{"id":112958,"date":"2015-02-14T00:01:47","date_gmt":"2015-02-14T02:01:47","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=112958"},"modified":"2015-02-13T17:40:12","modified_gmt":"2015-02-13T19:40:12","slug":"oceanos-recebem-8-milhoes-de-toneladas-de-plastico-por-ano","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2015\/02\/14\/112958-oceanos-recebem-8-milhoes-de-toneladas-de-plastico-por-ano.html","title":{"rendered":"Oceanos ‘recebem 8 milh\u00f5es de toneladas de pl\u00e1stico por ano’"},"content":{"rendered":"

Cerca de 8 milh\u00f5es de toneladas de lixo pl\u00e1stico s\u00e3o lan\u00e7adas nos oceanos anualmente, segundo cientistas.<\/p>\n

Essa quantidade poderia cobrir 34 vezes toda a \u00e1rea da ilha de Manhattan, em Nova York, com uma camada de lixo \u00e0 altura dos joelhos de uma pessoa. Al\u00e9m disso, supera de 20 a 2 mil vezes os c\u00e1lculos anteriores sobre a massa de pl\u00e1stico levada pelas correntes oce\u00e2nicas.<\/p>\n

O novo estudo \u00e9 considerado um dos melhores esfor\u00e7os para quantificar o pl\u00e1stico despejado, queimado ou arrastado para o mar. Segundo os pesquisadores, a an\u00e1lise tamb\u00e9m pode ajudar a descobrir a quantidade total de pl\u00e1stico existente hoje no oceano \u2013 n\u00e3o apenas o material que \u00e9 encontrado na superf\u00edcie ou nas praias.<\/p>\n

Grandes quantidades de res\u00edduos podem estar escondidas no fundo dos oceanos ou fragmentadas em peda\u00e7os t\u00e3o pequenos que n\u00e3o s\u00e3o captados pelas an\u00e1lises convencionais. Essas part\u00edculas est\u00e3o sendo ingeridas por criaturas marinhas \u2013 o que pode resultar em consequ\u00eancias desconhecidas.<\/p>\n

Os detalhes foram divulgados no encontro anual da Associa\u00e7\u00e3o Americana para o Avan\u00e7o da Ci\u00eancia.<\/p>\n

Vil\u00f5es dos mares<\/strong> – A equipe de especialistas analisou dados populacionais com informa\u00e7\u00f5es sobre a quantidade de lixo gerado e gerenciado (ou n\u00e3o gerenciado). Eles elaboraram cen\u00e1rios para prever a quantidade de pl\u00e1stico despejado nos oceanos.<\/p>\n

Para o ano de 2010, esses cen\u00e1rios variam de 4,8 milh\u00f5es a 12,7 milh\u00f5es de toneladas. A cifra de 8 milh\u00f5es de toneladas \u00e9 a m\u00e9dia dessa varia\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

O cen\u00e1rio conservador equivale em termos de massa \u00e0 quantidade de atum pescada anualmente nos oceanos.<\/p>\n

“Isso significa que estamos tirando atum e colocando pl\u00e1stico em seu lugar”, disse Kara Lavender Law, co-autora da pesquisa e porta-voz da Associa\u00e7\u00e3o Educacional do Mar de Woods Hole, no Estado americano de Massachussetts.<\/p>\n

Os cientistas tamb\u00e9m fizeram uma lista dos pa\u00edses que seriam os maiores respons\u00e1veis pelo despejo desses res\u00edduos. As 20 na\u00e7\u00f5es que despejam as maiores quantidades seriam respons\u00e1veis por 83% do pl\u00e1stico mal gerenciado que pode entrar nos oceanos.<\/p>\n

A China ocupa o topo da lista, produzindo mais de um milh\u00e3o de toneladas. Mas a equipe ressalva que \u00e9 preciso levar em conta a imensa popula\u00e7\u00e3o do pa\u00eds e a extens\u00e3o da sua costa.<\/p>\n

Os Estados Unidos ficaram no 20\u00ba lugar da lista. O pa\u00eds tem uma grande \u00e1rea costeira, por\u00e9m adota melhores pr\u00e1ticas de descarte do lixo. Por outro lado, os EUA registram altos n\u00edveis de consumo de pl\u00e1stico per capita.<\/p>\n

A Uni\u00e3o Europeia \u00e9 analisada em bloco e ocupa o 18\u00ba lugar na lista.<\/p>\n

Solu\u00e7\u00f5es<\/strong> – O estudo recomenda solu\u00e7\u00f5es para o problema. Afirma que as na\u00e7\u00f5es ricas precisam reduzir seu consumo de produtos descart\u00e1veis e embalagens de pl\u00e1stico, como sacolas pl\u00e1sticas. J\u00e1 os pa\u00edses em desenvolvimento t\u00eam que melhorar o tratamento do lixo.<\/p>\n

“O crescimento econ\u00f4mico est\u00e1 ligado \u00e0 gera\u00e7\u00e3o de lixo. O crescimento econ\u00f4mico \u00e9 uma coisa boa, mas o que voc\u00ea v\u00ea normalmente em pa\u00edses em desenvolvimento \u00e9 que a estrutura de tratamento do lixo \u00e9 deixada de lado”, disse a pesquisadora Jenna Jambeck, da Universidade da Georgia.<\/p>\n

“Isso faz algum sentido na medida em que eles est\u00e3o mais focados em produzir \u00e1gua limpa e melhorar o saneamento. Mas n\u00e3o devem se esquecer desse tratamento porque os problemas s\u00f3 v\u00e3o ficar piores.”<\/p>\n

A equipe de pesquisadores estima que a quantidade de pl\u00e1stico jogada anualmente nos mares pode alcan\u00e7ar 17,5 milh\u00f5es de toneladas at\u00e9 2025. Isso significa que at\u00e9 l\u00e1 155 milh\u00f5es de toneladas chegar\u00e3o aos oceanos.<\/p>\n

O Banco Mundial estima que o patamar m\u00e1ximo de lixo produzido no mundo s\u00f3 ser\u00e1 atingido em 2100.<\/p>\n

O pesquisador Roland Geyer, da Universidade da Calif\u00f3rnia, que tamb\u00e9m participou do estudo, disse que n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel limpar o pl\u00e1stico dos oceanos. “Fechar a torneira \u00e9 a \u00fanica solu\u00e7\u00e3o”, afirmou \u00e0 BBC.<\/p>\n

“Como voc\u00ea recolheria o pl\u00e1stico do fundo dos oceanos considerando que a sua profundidade m\u00e9dia \u00e9 de 4,2 mil metros? Temos antes que evitar que o pl\u00e1stico chegue aos oceanos.”<\/p>\n

“A falta de sistemas de tratamento de lixo alimenta a entrada de pl\u00e1stico no oceano”, diz o cientista. “Ajudar todos os pa\u00edses a desenvolver estruturas de tratamento \u00e9 a mais alta prioridade”, disse. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Pl\u00e1stico lan\u00e7ado anualmente nos mares poderia cobrir a ilha de Manhattan 34 vezes com uma camada de lixo \u00e0 altura dos joelhos de uma pessoa, diz estudo. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[191,91,19],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/112958"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=112958"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/112958\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=112958"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=112958"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=112958"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}