{"id":111310,"date":"2014-12-15T00:00:56","date_gmt":"2014-12-15T02:00:56","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=111310"},"modified":"2014-12-14T22:47:29","modified_gmt":"2014-12-15T00:47:29","slug":"emergentes-tem-vitoria-parcial-em-reuniao-da-onu-sobre-clima","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2014\/12\/15\/111310-emergentes-tem-vitoria-parcial-em-reuniao-da-onu-sobre-clima.html","title":{"rendered":"Emergentes t\u00eam vit\u00f3ria parcial em reuni\u00e3o da ONU sobre clima"},"content":{"rendered":"

Com dois dias de atraso, l\u00edderes de 195 pa\u00edses presentes \u00e0 Confer\u00eancia Clim\u00e1tica das Na\u00e7\u00f5es Unidas, em Lima, no Peru, chegaram a um acordo sobre um programa de metas de mitiga\u00e7\u00e3o do aquecimento global.<\/p>\n

Prevista para terminar na sexta-feira, o evento avan\u00e7ou pelo fim de semana adentro e foi apenas na manh\u00e3 deste domingo que houve o an\u00fancio sobre um compromisso com vistas \u00e0 reuni\u00e3o de novembro do ano que vem em Paris.<\/p>\n

As duas semanas de discuss\u00f5es foram marcadas por diverg\u00eancias entre pa\u00edses desenvolvidos e emergentes no que diz respeito ao controle de emiss\u00f5es dos gases-estufa.<\/p>\n

Responsabilidade diferenciada<\/strong> – Os pa\u00edses emergentes, como o Brasil, defendem o argumento de que as na\u00e7\u00f5es mais desenvolvidas e com um hist\u00f3rico mais longo de industrializa\u00e7\u00e3o deveriam atender a metas mais rigorosas do que o resto do mundo, conseguiram manter na pauta o princ\u00edpio de “responsabilidade diferenciada”.<\/p>\n

Tal argumento encontra a resist\u00eancia de pa\u00edses como os EUA, que apontam para o fato de que, atualmente, na\u00e7\u00f5es desenvolvimento contribuem com mais da metade das emiss\u00f5es mundiais de g\u00e1s carb\u00f4nico, o principal g\u00e1s relacionado ao aquecimento global.<\/p>\n

Na sexta-feira, por exemplo, o secret\u00e1rio de estado americano, John Kerry, fez um forte discurso em Lima, conclamando os pa\u00edses emergentes a aceitar um pacote global de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es e afirmando que o mundo “caminha para um trag\u00e9dia clim\u00e1tica”.<\/p>\n

“Conseguimos o que quer\u00edamos”, disse \u00e0 BBC o ministro do Meio Ambiente da \u00cdndia, Prakash Javedekar.<\/p>\n

Os pa\u00edses em desenvolvimento tamb\u00e9m obtiveram garantias de que as na\u00e7\u00f5es mais pobres e vulner\u00e1veis \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas receber\u00e3o aux\u00edlio financeiro dos mais ricos.<\/p>\n

Por outro lado, tiveram de aceitar o exame das propostas nacionais de redu\u00e7\u00e3o por um painel da ONU, tema que anteriormente tinha encontrado resist\u00eancia da mesma \u00cdndia, que a considerava o escrut\u00ednio desrespeitoso \u00e0 soberania nacional.<\/p>\n

Mapa do g\u00e1s<\/strong> – Tamb\u00e9m houve um comprometimento para que mais pa\u00edses adotem metas de redu\u00e7\u00e3o e que os que j\u00e1 t\u00eam cronogramas de redu\u00e7\u00e3o sejam mais “generosos”.<\/p>\n

O antagonismo “norte-sul” foi apontado como a principal raz\u00e3o para o fracasso nas negocia\u00e7\u00f5es durante a confer\u00eancia realizada em Copenhague h\u00e1 cinco anos.<\/p>\n

“N\u00e3o estamos aqui para reescrever o acordo”, afirmou \u00e0 BBC na sexta-feira o negociador-chefe do Brasil na COP 20, Antonio Marcondes de Carvalho.<\/p>\n

Para diversas organiza\u00e7\u00f5es ambientalistas, o resultado das negocia\u00e7\u00f5es foi decepcionante e n\u00e3o trouxe medias por elas defendidas.<\/p>\n

“O texto do acordo foi de fraco para fraqu\u00edssimo”, criticou Sam Smith, respons\u00e1vel pelas pol\u00edticas ambientais do WWF.<\/p>\n

Em Lima, o Brasil apresentou uma proposta de “diferencia\u00e7\u00e3o conc\u00eantrica” como forma de apaziguar o debate. Ela previa uma divis\u00e3o de pa\u00edses em tr\u00eas “n\u00edveis de responsabilidade”, em que as na\u00e7\u00f5es desenvolvidas precisariam fazer cortes de emiss\u00f5es em todos os setores da economia, enquanto pa\u00edses emergentes como o Brasil, a China e a \u00cdndia ficariam num n\u00edvel intermedi\u00e1rio, com mais op\u00e7\u00f5es de cortes.<\/p>\n

Na\u00e7\u00f5es mais vulner\u00e1veis economicamente e os pass\u00edveis de serem mais imediatamente afetados por mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, como os Estados-ilha, ficariam num n\u00edvel que n\u00e3o exigiria grandes a\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

A proposta, por\u00e9m, sofreu altera\u00e7\u00f5es durante os debates no Peru.<\/p>\n

Uma das grandes esperan\u00e7as para a Lima era que o recente acordo bilateral de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es entre EUA e China – ambos anunciaram medidas de redu\u00e7\u00e3o significativas de emiss\u00f5es at\u00e9 2030 – pudesse influenciar positivamente as discuss\u00f5es.<\/p>\n

Chineses e americanos s\u00e3o os maiores “poluidores” em termos de volume de gases-estufa, de acordo com as medi\u00e7\u00f5es independentes do grupo de cientistas do Global Carbon Project. Em 2013, emitiram 9,97 bilh\u00f5es e 5,23 bilh\u00f5es de toneladas de C02, respectivamente. Ou seja: mais de um ter\u00e7o do total mundial de 36,1 bilh\u00f5es.<\/p>\n

A \u00cdndia e a R\u00fassia ficaram em terceiro e quarto lugares, \u00e0 frente do Jap\u00e3o. O Brasil, que emitiu 482 milh\u00f5es de toneladas em 2013, ficou em 12\u00ba lugar. (Fonte: UOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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