{"id":106624,"date":"2014-06-30T00:00:31","date_gmt":"2014-06-30T03:00:31","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=106624"},"modified":"2014-06-29T20:28:42","modified_gmt":"2014-06-29T23:28:42","slug":"china-estica-mapa-nacional-para-defender-reivindicacoes-maritimas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/06\/30\/106624-china-estica-mapa-nacional-para-defender-reivindicacoes-maritimas.html","title":{"rendered":"China “estica” mapa nacional para defender reivindica\u00e7\u00f5es mar\u00edtimas"},"content":{"rendered":"
Pequim levou para a cartografia seu conflito com o Sudeste Asi\u00e1tico pela soberania de centenas de ilhas no Mar da China Meridional, com um mapa oficial que pela primeira vez inclui todas as \u00e1guas em conflito, o que “estica” as cartas nacionais em milhares de quil\u00f4metros ao sul.<\/p>\n
O mapa, apresentado ao p\u00fablico nesta semana pela Editoria Cartogr\u00e1fica de Hunan, muda radicalmente o aspecto que os mapas nacionais da China t\u00eam, j\u00e1 que pela primeira vez \u00e9 vertical e n\u00e3o horizontal, como todos s\u00e3o pendurados em salas de aula, bibliotecas e escrit\u00f3rios do pa\u00eds.<\/p>\n
Isso se deve ao fato de que pela primeira vez aparecem na mesma escala que a grande massa continental chinesa arquip\u00e9lagos como as Ilhas Spratly e as Ilhas Paracel, que a China disputa com Vietn\u00e3, Filipinas, Indon\u00e9sia, Mal\u00e1sia, Brunei e Taiwan, e que tenta reivindicar tamb\u00e9m construindo nelas desde cidades a pistas de pouso ou instala\u00e7\u00f5es tur\u00edsticas.<\/p>\n
O mapa \u00e9 um pouco chocante, porque muitas dessas ilhas s\u00e3o t\u00e3o pequenas que mal s\u00e3o vis\u00edveis na nova representa\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica, e o aspecto final \u00e9 o de um plano no qual a China est\u00e1 um pouco descentralizada, na parte superior.<\/p>\n
Representa\u00e7\u00f5es oficiais anteriores da China tamb\u00e9m inclu\u00edam as ilhas em conflito, mas em escala menor que o resto do pa\u00eds e em minimapas inseridos em um cantinho, de maneira similar a outros pa\u00edses com arquip\u00e9lagos afastados de sua massa continental, como as Ilhas Can\u00e1rias, da Espanha; ou a Ilha de P\u00e1scoa, do Chile.<\/p>\n
O mapa atual, que estende cinco mil quil\u00f4metros ao sul os limites da China, coloca 10 linhas como fronteiras mar\u00edtimas imagin\u00e1rias entre o gigante asi\u00e1tico e os pa\u00edses do sudeste do continente.<\/p>\n
O novo mapa tamb\u00e9m n\u00e3o deixa de incluir uma dessas linhas de fronteira entre o Jap\u00e3o e as Ilhas Diaoyu (Senkaku para os japoneses), controladas de fato por T\u00f3quio, mas que Pequim reivindica, em outro grande conflito.<\/p>\n
O lit\u00edgio que mais dor de cabe\u00e7a causa este ano a Pequim \u00e9, no entanto, o que mant\u00e9m com o Vietn\u00e3 pelas Ilhas Paracel (Xisha para os chineses, Hoang Sa para os vietnamitas), desde que, no come\u00e7o de maio, a companhia petrol\u00edfera estatal China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) transferiu uma de suas plataformas extratoras para as \u00e1guas em disputa.<\/p>\n
Os navios vietnamitas que tentaram deter essa instala\u00e7\u00e3o foram respondidos com canh\u00f5es de \u00e1gua por navios chineses. Dias depois, o conflito se transferiria para as ruas do Vietn\u00e3, onde os protestos derivavam em ataques ao com\u00e9rcio chin\u00eas nesse pa\u00eds, que terminaram com quatro mortes.<\/p>\n
O uso dos mapas nos muitos conflitos da China com seus pa\u00edses vizinhos \u00e9 frequente no regime comunista, que costuma mostrar em exposi\u00e7\u00f5es ou em reuni\u00f5es pol\u00edticas cartas elaboradas por seus navegantes em s\u00e9culos passados com a inten\u00e7\u00e3o de defender suas reivindica\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
O uso pol\u00edtico da cartografia n\u00e3o se reduz aos conflitos pelas Paracel, Spratly e Diaoyu\/Senkaku: tamb\u00e9m \u00e9 obrigat\u00f3rio nos mapas chineses que a ilha de Taiwan, apesar de estar separada unilateralmente do resto da China desde 1949, seja mostrada como uma prov\u00edncia do pa\u00eds, algo que nem sempre ocorre no Ocidente.<\/p>\n
Outro detalhe no qual as mapas chineses podem diferir dos publicados no resto do mundo \u00e9 o da controversa fronteira entre o gigante asi\u00e1tico e a \u00cdndia. Os mapas chineses costumam mostrar como parte do pa\u00eds a regi\u00e3o de Aksai Chin, na Caxemira, que em cartas internacionais, \u00e0s vezes, figura como “regi\u00e3o reivindicada” por Pequim e Nova D\u00e9lhi.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, at\u00e9 h\u00e1 quase uma d\u00e9cada, esses mesmos mapas chineses consideravam um pa\u00eds independente o estado indiano de Siquim, entre Nepal e But\u00e3o, que durante d\u00e9cadas contou com apoio pol\u00edtico de Pequim, j\u00e1 que o regime comunista buscava um territ\u00f3rio que o separasse completamente da \u00cdndia no Himalaia. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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