O maior volume de chuvas neste ver\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o ao anterior n\u00e3o tem sido suficiente para elevar o n\u00edvel do Rio Pardo na regi\u00e3o de Ribeir\u00e3o Preto (SP). Segundo dados do Departamento de \u00c1guas e Energia El\u00e9trica (DAEE), a altura do volume acumulado em um ponto de medi\u00e7\u00e3o na cidade variou entre 0,29 metro e 0,98 metro at\u00e9 20 de fevereiro, faixa bem abaixo do que a m\u00e9dia prevista para o per\u00edodo – de 2,5 a 3 metros.<\/p>\n
De acordo com Carlos Eduardo Alencastre, diretor regional do DAEE, os len\u00e7\u00f3is fre\u00e1ticos – reservas subterr\u00e2neas -, desgastados com a estiagem do ano passado, ainda n\u00e3o est\u00e3o completamente recuperados e absorvem grande parte da \u00e1gua, o que n\u00e3o se reflete em maior volume no rio.<\/p>\n
Apesar de n\u00e3o prever recupera\u00e7\u00e3o total do rio para este ano, a a\u00e7\u00e3o da chuva pode ditar o ritmo da crise h\u00eddrica nas cidades da regi\u00e3o que n\u00e3o disp\u00f5em de outras formas de abastecimento. Ele n\u00e3o descarta a hip\u00f3tese de uma estiagem ainda pior para os pr\u00f3ximos meses, caso o \u00edndice pluviom\u00e9trico se reduza a partir de mar\u00e7o. <\/p>\n
Aumento nas chuvas<\/strong> – Dados estimados pela Somar Meteorologia mostram que, entre dezembro de 2014 e 17 de fevereiro deste ano – data da pesquisa -, choveu 11.351 mil\u00edmetros nos 23 principais munic\u00edpios que comp\u00f5em a Bacia Hidrogr\u00e1fica do Rio Pardo.<\/p>\n N\u00famero 43,57% maior em rela\u00e7\u00e3o ao per\u00edodo anterior, quando os munic\u00edpios que dependem de fontes superficiais come\u00e7aram a adotar racionamento devido \u00e0 escassez de recursos.<\/p>\n Apesar disso, o Rio Pardo ainda est\u00e1 abaixo do esperado, diz Alencastre. Em 3 de fevereiro, o rio chegou ao seu n\u00edvel mais cr\u00edtico em 2015, com 0,29 metro, aproximadamente dez vezes inferior ao considerado normal pelo departamento de \u00e1guas no ver\u00e3o. Dado que melhorou ao longo do m\u00eas at\u00e9 atingir seu patamar mais elevado, no dia 20, com quase um metro de altura, o que ainda assim representa a metade do ideal.<\/p>\n “N\u00e3o est\u00e1 chovendo o suficiente, porque a terra est\u00e1 seca. \u00c9 necess\u00e1rio que se complete o ciclo hidrol\u00f3gico, que passa pela recarga do len\u00e7ol fre\u00e1tico, que mant\u00e9m a perenidade do rio”, explica.<\/p>\n Seca pode voltar<\/strong> – Mesmo com a possibilidade de as precipita\u00e7\u00f5es continuarem at\u00e9 maio, o superintendente descarta a recupera\u00e7\u00e3o total do Pardo para este ano. “Como viemos de um ano seco, muito at\u00edpico, entramos em 2015 com o rio l\u00e1 embaixo”, diz.<\/p>\n Em um progn\u00f3stico mais pessimista, as chuvas podem cessar e piorar o abastecimento j\u00e1 comprometido em cidades que dependem exclusivamente do Rio Pardo. Neste caso, segundo ele, o problema da falta d’\u00e1gua pode ficar evidente a partir de maio.<\/p>\n “Teremos um ano muito apertado. Se de repente n\u00e3o chover mais, ficaremos em uma situa\u00e7\u00e3o bastante cr\u00editica. Essas cidades menores que dependem de fontes superficiais seriam as mais mais prejudicadas, porque n\u00e3o t\u00eam reservas. Todas as cidades que passaram por problemas de estiagem t\u00eam essa criticidade”, explica.<\/p>\n Ele observa que n\u00e3o s\u00e3o todos os munic\u00edpios que tomam provid\u00eancias de preven\u00e7\u00e3o – como obras para obten\u00e7\u00e3o de fontes alternativas – para per\u00edodos de falta d’\u00e1gua. “Alguns prefeitos est\u00e3o se mexendo, indo atr\u00e1s de po\u00e7o, de obras. Outros ficam meio paralisados, n\u00e3o t\u00eam recursos.” (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Medi\u00e7\u00e3o mais cr\u00edtica chegou a 0,29 metro de profundidade, aponta DAEE. Recarga de len\u00e7ol usa volume; se chuva n\u00e3o continuar, seca pode voltar pior. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[165,200],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/113174"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=113174"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/113174\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=113174"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=113174"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=113174"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}