No Dia Nacional do Cerrado, o WWF Brasil alerta para a necessidade de conserva\u00e7\u00e3o desse bioma, que \u00e9 o segundo maior do Brasil e abriga nascentes dos principais rios do pa\u00eds, entre eles o S\u00e3o Francisco, Paran\u00e1 e Araguaia. Para comemorar a data, A ONG promoveu na quinta-feira (11) um plantio de mudas de \u00e1rvores t\u00edpicas da regi\u00e3o no Parque Ecol\u00f3gico da Asa Sul, em Bras\u00edlia.<\/p>\n
Coordenador do Programa Cerrado-Pantanal, do WWF Brasil, J\u00falio C\u00e9sar Sampaio da Silva avalia o desmatamento como uma das grandes preocupa\u00e7\u00f5es ambientais. \u201cNos \u00faltimos 50 anos, o Cerrado perdeu praticamente metade de sua \u00e1rea natural. Claro que essa perda deu lugar a planta\u00e7\u00f5es, gerou produ\u00e7\u00e3o na regi\u00e3o central do Brasil, criou cidades e estradas. Entretanto, mantido esse ritmo, em 50 anos n\u00e3o teremos mais Cerrado para conservar\u201d, disse Sampaio.<\/p>\n
Segundo ele, o bioma Cerrado \u201cn\u00e3o s\u00e3o apenas \u00e1rvores retorcidas e mato. Trata-se da Savana mais rica do mundo em biodiversidade. O problema \u00e9 que, em algumas situa\u00e7\u00f5es, ela \u00e9 extremamente fr\u00e1gil”, salientou.<\/p>\n
Ocupando uma \u00e1rea superior a 2 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados (km\u00b2), equivalente a de 22% do territ\u00f3rio nacional, o Cerrado abriga 11.627 esp\u00e9cies de plantas nativas catalogadas. Dessas, 220 t\u00eam uso medicinal e 416 podem ser usadas na recupera\u00e7\u00e3o de solos degradados. Al\u00e9m disso, mais de dez tipos de frutos comest\u00edveis s\u00e3o regularmente consumidos e servem de fonte de renda para comunidades extrativistas.<\/p>\n
Conforme J\u00falio C\u00e9sar, 199 esp\u00e9cies de mam\u00edferos, 837 de aves, 1.200 de peixes e 330 de r\u00e9pteis e anf\u00edbios s\u00e3o conhecidas na regi\u00e3o. O bioma tamb\u00e9m \u00e9 ref\u00fagio para 13% dos tipos de borboletas, 35% de abelhas e 23% de cupins dos tr\u00f3picos.<\/p>\n
Apesar da import\u00e2ncia biol\u00f3gica, econ\u00f4mica e social, estima-se que 20% das esp\u00e9cies nativas e end\u00eamicas n\u00e3o s\u00e3o mais encontradas em \u00e1reas protegidas. Pesquisas indicam que, pelo menos 137 esp\u00e9cies de animais desse bioma, est\u00e3o amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o. Depois da Mata Atl\u00e2ntica, o Cerrado \u00e9 o bioma brasileiro que mais sofreu altera\u00e7\u00f5es com a ocupa\u00e7\u00e3o humana. De acordo com dados do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente (MMA), o Cerrado tem apenas 8,21% do seu territ\u00f3rio protegido em unidades de conserva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Lan\u00e7ado h\u00e1 cinco anos, o Plano de A\u00e7\u00e3o para Preven\u00e7\u00e3o e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado) entra em sua segunda fase. Nesse est\u00e1gio, o minist\u00e9rio aplicar\u00e1 R$ 596 milh\u00f5es no bioma. A meta \u00e9 reduzir as \u00e1reas desmatadas em 40% at\u00e9 2020. Segudo t\u00e9cnicos do MMA, o percentual equivale \u00e0 m\u00e9dia anual de 15,7 mil km\u00b2 registrada entre 1999 e 2008.<\/p>\n
A partir de 2015, o monitoramento do bioma, por meio de sat\u00e9lite, passar\u00e1 a ser di\u00e1rio. A proposta \u00e9 atualizar \u00edndices de desmatamento e consolidar informa\u00e7\u00f5es anuais. Sampaio informou, ainda, que o WWF iniciou uma campanha virtual sobre a import\u00e2ncia do Cerrado. O objetivo \u00e9 que as pessoas conhe\u00e7am o bioma e entendam a import\u00e2ncia de sua conserva\u00e7\u00e3o e biodiversidade.<\/p>\n
O Parque Ecol\u00f3gico da Asa Sul, que comemora 11 anos na sexta-feira (12), recebeu 70 mudas de tamboril, paineira, landim, ip\u00ea, jatob\u00e1 e tingui. Elas foram plantadas por alunos de uma escola vizinha. (Fonte: Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Para comemorar a data, A ONG promoveu na quinta-feira (11) um plantio de mudas de \u00e1rvores t\u00edpicas da regi\u00e3o no Parque Ecol\u00f3gico da Asa Sul, em Bras\u00edlia. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[79,54],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/108724"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=108724"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/108724\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=108724"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=108724"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=108724"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}