{"id":109842,"date":"2014-10-23T00:00:25","date_gmt":"2014-10-23T02:00:25","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=109842"},"modified":"2014-10-22T22:20:20","modified_gmt":"2014-10-23T00:20:20","slug":"mais-antigo-dna-humano-encontrado-lanca-luz-sobre-colonizacao-do-planeta","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/10\/23\/109842-mais-antigo-dna-humano-encontrado-lanca-luz-sobre-colonizacao-do-planeta.html","title":{"rendered":"Mais antigo DNA humano encontrado lan\u00e7a luz sobre coloniza\u00e7\u00e3o do planeta"},"content":{"rendered":"

Cientistas anunciaram nesta quarta-feira ter decifrado o mais antigo DNA j\u00e1 recuperado do osso de um “Homo sapiens<\/em>“, um feito que lan\u00e7a luz sobre a coloniza\u00e7\u00e3o dos humanos modernos no planeta.<\/p>\n

O f\u00eamur encontrado por acaso nas margens de um rio do oeste da Sib\u00e9ria em 2008 pertenceu a um homem que morreu cerca de 45.000 anos atr\u00e1s, afirmaram.<\/p>\n

Obtido a partir do col\u00e1geno contido no osso, o genoma cont\u00e9m rastros de Neandertais: uma esp\u00e9cie pr\u00f3xima da nossa que viveu na Eur\u00e1sia juntamente com o “Homo sapiens<\/em>“, antes de desaparecer misteriosamente.<\/p>\n

Estudos anteriores revelaram que “Homo sapiens<\/em>” e Neandertais se miscigenaram e, como resultado, estes \u00faltimos teriam deixando uma pequena marca de apenas 2% nos humanos atuais, exceto os africanos.<\/p>\n

A descoberta tem impacto no chamado cen\u00e1rio “Fora da \u00c1frica”: a teoria segundo a qual o “Homo sapiens<\/em>” evoluiu no leste da \u00c1frica h\u00e1 cerca de 200 mil anos e, ent\u00e3o, se aventurou fora do continente.<\/p>\n

Datar quando os Neandertais e os “Homo sapiens<\/em>” se miscigenaram tamb\u00e9m indicaria quando o “Homo sapiens<\/em>” iniciou uma etapa chave desta jornada, a sa\u00edda da Eur\u00e1sia rumo ao sul e ao sudeste da \u00c1sia.<\/p>\n

O novo estudo, publicado na revista brit\u00e2nica Nature, foi chefiado por Svante Paabo, um geneticista renomado do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, Alemanha, pioneiro nas pesquisas sobre os Neandertais.<\/p>\n

Cruzamento com Neandertais<\/strong> – O osso encontrado no rio Irtyush, perto do assentamento de Ust’-Ishim, cont\u00e9m uma quantidade sutilmente maior de DNA neandertal do que os n\u00e3o africanos da atualidade, afirmaram os cientistas.<\/p>\n

Mas assume a forma de tiras relativamente longas, enquanto o DNA neandertal no nosso genoma, hoje, foi retalhado e disperso em se\u00e7\u00f5es min\u00fasculas, como consequ\u00eancia da reprodu\u00e7\u00e3o ao longo das gera\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Estas diferen\u00e7as fornecem uma pista para um “calend\u00e1rio molecular” ou data\u00e7\u00e3o do DNA, segundo muta\u00e7\u00f5es ao longo de milhares de anos.<\/p>\n

Usando este m\u00e9todo, a equipe de Paabo estima que a miscigena\u00e7\u00e3o entre os Neandertais e os “Homo sapiens<\/em>” tenha acontecido entre 7.000 e 13.000 anos antes de quando o indiv\u00edduo siberiano viveu, portanto, n\u00e3o mais de 60.000 anos atr\u00e1s.<\/p>\n

Isto fornece um esbo\u00e7o de data\u00e7\u00e3o para estimar quando os “Homo sapiens<\/em>” partiram rumo ao Sul da \u00c1sia, destacou em um coment\u00e1rio do estudo Chris Stringer, professor do Museu Brit\u00e2nico de Hist\u00f3ria Natural.<\/p>\n

Se os australasi\u00e1ticos atuais t\u00eam DNA neandertal, isto se deve a que seus antepassados atravessaram um territ\u00f3rio ocupado por Neandertais e se misturaram com os locais.<\/p>\n

“Os ancestrais dos australasi\u00e1ticos, com ‘input’ similar de DNA neandertal ao dos eurasi\u00e1ticos, devem ter participado de uma dispers\u00e3o tardia, e n\u00e3o precoce, no territ\u00f3rio neandertal”, afirmou Stringer em um comunicado.<\/p>\n

“Embora ainda seja poss\u00edvel que os humanos modernos tenham atravessado o sul da \u00c1sia antes de 60.000 anos atr\u00e1s, estes grupos podem n\u00e3o ter dado uma contribui\u00e7\u00e3o significativa \u00e0s popula\u00e7\u00f5es modernas remanescentes fora da \u00c1frica, que cont\u00eam evid\u00eancias de miscigena\u00e7\u00e3o com os Neandertais”, prosseguiu.<\/p>\n

Antrop\u00f3logos sugerem que um ramo de Eurasi\u00e1ticos do norte fez a travessia para onde hoje fica o Alasca mais de 15.000 anos atr\u00e1s, atrav\u00e9s de uma “ponte de gelo”, que conectava as ilhas do Estreito de Bering, habilitando o “Homo sapiens<\/em>” a colonizar as Am\u00e9ricas. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O f\u00eamur encontrado por acaso nas margens de um rio do oeste da Sib\u00e9ria em 2008 pertenceu a um homem que morreu cerca de 45.000 anos atr\u00e1s.
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