{"id":118174,"date":"2015-08-17T00:00:54","date_gmt":"2015-08-17T03:00:54","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=118174"},"modified":"2015-08-16T18:45:06","modified_gmt":"2015-08-16T21:45:06","slug":"descoberta-na-austria-geleira-para-treinar-missao-a-marte","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2015\/08\/17\/118174-descoberta-na-austria-geleira-para-treinar-missao-a-marte.html","title":{"rendered":"Descoberta na \u00c1ustria geleira para treinar miss\u00e3o a Marte"},"content":{"rendered":"

Uma geleira alpina de 2,7 mil metros de altura n\u00e3o \u00e9 o entorno des\u00e9rtico que habitualmente \u00e9 associado a Marte, mas \u00e9 onde foram encontradas as “condi\u00e7\u00f5es ideais” para treinar uma miss\u00e3o simulada ao planeta vermelho.<\/p>\n

\u00c9 a primeira vez que \u00e9 recriada uma miss\u00e3o a Marte em uma geleira, segundo disseram fontes do F\u00f3rum Austr\u00edaco do Espa\u00e7o, que organizou a miss\u00e3o e que conta com uma dilatada experi\u00eancia nestes exerc\u00edcios, como os desenvolvidos antes em uma \u00e1rea do Saara (Marrocos), no rio Tinto (Espanha) e no deserto de Moab (Estados Unidos).<\/p>\n

A maioria destas simula\u00e7\u00f5es se desenvolve em ambientes des\u00e9rticos, mas h\u00e1 algum tempo sabe-se que em Marte existem geleiras fora dos p\u00f3los.<\/p>\n

A geleira alpina de Kaunertal, na \u00c1ustria, onde foi feita a recria\u00e7\u00e3o, oferece aspectos compar\u00e1veis \u00e0s massas de gelo marcianas: em ambos casos as geleiras est\u00e3o cobertas por uma camada de rocha e p\u00f3.<\/p>\n

\u00cd\u00f1igo Mu\u00f1oz Elorza, de 36 anos, \u00e9 um dos seis “astronautas” selecionados para esta simula\u00e7\u00e3o, que terminou nesta sexta-feira ap\u00f3s duas semanas e na qual participaram uma centena de pesquisadores, t\u00e9cnicos e cientistas de 19 pa\u00edses.<\/p>\n

Elorza, que estudou engenharia aeron\u00e1utica em Madri e trabalha no Centro Aeroespacial Alem\u00e3o, falou com entusiasmo sobre a experi\u00eancia e seus sonhos desde crian\u00e7a de ser astronauta.<\/p>\n

Em seus “passeios espaciais” pela geleira, tanto ele como seus cinco companheiros usavam um traje espacial de 45 quilos, equivalente a cerca de 135 quilos em Marte, que demoram cerca de duas horas para vestir.<\/p>\n

Os “astronautas” tiveram que se movimentar tamb\u00e9m com um “exoesqueleto” que recria as condi\u00e7\u00f5es de pressuriza\u00e7\u00e3o que teriam em Marte e que dificultam seus movimentos em um entorno muito escarpado.<\/p>\n

Nesse ambiente, os seis “astronautas” tiveram que se adaptar a rotinas de trabalho e comunica\u00e7\u00e3o em situa\u00e7\u00f5es muito dif\u00edceis e realizar experimentos em diferentes campos, como rob\u00f3tica, astrobiologia e medicina.<\/p>\n

Um dos maiores desafios foi trabalhar com um fluxo de comunica\u00e7\u00e3o muito lento, j\u00e1 que as mensagens demorariam cerca de 10 minutos para chegar da Terra devido aos 200 milh\u00f5es de quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia.<\/p>\n

“O tempo m\u00e9dio de uma mensagem para chegar da Terra a Marte seriam dez minutos, mais outros dez minutos na resposta. 20 minutos de atraso”, destacou Elorza.<\/p>\n

Esse tempo faz com que o astronauta deva atuar de forma mais aut\u00f4noma at\u00e9 receber as instru\u00e7\u00f5es seguintes.<\/p>\n

“O que queremos \u00e9 avaliar bem qual \u00e9 o n\u00edvel de autonomia necess\u00e1rio, sem que se perca o controle da situa\u00e7\u00e3o por parte de gente mais especializada nos experimentos e nos testes que estariam na Terra”, acrescentou.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, foram desenvolvidos diversos experimentos como uma inovadora ducha a vapor, que gasta uma m\u00ednima quantidade de \u00e1gua -os astronautas da Esta\u00e7\u00e3o Espacial Internacional usam toalhas \u00famidas-, uma tecnologia que o engenheiro basco considera que possa ser usada “em ambientes extremos, em situa\u00e7\u00f5es de emerg\u00eancia ou em pa\u00edses em desenvolvimento sem muito acesso \u00e0 \u00e1gua”.<\/p>\n

Outro experimento realizado nos Alpes austr\u00edacos consistiu em oferecer solu\u00e7\u00f5es dentais aos astronautas que sintam dores repentinas no espa\u00e7o.<\/p>\n

“Caso tenham algum problema, como a perda da coroa dental, a dor te deixa fora de jogo e n\u00e3o \u00e9 o melhor em uma situa\u00e7\u00e3o cr\u00edtica como uma miss\u00e3o”, comentou.<\/p>\n

Gra\u00e7as a um scanner dental port\u00e1til, \u00e9 poss\u00edvel enviar a informa\u00e7\u00e3o sobre a pe\u00e7a necess\u00e1ria ao centro do controle terrestre, de onde seriam enviados os dados para a cria\u00e7\u00e3o de uma pe\u00e7a dental em uma impressora 3D.<\/p>\n

Esta tecnologia, que poderia ser usada no futuro tamb\u00e9m em \u00e1reas remotas do planeta, \u00e9 uma amostra dos grandes retornos gerados pela pesquisa espacial, ressaltou Elorza.<\/p>\n

Tamb\u00e9m foram desenvolvidos experimentos para rastrear a vida em entornos extremos e um grupo de psic\u00f3logos avaliou a manifesta\u00e7\u00e3o da miss\u00e3o e a gest\u00e3o das situa\u00e7\u00f5es por parte dos participantes.<\/p>\n

Para Elorza, foi uma satisfa\u00e7\u00e3o gerar uma base de conhecimentos que poder\u00e1 ser utilizada em uma miss\u00e3o real e contribuir dessa maneira “\u00e0 expans\u00e3o do que temos al\u00e9m de nosso planeta”.<\/p>\n

Em qualquer caso, ainda faltam cerca de 20 ou 30 anos, segundo os c\u00e1lculos dos cientistas, para uma miss\u00e3o a Marte. “Eu gostaria de v\u00ea-la, pelo menos”, concluiu Elorza. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Uma geleira alpina de 2,7 mil metros de altura n\u00e3o \u00e9 o entorno des\u00e9rtico que habitualmente \u00e9 associado a Marte, mas \u00e9 onde foram encontradas as “condi\u00e7\u00f5es ideais” para treinar uma miss\u00e3o simulada ao planeta vermelho. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[36],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/118174"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=118174"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/118174\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=118174"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=118174"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=118174"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}