00e3o pode usar seus recursos h\u00eddricos sem avaliar o estado de nossas geleiras e bacias fluviais”, afirmou.<\/p>\n

Um informe governamental publicado recentemente na \u00cdndia atribuiu aos projetos de hidrel\u00e9tricas a culpa por enchentes devastadoras que mataram milhares de pessoas naquele pa\u00eds e no vizinho Nepal.<\/p>\n

O painel do governo informou que o ac\u00famulo de sedimentos em rios, devido ao lan\u00e7amento de terra escavada durante a constru\u00e7\u00e3o de projetos hidrel\u00e9tricos, exacerbou as enchentes quando chuvas recorde ca\u00edram na regi\u00e3o, em junho do ano passado. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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