{"id":117719,"date":"2015-08-01T00:00:15","date_gmt":"2015-08-01T03:00:15","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=117719"},"modified":"2015-07-31T23:11:20","modified_gmt":"2015-08-01T02:11:20","slug":"vacina-contra-ebola-se-mostra-eficaz-em-testes-na-guine","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2015\/08\/01\/117719-vacina-contra-ebola-se-mostra-eficaz-em-testes-na-guine.html","title":{"rendered":"Vacina contra ebola se mostra eficaz em testes na Guin\u00e9"},"content":{"rendered":"
Uma vacina contra o ebola desenvolvida em tempo recorde se mostrou 100% eficaz contra o v\u00edrus mortal em um grande estudo feito na Guin\u00e9 e agora pode ser usada para ajudar a acabar com a epidemia no oeste africano, afirmaram pesquisadores internacionais independentes nesta sexta-feira (31).<\/p>\n
Os resultados do estudo, que testou a vacina desenvolvida por Merck e NewLink Genetics em mais de 4 mil pessoas que estiveram em contato pr\u00f3ximo com um caso de ebola confirmado, mostrou que a vacina deu 100% de prote\u00e7\u00e3o depois de 10 dias da aplica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
O estudo foi publicado nesta sexta na revista brit\u00e2nica “The Lancet” e afirma que a vacina VSV-EBOV poderia ser “altamente eficaz em prevenir a doen\u00e7a do v\u00edrus ebola”.<\/p>\n
O v\u00edrus infectou 27.748 pessoas e matou 11.279 desde o ano passado no oeste da \u00c1frica. A epidemia do ebola na \u00c1frica Ocidental teve in\u00edcio no sul da Guin\u00e9, em dezembro de 2013. Trata-se a maior crise desde a identifica\u00e7\u00e3o do v\u00edrus em 1976.<\/p>\n
Mais de 99% das v\u00edtimas se encontram na Guin\u00e9, Serra Leoa e Lib\u00e9ria.<\/p>\n
Resultado promissor<\/strong> – Especialistas em sa\u00fade descreveram os resultados como “not\u00e1veis” e “virada no jogo”.<\/p>\n A Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS) classificou o resultado como “extremamente promissor” e disse que “s\u00e3o necess\u00e1rias mais evid\u00eancia conclusivas para a capacidade de proteger as popula\u00e7\u00f5es contra o que \u00e9 chamado de ‘efeito rebanho'”. Para isso, a autoridade regulat\u00f3ria da Guinea aprovou a continua\u00e7\u00e3o dos estudos, diz a OMS em comunicado.<\/p>\n “O cr\u00e9dito vai para o governo da Guin\u00e9, as pessoas que vivem nas comunidades e nossos parceiros neste projeto. Uma vacina eficaz ser\u00e1 mais um instrumento muito importante para os atuais e futuros surtos de ebola”, disse em comunicado a diretora-geral da OMS, Dr. Margaret Chan.<\/p>\n Depois, em coletiva de imprensa, afirmou: “Esta vai ser uma virada de jogo”, disse ela a jornalistas. “Vai mudar a gest\u00e3o do atual surto de Ebola e de futuros surtos”.<\/p>\n “Acreditamos que o mundo est\u00e1 prestes a ter uma vacina eficaz contra o Ebola”, disse a especialista em vacinas Marie Paule Kieny, da OMS, em uma entrevista \u00e0 imprensa em Genebra.<\/p>\n Jeremy Farrar, um especialista em doen\u00e7as infecciosas e diretor da funda\u00e7\u00e3o Wellcome Trust, que ajudou a financiar o estudo, disse que os resultados foram “not\u00e1veis”.<\/p>\n “Esse estudo se atreveu a usar um projeto altamente inovador e pragm\u00e1tico, que permitiu \u00e0 equipa na Guin\u00e9 avaliar esta vacina no meio de uma epidemia”, disse em comunicado.<\/p>\n “Nossa esperan\u00e7a \u00e9 que esta vacina ajude agora a acabar com essa epidemia e esteja dispon\u00edvel para as futuras epidemias inevit\u00e1veis.”<\/p>\n Bertrand Draguez, diretor do M\u00e9dicos sem Fronteiras (MSF), que tem liderado a luta contra o ebola na \u00c1frica Ocidental, disse: “Pela primeira vez h\u00e1 uma perspectiva de uma ferramenta que poderia proteger vidas e quebrar cadeias de transmiss\u00e3o.”<\/p>\n Corrida contra o tempo<\/strong> – Este e outros estudos de vacinas foram rastreados de maneira r\u00e1pida com enorme esfor\u00e7o internacional de pesquisadores, que correram para testar terapias e vacinas potenciais enquanto o v\u00edrus ainda estava circulando.<\/p>\n “Sab\u00edamos que era uma corrida contra o tempo e que o experimento tinha de ser realizado sob as circunst\u00e2ncias mais dif\u00edceis”, diz John-Arne R\u00f6ttingen, chefe da \u00e1rea de controle de doen\u00e7as infecciosas no Instituto Noruegu\u00eas de Sa\u00fade P\u00fablica e presidente do grupo de acompanhamento do experimento. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"