{"id":105742,"date":"2014-05-30T00:00:02","date_gmt":"2014-05-30T03:00:02","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=105742"},"modified":"2014-05-29T20:12:33","modified_gmt":"2014-05-29T23:12:33","slug":"criar-abelhas-em-areas-urbanas-esta-em-alta-na-alemanha","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/05\/30\/105742-criar-abelhas-em-areas-urbanas-esta-em-alta-na-alemanha.html","title":{"rendered":"Criar abelhas em \u00e1reas urbanas est\u00e1 em alta na Alemanha"},"content":{"rendered":"
A cria\u00e7\u00e3o de abelhas est\u00e1 na moda. Nos quintais e varandas de grandes cidades, h\u00e1 cada vez mais pequenos api\u00e1rios. Para pesquisadores, a atividade combina com o aumento da consci\u00eancia ecol\u00f3gica no mundo.<\/p>\n
Como polinizadores, esses insetos tamb\u00e9m dependem das plantas e usam o p\u00f3len e o n\u00e9ctar das flores como fonte de alimento. Mas essa vegeta\u00e7\u00e3o est\u00e1 em falta: em zonas rurais, as abelhas convivem com \u00e1reas de plantio sem flores ou campos sem vegeta\u00e7\u00e3o. Com a queda da popula\u00e7\u00e3o desses insetos registrada em estudos cient\u00edficos, a cria\u00e7\u00e3o urbana ganhou apelo. \u00c9 por isso que as abelhas agora circulam cada vez mais pelas cidades.<\/p>\n
O engenheiro aposentado e apicultor amador J\u00fcrgen Hiller cria h\u00e1 quase quatro anos duas colmeias no seu jardim. “Eu tive a sorte de ser orientado por um apicultor amador com muita experi\u00eancia que, em casos de emerg\u00eancias, vem at\u00e9 aqui”. Hiller afirma ter lido muito sobre o assunto e conquistou, dessa maneira, o conhecimento necess\u00e1rio para essa pr\u00e1tica.<\/p>\n
Hiller n\u00e3o fez nenhum curso oferecido por associa\u00e7\u00f5es de apicultores ou recomendado por especialistas. “Contudo, isso teria sido, com certeza, \u00fatil”, admite. No ano passado, uma de suas colmeias morreu. “Provavelmente de varroa”, acredita o apicultor amador. Varroa \u00e9 um tipo de \u00e1caro que ataca e dizima col\u00f4nias de abelhas. Pesquisadores e apicultores profissionais estudam o problema – a luta contra esse parasita requer conhecimento t\u00e9cnico.<\/p>\n
“O apicultor tem a fun\u00e7\u00e3o de proteger e cuidar da colmeia. Tudo precisa ser feito com base em um determinado plano e no tempo exato”, refor\u00e7a Andre\u00e9 Hamm, pesquisador sobre abelhas da Universidade de Bonn, na Alemanha.<\/p>\n
Abelhas em alta<\/strong> – Para o diretor do Instituto de Apicultura da Universidade de Hohenheim, Peter Rosenkranz, a forte divulga\u00e7\u00e3o na m\u00eddia sobre a morte desses insetos os tornou populares. A raz\u00e3o para essa morte em massa tem uma natureza complexa. A agricultura intensiva e a urbaniza\u00e7\u00e3o fizeram com que as \u00e1reas com flores desaparecessem. Al\u00e9m disso, o aumento do uso de pesticidas nas lavouras tamb\u00e9m leva \u00e0 morte desses insetos.<\/p>\n O projeto Fit Bee, coordenado pela equipe de Rosenkranz, procura conciliar a agricultura com a sobreviv\u00eancia das abelhas. Devido \u00e0 atual condi\u00e7\u00e3o dos insetos, o especialista n\u00e3o se surpreende com o fato de muitas pessoas optarem pela cria\u00e7\u00e3o de abelhas.<\/p>\n Mas o apicultor profissional Klaus Maresch \u00e9 mais cr\u00edtico. “Muitas colmeias morrem devido \u00e0 falta de conhecimentos do apicultor. Eu n\u00e3o fa\u00e7o nada de bom para as abelhas s\u00f3 as criando”, afirma o especialista. Para ele, um apicultor precisa ser tamb\u00e9m uma esp\u00e9cie de veterin\u00e1rio e para isso \u00e9 necess\u00e1rio um conhecimento que muitos amadores n\u00e3o possuem.<\/p>\n Maresch cita como exemplo a varroa. Segundo ele, nenhuma colmeia necessariamente morre ao ser atacada por esse parasita. O criador precisa aplicar o tratamento profil\u00e1tico correto. Maresch possui 180 colmeias, divididas em 12 locais em Bonn e regi\u00e3o. Neste ano, ele quer chegar a 300.<\/p>\n Seu api\u00e1rio est\u00e1 localizando em um terreno de sete hectares, em um antigo campo de tiro do ex\u00e9rcito alem\u00e3o. O mel produzido \u00e9 org\u00e2nico e ele tamb\u00e9m vende cera para velas, balas de mel e hidromel. A instala\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o onde o mel \u00e9 trabalhado custou a Maresch cerca de 30 mil euros e segue os padr\u00f5es para a produ\u00e7\u00e3o de alimentos.<\/p>\n Prote\u00e7\u00e3o \u00e0 natureza<\/strong> – Apesar do ceticismo do apicultor, para pesquisadores o interesse popular por abelhas \u00e9 importante. Por um lado, esses insetos s\u00e3o indicadores ecol\u00f3gicos, ou seja, quando o meio ambiente adoece, especialmente se diminui a diversidade de plantas, as abelhas ajudam a indicar a apontar para o problema.<\/p>\n Por outro lado, sua import\u00e2ncia econ\u00f4mica n\u00e3o deve ser subestimada. “Cerca de 80% das plantas na Alemanha dependem da poliniza\u00e7\u00e3o das abelhas. At\u00e9 os animais que comemos s\u00e3o alimentados com essas plantas. Por isso, as abelhas t\u00eam um papel fundamental na nossa alimenta\u00e7\u00e3o”, afirma Hamm.<\/p>\n Al\u00e9m das abelhas criadas, existem na Alemanha cerca de 600 esp\u00e9cies selvagens. Nesse caso, a situa\u00e7\u00e3o \u00e9 um pouco pior do que a das domesticadas. “Abelhas selvagens t\u00eam uma desvantagem dupla. Elas dependem no seu ambiente n\u00e3o somente de recursos de plantas como p\u00f3len e n\u00e9ctar, mas tamb\u00e9m de locais para fazer suas colmeias”, diz Hamm. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Preocupa\u00e7\u00e3o com o sumi\u00e7o desses insetos no campo despertou interesse da popula\u00e7\u00e3o das cidades. Cerca de 80% das plantas na Alemanha dependem da poliniza\u00e7\u00e3o das abelhas, afirmam pesquisadores. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[66,53],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/105742"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=105742"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/105742\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=105742"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=105742"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=105742"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}