{"id":106785,"date":"2014-07-05T00:00:54","date_gmt":"2014-07-05T03:00:54","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=106785"},"modified":"2014-07-04T20:51:42","modified_gmt":"2014-07-04T23:51:42","slug":"onu-denuncia-aumento-do-uso-de-produtos-derivados-de-animais-em-extincao","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/07\/05\/106785-onu-denuncia-aumento-do-uso-de-produtos-derivados-de-animais-em-extincao.html","title":{"rendered":"ONU denuncia aumento do uso de produtos derivados de animais em extin\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"
O aumento do uso de produtos derivados dos chifres de rinocerontes ou de outras partes do corpo dos tigres como s\u00edmbolo de ostenta\u00e7\u00e3o e de riqueza est\u00e1 amea\u00e7ando ainda mais a sobreviv\u00eancia destes dois animais, denunciou a ONU nesta sexta-feira (4).<\/p>\n
O Comit\u00ea permanente de Conven\u00e7\u00e3o sobre o Com\u00e9rcio Internacional de Esp\u00e9cies Selvagens de Fauna e Flora (Cites) se reunir\u00e1 na pr\u00f3xima semana em Genebra para analisar a implementa\u00e7\u00e3o de novas normas sobre com\u00e9rcio ilegal de esp\u00e9cies protegidas.<\/p>\n
Um dos pontos mais relevantes da agenda ser\u00e1 o aumento do com\u00e9rcio il\u00edcito de chifres de rinocerontes e de partes de tigres, explicou hoje em entrevista coletiva o secret\u00e1rio-executivo da Cites, John Scanlon.<\/p>\n
“Estamos observando uma preocupante mudan\u00e7a na demanda de algumas esp\u00e9cies. Antes, essas esp\u00e9cies eram ca\u00e7adas porque achavam que algumas de suas partes curavam doen\u00e7as. Mas, agora, observamos que o uso dessas pe\u00e7as visa demonstrar riqueza”.<\/p>\n
Neste aspecto, espera-se que, durante as sess\u00f5es da pr\u00f3xima semana – de 7 a 11 de julho -, \u00c1frica do Sul, Vietn\u00e3 e Rep\u00fablica Tcheca apresentem relat\u00f3rios a respeito do tr\u00e1fico de chifres de rinocerontes, dado que estes pa\u00edses aparecem como o primeiro exportador de tr\u00e1fico il\u00edcito, o primeiro receptor e um dos principais intermedi\u00e1rios, respectivamente.<\/p>\n
“O com\u00e9rcio ilegal \u00e9 maior que a capacidade que os rinocerontes t\u00eam de se reproduzir”, o que representa uma grande amea\u00e7a.<\/p>\n
De fato, at\u00e9 2007, a popula\u00e7\u00e3o de rinocerontes no mundo tinha se estabilizado e parecia que a amea\u00e7a tinha desaparecido, mas, a partir de 2008, novos atos de ca\u00e7a ilegal foram detectados de forma crescente, com 88 casos anuais. No ano passado, por exemplo, mais de mil casos foram registrados.<\/p>\n
Em rela\u00e7\u00e3o aos tigres, cuja pele \u00e9 a mais requisitada, Scanlon ressaltou que “s\u00f3 h\u00e1 3 mil exemplares vivendo de forma selvagem” e, por isso, destacou a import\u00e2ncia de proteger a esp\u00e9cie antes de um irrevers\u00edvel declive.<\/p>\n
Os 19 membros do Comit\u00ea Permanente e os 400 participantes da confer\u00eancia tamb\u00e9m analisar\u00e3o o caso dos elefantes, cujo massacre se baseia no com\u00e9rcio ilegal de marfim.<\/p>\n
Na \u00faltima d\u00e9cada houve um aumento consider\u00e1vel da ca\u00e7a ilegal de elefantes, fato que elevou a amea\u00e7a relacionada \u00e0 esp\u00e9cie, tendo em vista que os animais n\u00e3o se reproduzem ao mesmo n\u00edvel em que s\u00e3o dizimados.<\/p>\n
Oito pa\u00edses onde existe com\u00e9rcio ilegal de marfim – Camar\u00f5es, Congo, Egito, Eti\u00f3pia, Gab\u00e3o, Mo\u00e7ambique, Nig\u00e9ria e Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo – dever\u00e3o apresentar \u00edndices atualizados dessa pr\u00e1tica, medidas para fre\u00e1-la e, inclusive, o que pretendem fazer em um futuro pr\u00f3ximo.<\/p>\n
Outros seis pa\u00edses – Angola, Camboja, Catar, Emirados \u00c1rabes, Jap\u00e3o e Laos – tamb\u00e9m dever\u00e3o apresentar um relat\u00f3rio de seus planos para combater o tr\u00e1fico ilegal de animais.<\/p>\n
O Comit\u00ea insistir\u00e1 na implementa\u00e7\u00e3o de um plano de a\u00e7\u00e3o sobre o elefante africano, incluindo um aumento dos controles dos mercados nacionais de marfim, a colabora\u00e7\u00e3o entre pa\u00edses africanos e asi\u00e1ticos para evitar o contrabando e o desenvolvimento de a\u00e7\u00f5es conjuntas de repress\u00e3o do com\u00e9rcio ilegal junto ao Cons\u00f3rcio Internacional de Combate ao Crime sobre Vida Selvagem (ICCWC, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n
“Existem v\u00e1rias formas de lutar contra o contrabando ilegal, como campanhas de comunica\u00e7\u00e3o induzindo as pessoas deixarem de comprar um bolsa ou um elemento ornamental produzido com uma esp\u00e9cie protegida, mas tamb\u00e9m devemos lutar de forma contundente contra o crime organizado que controla o com\u00e9rcio il\u00edcito”, explicou Scanlon.<\/p>\n
“Em muitos casos enfrentamos grupos organizados em n\u00edvel internacional e, por isso, precisamos atuar atrav\u00e9s da Interpol”.<\/p>\n
Al\u00e9m dos animais citados, os golfinhos tamb\u00e9m estar\u00e3o sobre a mesa, ap\u00f3s a aceita\u00e7\u00e3o das Ilhas Salom\u00e3o, principal exportador destes animais, de interromper sua comercializa\u00e7\u00e3o at\u00e9 a realiza\u00e7\u00e3o de uma pesquisa sobre a sustentabilidade da esp\u00e9cie.<\/p>\n
O estado dos tubar\u00f5es, dos ant\u00edlopes tibetanos e dos guepardos, entre outros, tamb\u00e9m ser\u00e3o analisados, assim como o cumprimento que os 180 Estados-membros da Conven\u00e7\u00e3o fazem tanto pelo estabelecido pelo conv\u00eanio como por suas pr\u00f3prias leis individuais. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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