O movimento mundial por metr\u00f3poles com melhor mobilidade urbana e, de quebra, mais humanas e com maior qualidade de vida n\u00e3o para de crescer e frutificar.<\/p>\n
O autom\u00f3vel particular, o grande vil\u00e3o dessa hist\u00f3ria, aos poucos vai perdendo espa\u00e7o para a simp\u00e1tica mocinha magrela, a bicicleta.<\/p>\n
De Madri vem o exemplo mais contundente: de acordo not\u00edcia veiculada no in\u00edcio da semana pelo jornal El Pa\u00eds, a c\u00e2mara municipal da capital espanhola decretou a proibi\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos na regi\u00e3o central.<\/p>\n
A medida valer\u00e1 a partir do in\u00edcio de 2015 em uma \u00e1rea de quase dois quil\u00f4metros, onde dezenas de c\u00e2meras de seguran\u00e7a v\u00e3o garantir multas pesadas para motoristas que n\u00e3o respeitarem a lei.<\/p>\n
Em mar\u00e7o, tamb\u00e9m Paris j\u00e1 havia proibido a circula\u00e7\u00e3o de autom\u00f3veis particulares nas ruas centrais da cidade.<\/p>\n
Mas a Cor\u00e9ia do Sul radicalizou de vez com um incr\u00edvel Festival Mundial da Eco-Mobilidade, na cidade de Suwon, dando um grande exemplo a ser seguido.<\/p>\n
O desafio: durante um m\u00eas inteiro os moradores de um bairro chamado Haenggung-dong deveriam abandonar seus carros e se locomover com op\u00e7\u00f5es mais sustent\u00e1veis, como bicicletas, transportes p\u00fablicos e caminhadas.<\/p>\n
Durante os trinta dias da empreitada quase 4 500 pessoas nem chegaram perto de seus cerca de 1 500 carros. O evento aconteceu exatamente um ano atr\u00e1s, mas os efeitos do festival hoje s\u00e3o ainda mais percebidos.<\/p>\n
Os moradores de Suwon acharam t\u00e3o interessante e divertida essa mudan\u00e7a de h\u00e1bitos que a adotaram em definitivo.<\/p>\n
Ouvindo as reivindica\u00e7\u00f5es da popula\u00e7\u00e3o, as autoridades adaptaram as ruas do bairro Haenggung-dong.<\/p>\n
Muitas delas transformaram-se em cal\u00e7ad\u00f5es onde agora muitas \u00e1rvores e bancos as tornaram mais amig\u00e1veis a pedestres e ciclistas.<\/p>\n
Os moradores de Suwon queriam ainda mais e conseguiram: estacionamentos localizados nas principais avenidas foram desativados e 500 bicicletas est\u00e3o agora \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o para aluguel.<\/p>\n
Antes os reis da rua, os carros ficaram relegados a segundo plano. Os que ainda circulam n\u00e3o podem ultrapassar os 30km\/h. Mas s\u00f3 durante a semana, porque aos s\u00e1bados e domingos eles est\u00e3o proibidos, como todos pediram.<\/p>\n
Enquanto isso, na contram\u00e3o segue o avan\u00e7o das bicicletas. Em S\u00e3o Paulo, uma pesquisa mostrou que 80% da popula\u00e7\u00e3o aprova a expans\u00e3o das ciclovias e quer mais \u00e9 que elas proliferem.<\/p>\n
O prefeito j\u00e1 abriu 80 quil\u00f4metros delas e promete 400 quil\u00f4metros at\u00e9 o final do ano, inclusive na periferia da capital paulista. Em Nova Iorque, a prefeitura j\u00e1 abriu 700 quil\u00f4metros de caminhos exclusivos para bikes.<\/p>\n
E para os comerciantes \u2013 tanto os nova-iorquinos, como os paulistanos \u2013 que chiaram com as novas ciclovias, porque diziam que elas atrapalhavam as vendas, o veredicto final: um estudo encomendado pelo Departamento de Transportes da metr\u00f3pole norte-americana provou exatamente o contr\u00e1rio.<\/p>\n
A pesquisa chamada Measuring the street: New metrics for the 21st century (Medindo a rua: novas m\u00e9tricas para o s\u00e9culo 21) apontou que, em determinadas ruas onde as ciclovias foram instaladas o movimento do com\u00e9rcio cresceu substancialmente. (Fonte: Planeta Sustent\u00e1vel)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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