{"id":108092,"date":"2014-08-22T00:00:59","date_gmt":"2014-08-22T03:00:59","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=108092"},"modified":"2014-08-21T20:03:42","modified_gmt":"2014-08-21T23:03:42","slug":"ebola-pode-chegar-ao-brasil-mas-epidemia-seria-controlada-diz-medico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/08\/22\/108092-ebola-pode-chegar-ao-brasil-mas-epidemia-seria-controlada-diz-medico.html","title":{"rendered":"Ebola pode chegar ao Brasil, mas epidemia seria controlada, diz m\u00e9dico"},"content":{"rendered":"
Rec\u00e9m-chegado de Serra Leoa, onde, de acordo com a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS), 783 pessoas j\u00e1 foram infectadas com o v\u00edrus ebola, o m\u00e9dico carioca Paulo Reis disse, nesta quinta-feira (21), em entrevista coletiva realizada na sede do M\u00e9dicos Sem Fronteiras, na Zona Sul do Rio, que o risco de importa\u00e7\u00e3o da doen\u00e7a existe. Ele n\u00e3o considera, entretanto, que seria um problema t\u00e3o grande quanto na \u00c1frica, devido \u00e0 diferen\u00e7a de h\u00e1bitos culturais.<\/p>\n
“O risco de ter um caso importado sempre existe. Entretanto, na minha opini\u00e3o, n\u00e3o considero que seria um problema mais s\u00e9rio. Os h\u00e1bitos culturais daqui s\u00e3o diferentes. Aqui, certamente seria controlado rapidamente. \u00c9 uma popula\u00e7\u00e3o diferente, s\u00e3o h\u00e1bitos diferentes, \u00e9 dif\u00edcil convencer uma popula\u00e7\u00e3o grande de que eles t\u00eam de se prevenir. Por exemplo, nas pr\u00e1ticas de enterro, eles t\u00eam muito contato com o corpo, coisa que n\u00e3o acontece no Brasil. A regi\u00e3o em que eu estava era prec\u00e1ria. N\u00e3o tinha rede central de eletricidade, \u00e1gua pot\u00e1vel. Com o ebola, o mais importante s\u00e3o as pr\u00e1ticas culturais”, afirmou.<\/p>\n
Roupa especial<\/strong> – Para entrar em um centro de tratamento de ebola, os m\u00e9dicos t\u00eam que usar uma roupa de prote\u00e7\u00e3o imperme\u00e1vel que cobre todo o corpo, inclusive o rosto. O m\u00e9dico diz n\u00e3o sentir receio para tratar da doen\u00e7a com equipamentos adequados e fez uma compara\u00e7\u00e3o com o tr\u00e2nsito carioca.<\/p>\n “Quando voc\u00ea tem conhecimento do problema e possui mecanismos para se proteger, n\u00e3o considero mais arriscado do que andar no tr\u00e2nsito do Rio de Janeiro, por exemplo. A gente tem uma vis\u00e3o bem clara e os pacientes infectados ficam em isolamento. A vestimenta \u00e9 quase toda descartada e incinerada depois de usada. Somente a bota, o avental de borracha e os \u00f3culos v\u00e3o para o cloro”, disse.<\/p>\n Para sair da \u00c1frica e retornar ao Brasil, Paulo veio em um voo comum e afirma que teve de responder a um question\u00e1rio e sua temperatura foi aferida atrav\u00e9s de um term\u00f4metro infravermelho. O m\u00e9dico diz que os sintomas do ebola s\u00e3o muito semelhantes aos da mal\u00e1ria, exceto pelo cansa\u00e7o excessivo.<\/p>\n “Dificilmente algu\u00e9m vai sair do pa\u00eds com a doen\u00e7a. Durante 21 dias eu continuo a ser monitorado e minha temperatura \u00e9 aferida. Se eu apresentar febre, tenho que entrar em contato com a sede do M\u00e9dicos Sem Fronteiras. Na minha opini\u00e3o, esse controle \u00e9 suficiente”, revelou.<\/p>\n O m\u00e9dico afirma que, na \u00c1frica, a popula\u00e7\u00e3o nem sempre responde de forma positiva \u00e0 chegada dos m\u00e9dicos. De acordo com ele, a cultura dos povos acaba afastando os infectados do tratamento. \u201cMuita gente acha que \u00e9 mito e nem acredita que a doen\u00e7a existe. Voc\u00ea v\u00ea crian\u00e7a correndo para o mato quando o carro do Mais M\u00e9dicos passa. Mas quando j\u00e1 existe paciente sendo tratado e h\u00e1 explica\u00e7\u00e3o sobre a doen\u00e7a, eles nos recebem bem e t\u00eam disposi\u00e7\u00e3o para falar e escutar. Essa parte cultural \u00e9 muito delicada\u201d, afirmou.<\/p>\n Despreparo<\/strong> – O m\u00e9dico ressalta ainda o despreparo de equipes m\u00e9dicas. Segundo ele, as pessoas precisam ser treinadas e monitoradas para haver a certeza de que os procedimentos est\u00e3o sendo feitos corretamente.<\/p>\n \u201cV\u00e1rios m\u00e9dicos foram infectados em Serra Leoa, mas ningu\u00e9m no nosso centro. A gente encontrava muitas equipes despreparadas. Temos v\u00e1rios procedimentos para garantir que n\u00e3o h\u00e1 risco de contamina\u00e7\u00e3o. Isso tem que melhorar. Quando deixei o pa\u00eds, a mortalidade estava atingindo em torno de 70% dos pacientes\u201d, concluiu. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Carioca Paulo Reis regressou de Serra Leoa h\u00e1 1 m\u00eas. Ele viajou para o Brasil em voo normal e foi monitorado por 21 dias. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[203,18,53],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/108092"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=108092"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/108092\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=108092"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=108092"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=108092"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}