Apesar da forte chuva na noite de quarta-feira (21), o n\u00edvel do Sistema Cantareira caiu para 15,6% nesta quinta-feira (22), segundo boletim da Companhia de Saneamento B\u00e1sico do Estado de S\u00e3o Paulo (Sabesp). O volume acumulado no m\u00eas teve aumento de 10 mil\u00edmetros, mas ainda assim o sistema apresentou queda. De todos os seis sistemas que abastecem a Grande S\u00e3o Paulo apenas o Guarapiranga teve alta.<\/p>\n
O \u00edndice de 15,6% do Sistema Cantareira considera o c\u00e1lculo feito com base na divis\u00e3o do volume armazenado pelo volume \u00fatil de \u00e1gua.<\/p>\n
O sistema ainda opera no volume morto. O volume acumulado \u00e9 de 53,9 mil\u00edmetros.<\/p>\n
Ap\u00f3s a\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio P\u00fablico (MP), aceita pela Justi\u00e7a, a companhia passou a divulgar outros dois \u00edndices para o Sistema Cantareira.<\/p>\n
O segundo \u00edndice leva em considera\u00e7\u00e3o a conta do volume armazenado pelo volume total de \u00e1gua do Cantareira. Nesta quinta era de 12,1%. O terceiro \u00edndice leva em considera\u00e7\u00e3o o volume armazenado menos o volume da reserva t\u00e9cnica pelo volume \u00fatil e era de -13,6 % na manh\u00e3 de quinta-feira.<\/p>\n
Balan\u00e7o de inverno<\/strong> – O Cantareira teve o inverno mais chuvoso desde 2009, segundo levantamento do G1 feito com base nos dados divulgados diariamente pela Sabesp. A esta\u00e7\u00e3o, que come\u00e7ou em 21 de junho, terminou \u00e0s 5h20 do dia 23 de setembro.<\/p>\n O manancial recebeu 188,9 mil\u00edmetros de chuva no per\u00edodo, maior marca dos \u00faltimos seis anos. A precipita\u00e7\u00e3o \u00e9 82% maior que a do inverno do ano passado, quando choveram 103,5 mm, mas muito menor que a marca de sete anos atr\u00e1s: 323,8 mm, em 2009.<\/p>\n Apesar do balan\u00e7o positivo de chuvas, o sistema seguiu perdendo \u00e1gua durante a esta\u00e7\u00e3o e ainda est\u00e1 operando no volume morto.<\/p>\n Agosto<\/strong> – Os novos n\u00fameros do Sistema Cantareira contrastam com o mau desempenho em agosto, m\u00eas em que teve apenas 30,7 mm de chuvas, o equivalente a 89,2% da m\u00e9dia hist\u00f3rica do m\u00eas (34,4 mm).<\/p>\n Agosto foi o quinto m\u00eas seguido em que o sistema, que abastece 5,3 milh\u00f5es de pessoas na Grande S\u00e3o Paulo, fechou “no vermelho”.<\/p>\n Falta de planejamento<\/strong> – O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que a falta de \u00e1gua em S\u00e3o Paulo foi resultado da falta de planejamento do governo paulista.<\/p>\n O \u00f3rg\u00e3o relatou que a Secretaria Estadual de Recursos H\u00eddricos (SSRH) recebeu v\u00e1rios alertas sobre a necessidade de um plano de conting\u00eancia para eventuais riscos de escassez h\u00eddrica na Regi\u00e3o Metropolitana de S\u00e3o Paulo. A pasta negou as alega\u00e7\u00f5es e disse que era imposs\u00edvel prever a estiagem de 2014.<\/p>\n As informa\u00e7\u00f5es fazem parte do parecer do TCE sobre as contas do governador de S\u00e3o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do ano passado. O TCE aprovou as contas do tucano com ressalvas no fim de junho e listou 20 recomenda\u00e7\u00f5es em diferentes \u00e1reas que o governo deveria adotar.<\/p>\n Medidas preventivas <\/strong>– Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise n\u00e3o chegasse “ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados”.<\/p>\n Entre as propostas est\u00e1 a despolui\u00e7\u00e3o dos rios Tiet\u00ea e Pinheiros, a recupera\u00e7\u00e3o da represa Billings e o combate mais efetivo de perdas de \u00e1gua na distribui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n A Secretaria de Recursos H\u00eddricos informou ao TCE que implantou diversas a\u00e7\u00f5es para uma situa\u00e7\u00e3o de estresse h\u00eddrico, como o Programa de Uso Racional da \u00c1gua (PURA), financiamento de estudos, projetos, obras e servi\u00e7os ligados ao controle de perdas, e ado\u00e7\u00e3o de medidas para a pr\u00e1tica de re\u00faso de efluentes tratados para uso industrial, urbano e na agricultura.<\/p>\n Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou especialista previu a severidade da seca que atingiu a regi\u00e3o sudeste em 2014. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"