O munic\u00edpio de Pl\u00e1cido de Castro, distante 100 km da capital Rio Branco come\u00e7ou a testar um novo tipo de pavimenta\u00e7\u00e3o, com o uso de um pol\u00edmero para aglomerar as part\u00edculas do solo, construindo uma base r\u00edgida resistente \u00e0 \u00e1gua e \u00e0 carga. E, nessa iniciativa em favor do meio ambiente, a primeira estrada a receber o pavimento liga o munic\u00edpio \u00e0 Bol\u00edvia. A tecnologia foi aplicada inicialmente em 300 metros h\u00e1 pouco mais de um m\u00eas.<\/p>\n
De acordo com o diretor-presidente da empresa respons\u00e1vel pelo experimento em S\u00e3o Paulo, Newton Vasconcelos, em fun\u00e7\u00e3o da falta de equipamento no munic\u00edpio do interior do Acre, a empresa teve que fazer uma improvisa\u00e7\u00e3o da tecnologia. Segundo ele, o produto foi aplicado em forma de selante.<\/p>\n
“O material que est\u00e1 solto na pista \u00e9 retirado e, em seguida, come\u00e7amos o procedimento. \u00c9 feito uma raspagem superficial do solo, aplica-se o produto como se estivesse pintando o ch\u00e3o, depois volta com um rolo liso fazendo o fechamento dos poros do pavimento. O resultado \u00e9 um piso selado, sem poeira e liso. Fica uma estrada de terra, como se fosse asfalto, com o uso do ‘Terra Fix’, que \u00e9 uma tecnologia de pavimenta\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica”, explica Vasconcelos.<\/p>\n
O diretor-presidente garante que essa tecnologia pode ser usada em todas as estradas rurais do estado. Segundo Vasconcelos, \u00e9 uma solu\u00e7\u00e3o para melhorar as condi\u00e7\u00f5es de trafegabilidade nas estradas e a manuten\u00e7\u00e3o s\u00f3 precisa ser feita de ano em ano, e n\u00e3o a cada tr\u00eas meses como na tecnologia usada em ramais normalmente.<\/p>\n
“\u00c9 um piso mais resistente. Al\u00e9m de ser uma alternativa ecol\u00f3gica, j\u00e1 que o produto n\u00e3o oferece nenhum impacto negativo ao meio ambiente. Um detalhe \u00e9 que \u00e9 utilizado o solo do pr\u00f3prio local, ent\u00e3o n\u00e3o teria necessidade de trazer material de outros lugares”, acrescenta o diretor.<\/p>\n
A proposta \u00e9 para os locais onde n\u00e3o h\u00e1 condi\u00e7\u00f5es financeiras de colocar uma capa asf\u00e1ltica. “A tecnologia tem um custo praticamente tr\u00eas vezes menor do que o da aplica\u00e7\u00e3o de asfalto”, diz Vasconcelos.<\/p>\n
O secret\u00e1rio de obras de Pl\u00e1cido de Castro, Luciano Barros, diz que essa foi apenas uma demonstra\u00e7\u00e3o da tecnologia que teve boa aceita\u00e7\u00e3o e pode ser aplicada futuramente em todos os ramais do munic\u00edpio. Barros conta que o prefeito da cidade ficou sabendo da tecnologia quando esteve em Bras\u00edlia, entrou em contato com a empresa respons\u00e1vel, que fez uma amostra. <\/p>\n
“Reunimos as prefeituras de Pl\u00e1cido de Castro e Capixaba para que a empresa fizesse a demonstra\u00e7\u00e3o nesse ramal que d\u00e1 acesso \u00e0 Bol\u00edvia. \u00c9 um produto que cria uma crosta de 50 cent\u00edmetros no solo, que n\u00e3o infiltra \u00e1gua. Temos a garantia de ficar por um bom tempo sem poeira, sem a \u00e1gua infiltrar e com isso evitando carros atolados”, afirma Barros.<\/p>\n
Segundo o secret\u00e1rio, essa tecnologia \u00e9 feita para ser usada, principalmente, em ramais. “Essa proposta \u00e9 importante para o nosso estado, j\u00e1 que chove muito nessa regi\u00e3o e o produto demora a deteriorar. Normalmente s\u00f3 passamos a m\u00e1quina no ramal para compactar o solo e com duas ou tr\u00eas chuvas, j\u00e1 est\u00e1 se deteriorando. Com essa tecnologia, essa camada \u00e9 muito mais resistente, e s\u00f3 vai precisar ser mexido novamente ap\u00f3s um ano”, conclui.<\/p>\n
O morador Valclei Nunes de Oliveira, de 36 anos, n\u00e3o aprovou a nova pavimenta\u00e7\u00e3o. Ele mora em Pl\u00e1cido de Castro a vida toda e conta que esse trecho da cidade sempre teve problemas com a poeira durante o ver\u00e3o e com a lama no per\u00edodo de chuvas.<\/p>\n
“Eu fiquei sabendo desse neg\u00f3cio que aplicaram a\u00ed h\u00e1 um m\u00eas para diminuir a poeira que fica, mas pelo visto n\u00e3o resolveu nada. \u00c9 uma tristeza total, porque a gente continua tendo que passar por aqui ficando quase que coberto de tanto barro. Quando os carros passam fica ainda pior, porque sobe a poeira. Ainda n\u00e3o choveu forte, mas s\u00f3 com um sereno j\u00e1 deu para ver que tamb\u00e9m n\u00e3o vai dar certo, vai ficar aquela mesma lama que atola os carros”, reclama Oliveira. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Produto dura mais e n\u00e3o afeta meio ambiente, diz respons\u00e1vel pela tecnologia. Trecho experimental foi aplicado h\u00e1 um m\u00eas em 300 metros de ramal. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[280,158],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/118938"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=118938"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/118938\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=118938"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=118938"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=118938"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}