{"id":108058,"date":"2014-08-21T00:00:26","date_gmt":"2014-08-21T03:00:26","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=108058"},"modified":"2014-08-19T18:37:53","modified_gmt":"2014-08-19T21:37:53","slug":"rio-piracicaba-tem-poluicao-cinco-vezes-maior-que-a-aceitavel","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/08\/21\/108058-rio-piracicaba-tem-poluicao-cinco-vezes-maior-que-a-aceitavel.html","title":{"rendered":"Rio Piracicaba tem polui\u00e7\u00e3o cinco vezes maior que a aceit\u00e1vel"},"content":{"rendered":"

O rio Piracicaba registra, no trecho que corta o centro de Piracicaba (a 160 km da capital paulista), \u00edndice de polui\u00e7\u00e3o que supera cinco vezes o observado em rios com polui\u00e7\u00e3o considerada aceit\u00e1vel. Os dados s\u00e3o do Cena (Centro de Energia Nuclear de Agricultura), que funciona na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), na USP (Universidade de S\u00e3o Paulo) da cidade.<\/p>\n

A medi\u00e7\u00e3o, realizada na ter\u00e7a-feira (19), foi feita pelo pesquisador Pl\u00ednio Barbosa de Camargo e atingiu \u00edndice de condutividade el\u00e9trica de 944. Quanto mais alto esse valor, mais o rio conduz eletricidade, o que indica maior presen\u00e7a de poluentes. O n\u00edvel aceit\u00e1vel para o Piracicaba \u00e9 de 150. “Se fosse um rio limpo, o n\u00edvel de condutividade iria variar entre 100 e 200”, explica Camargo.<\/p>\n

O pesquisador informou ainda que o manancial tem uma s\u00e9rie de indicadores ruins. O pH da \u00e1gua, por exemplo, est\u00e1 em 7,63, quando o ideal seria 7. J\u00e1 o n\u00edvel de oxig\u00eanio no rio durante a medi\u00e7\u00e3o foi de 2,90 miligramas por litro, quando o ideal seria de 5 mg\/l. “Fazemos a medi\u00e7\u00e3o h\u00e1 17 anos e n\u00e3o vejo melhora no \u00edndice de polui\u00e7\u00e3o. Temos, ao lado do Piracicaba, o rio Corumbata\u00ed, que tem \u00edndice de 170. Isso mostra o qu\u00e3o polu\u00eddo o Piracicaba est\u00e1”, afirma.<\/p>\n

O pesquisador diz que a situa\u00e7\u00e3o do manancial piora por conta do tempo seco, mas ressalta que a polui\u00e7\u00e3o \u00e9 observada durante o ano inteiro. “Em dezembro, o \u00edndice era de 550, passou para 660, em fevereiro, e 750, em julho. Quanto mais seco, pior. Mas n\u00e3o significa que antes era aceit\u00e1vel”, disse.<\/p>\n

Tr\u00eas vezes mais cloro<\/strong> – A Esalq utiliza \u00e1gua do rio Piracicaba para abastecimento de todo o campus, onde h\u00e1 cerca de 5.000 estudantes, professores e servidores. O sistema da institui\u00e7\u00e3o tem sido obrigado a utilizar uma dosagem tr\u00eas vezes maior de cloro para fazer a purifica\u00e7\u00e3o da \u00e1gua, em compara\u00e7\u00e3o com o que era utilizado em 2009. “E assim \u00e9 com boa parte dos produtos qu\u00edmicos utilizados, t\u00e3o grande \u00e9 o n\u00edvel de polui\u00e7\u00e3o”, disse Camargo.<\/p>\n

O professor ressalta ainda que o alto \u00edndice de polui\u00e7\u00e3o, aliado ao baixo \u00edndice de oxig\u00eanio, pode ser fatal para a vida no ambiente do rio. “Tivemos na semana passada mais uma mortandade de peixes. As \u00e1guas est\u00e3o com muitos poluentes e pouco oxig\u00eanio, o que mata os peixes”, disse.<\/p>\n

Em fevereiro, 20 toneladas de peixes morreram e, na \u00faltima quarta, pelo menos uma tonelada de peixes chegou a morrer no centro de Piracicaba por conta do problema. Em ambos os casos, de acordo com a Cetesb, os peixes morreram por falta de oxig\u00eanio na \u00e1gua.<\/p>\n

A institui\u00e7\u00e3o afirmou que o trecho onde a \u00faltima mortandade foi registrada tinha 0,3 miligrama de oxig\u00eanio por litro de \u00e1gua, quando o m\u00ednimo necess\u00e1rio para manter os peixes vivos \u00e9 de 2 mg\/l. Abaixo desse valor, os animais n\u00e3o conseguem captar o oxig\u00eanio, o que os tornam mais suscet\u00edveis a doen\u00e7as.<\/p>\n

De acordo com a Cetesb, o quadro \u00e9 causado pela “severa estiagem” vivida pelo Estado de S\u00e3o Paulo. “A vaz\u00e3o do Piracicaba encontra-se muito reduzida e, dessa forma, o rio torna-se muito mais vulner\u00e1vel, pois apresenta baixa capacidade de dilui\u00e7\u00e3o dos poluentes, com a consequente diminui\u00e7\u00e3o da concentra\u00e7\u00e3o de oxig\u00eanio dissolvido na \u00e1gua.”<\/p>\n

O rio Piracicaba apresentou, na semana passada, a menor vaz\u00e3o dos \u00faltimos 30 anos na s\u00e9rie hist\u00f3rica de medi\u00e7\u00e3o do DAEE (Departamento de \u00c1gua e Energia El\u00e9trica). A vaz\u00e3o chegou a 10,93 mil litros de \u00e1gua por segundo, com n\u00edvel de apenas 79 cent\u00edmetros no trecho urbano de Piracicaba, ambos recordes negativos. A m\u00e9dia para agosto \u00e9 de 55,5 mil litros de \u00e1gua\/segundo de vaz\u00e3o e n\u00edvel de 1,42 metro de profundidade. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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