{"id":114192,"date":"2015-03-31T00:00:20","date_gmt":"2015-03-31T03:00:20","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=114192"},"modified":"2015-03-30T09:16:36","modified_gmt":"2015-03-30T12:16:36","slug":"lembrancas-apagam-do-cerebro-memorias-semelhantes","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2015\/03\/31\/114192-lembrancas-apagam-do-cerebro-memorias-semelhantes.html","title":{"rendered":"Lembran\u00e7as apagam do c\u00e9rebro mem\u00f3rias semelhantes"},"content":{"rendered":"

Uma lembran\u00e7a espec\u00edfica pode nos fazer esquecer outra parecida – e neurocientistas conseguiram observar este processo usando imagens computadorizadas do c\u00e9rebro.<\/p>\n

Dentro do c\u00e9rebro dos seres humanos eles localizaram as marcas \u00fanicas de duas mem\u00f3rias visuais desencadeadas pela mesma palavra.<\/p>\n

Em seguida, observaram como lembrar de uma das imagens repetidamente fez a outra mem\u00f3ria desaparecer. O estudo foi publicado na revista Nature Neuroscience .<\/p>\n

Os resultados sugerem que nossos c\u00e9rebros apagam ativamente mem\u00f3rias que podem nos distrair de uma tarefa espec\u00edfica.<\/p>\n

“As pessoas est\u00e3o acostumadas a pensar o esquecimento como algo passivo”, disse a principal autora do estudo, Maria Wimber, da Universidade de Birmingham, na Gr\u00e3-Bretanha.<\/p>\n

“Nossa pesquisa mostra que as pessoas se esfor\u00e7am mais do que percebem para moldar o que lembram de suas vidas.”<\/p>\n

Excluindo distra\u00e7\u00f5es <\/strong> – Wimber realizou o estudo com colegas do MRC Cognition and Brain Sciences Unit, em Cambridge.<\/p>\n

Ela disse \u00e0 BBC que as novas descobertas n\u00e3o mostram um sistema de armazenamento de mem\u00f3ria simples como “entra uma mem\u00f3ria, sai uma mem\u00f3ria”.<\/p>\n

“N\u00e3o significa que esquecemos algo todas as vezes que entra uma lembran\u00e7a nova.”<\/p>\n

“O c\u00e9rebro parece pensar que as coisas que usa com frequ\u00eancia s\u00e3o as coisas realmente importantes para n\u00f3s. Ent\u00e3o tenta manter as coisas simples. Para se certificar de que poderemos acessar essas lembran\u00e7as importantes facilmente, ele expulsa, tira do caminho as mem\u00f3rias que est\u00e3o competindo ou interferindo.”<\/p>\n

A ideia de que lembrar algo frequentemente pode nos levar a esquecer as mem\u00f3rias intimamente relacionadas a ela n\u00e3o \u00e9 nova. Wimber afirma que ela \u00e9 conhecida desde a d\u00e9cada de 1990.<\/p>\n

Mas os cientistas nunca haviam conseguido confirmar que isso era resultado de uma supress\u00e3o ativa da mem\u00f3ria, em vez de uma simples deteriora\u00e7\u00e3o passiva.<\/p>\n

O que fez a descoberta poss\u00edvel foi a identifica\u00e7\u00e3o de indicadores confi\u00e1veis que as pessoas que participaram da pesquisa se lembravam de uma determinada imagem, dentro de seu c\u00f3rtex visual.<\/p>\n

A pesquisadora fez isso fazendo que elas fizessem uma s\u00e9rie de tarefas “chatas” antes dos testes com a mem\u00f3ria come\u00e7arem. Poderia ser, por exemplo, olhar uma foto de Marilyn Monroe ou de Albert Einstein muitas vezes.<\/p>\n

A cada par de imagens foi associada um palavra sem rela\u00e7\u00e3o com a imagem, como por exemplo “areia”. Ao pedir que os grupos lembrassem de apenas uma imagem associada \u00e0 palavra repetidas vezes, foi poss\u00edvel ver, por exemplo, as lembran\u00e7as de Marilyn ficarem mais fortes, enquanto as de Einstein desapareciam.<\/p>\n

Apagar mem\u00f3rias <\/strong>Wimber acredita que os resultados podem ser \u00fateis em psicologia, onde apagar mem\u00f3rias espec\u00edficas \u00e0s vezes \u00e9 exatamente o que os pacientes precisam.<\/p>\n

“Esquecer \u00e9 muitas vezes visto como uma coisa negativa, mas \u00e9 claro que pode ser extremamente \u00fatil quando se tenta superar uma mem\u00f3ria negativa do nosso passado”, disse ela.<\/p>\n

“H\u00e1 oportunidades para que isso seja aplicado em \u00e1reas para realmente ajudar as pessoas.”<\/p>\n

Hugo Spiers, um professor de neuroci\u00eancia comportamental da Universidade College London, disse \u00e0 BBC que a pesquisa era animadora e foi bem feita. “Este \u00e9 um exemplo de uma boa pesquisa de imagens do c\u00e9rebro”, disse ele.<\/p>\n

“Os resultados v\u00e3o al\u00e9m de simplesmente revelar que uma regi\u00e3o do c\u00e9rebro est\u00e1 envolvido na mem\u00f3ria: eles fornecem insights sobre os mecanismos utilizados pelo c\u00e9rebro para conseguir isso.”<\/p>\n

O trabalho tamb\u00e9m impressionou Eva Feredoes, que estuda mecanismos de mem\u00f3ria na Universidade de Reading. Ela disse que a descoberta pode ser \u00fatil at\u00e9 para combater a perda de mem\u00f3ria em situa\u00e7\u00f5es de dem\u00eancia.<\/p>\n

“N\u00f3s sabemos que as mem\u00f3rias competem com as outras em diferentes est\u00e1gios enquanto est\u00e3o sendo lembradas e, quando s\u00e3o recuperadas, as mem\u00f3rias perdedoras da competi\u00e7\u00e3o s\u00e3o esquecidas”, disse Feredoes.<\/p>\n

“Resolver essa ‘competi\u00e7\u00e3o’ complexa poderia pavimentar o caminho para novas pesquisas sobre tratamentos em doen\u00e7as que afetam a mem\u00f3ria, como a dem\u00eancia.” (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Resultados de pesquisa podem ser \u00fateis em psicologia, onde apagar mem\u00f3rias espec\u00edficas \u00e0s vezes \u00e9 exatamente o que os pacientes precisam. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[36],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/114192"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=114192"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/114192\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=114192"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=114192"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=114192"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}