{"id":120125,"date":"2015-10-24T00:00:47","date_gmt":"2015-10-24T02:00:47","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=120125"},"modified":"2015-10-23T20:08:22","modified_gmt":"2015-10-23T22:08:22","slug":"reducao-de-gas-carbonico-pode-aumentar-renda-da-populacao-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2015\/10\/24\/120125-reducao-de-gas-carbonico-pode-aumentar-renda-da-populacao-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Redu\u00e7\u00e3o de g\u00e1s carb\u00f4nico pode aumentar renda da popula\u00e7\u00e3o, diz estudo"},"content":{"rendered":"
Medidas para reduzir as emiss\u00f5es de g\u00e1s carb\u00f4nico (CO2) do Brasil at\u00e9 2030 podem trazer um aumento de renda para as fam\u00edlias brasileiras, revelam pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).<\/p>\n
Algumas das a\u00e7\u00f5es seriam, por exemplo, a recupera\u00e7\u00e3o de uma parte da Mata Atl\u00e2ntica, o aumento dos hectares de florestas replantadas, a eleva\u00e7\u00e3o da participa\u00e7\u00e3o das fontes renov\u00e1veis na gera\u00e7\u00e3o de energia el\u00e9trica e o investimento em transporte p\u00fablico de massa para reduzir o uso do carro nas cidades.<\/p>\n
O trabalho foi apresentado pelo F\u00f3rum Brasileiro de Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas \u00e0 ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em setembro, e estima que, se o Brasil for mais ambicioso do que as metas atuais prop\u00f5em, o pa\u00eds pode ter como resultados, al\u00e9m da redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es, um crescimento maior do Produto Interno Bruto, uma diminui\u00e7\u00e3o do desemprego e, em alguns cen\u00e1rios, at\u00e9 o aumento da competitividade da ind\u00fastria.<\/p>\n
O coordenador do estudo, professor Emilio La Rovere, do Programa de Planejamento Energ\u00e9tico da Coppe, afirmou que o documento contradiz uma vis\u00e3o do senso comum de que \u00e9 preciso sacrificar o desenvolvimento econ\u00f4mico para aumentar os esfor\u00e7os de preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente. “H\u00e1 possibilidades em que os \u00edndices podem crescer ao mesmo tempo em que se diminuem as emiss\u00f5es. O Brasil tem uma op\u00e7\u00e3o de desenvolvimento sustent\u00e1vel compat\u00edvel com a redu\u00e7\u00e3o da emiss\u00e3o de gases”, disse.<\/p>\n
O estudo projeta quatro cen\u00e1rios com base em fatores macroecon\u00f4micos como um crescimento m\u00e9dio da economia de 3,9% ao ano e barril do petr\u00f3leo na casa dos 85 d\u00f3lares. Apesar de este ano a previs\u00e3o ser de retra\u00e7\u00e3o e o pre\u00e7o do petr\u00f3leo estar em torno de 50 d\u00f3lares, La Rovere disse que o pa\u00eds tem potencial para retomar o crescimento e que o pre\u00e7o da commodity tem um hist\u00f3rico de grandes varia\u00e7\u00f5es. Outra vari\u00e1vel \u00e9 que a popula\u00e7\u00e3o brasileira vai passar de 220 milh\u00f5es de habitantes.<\/p>\n
Segundo o estudo, em cen\u00e1rio parecido ao anunciado pela presidenta Dilma Rousseff na Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas, no m\u00eas passado, a renda m\u00e9dia das fam\u00edlias inclu\u00eddas entre as 16% mais pobres do pa\u00eds seria de R$ 3.691, com a diminui\u00e7\u00e3o da emiss\u00e3o de g\u00e1s carb\u00f4nico. Em um cen\u00e1rio de esfor\u00e7o maior, haveria um aumento para R$ 3.844. No caso, haveria uma economia ainda mais voltada para o setor de servi\u00e7os, segundo os pesquisadores, que preveem um mercado com pre\u00e7os maiores, por\u00e9m desemprego menor.<\/p>\n
Pelo menos 60% dos inclu\u00eddos em uma faixa m\u00e9dia de renda teriam seus rendimentos ampliados de R$ 8.772 para R$ 9.077, em 2030. J\u00e1 os 24% que correspondem \u00e0s fam\u00edlias mais ricas teriam um salto de R$ 37.601 para R$ 39.010. Esses n\u00fameros levam em considera\u00e7\u00e3o um ambiente internacional em que o Brasil faria mais esfor\u00e7os para reduzir as emiss\u00f5es de CO2 do que os demais pa\u00edses.<\/p>\n
Em um ambiente em que todos se dediquem \u00e0 quest\u00e3o com o mesmo engajamento, o trabalho faz previs\u00f5es do impacto que teria uma precifica\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de g\u00e1s carb\u00f4nico em 20 d\u00f3lares a tonelada ou em 100 d\u00f3lares a tonelada. Nesse cen\u00e1rio, o Brasil ganharia competitividade na ind\u00fastria, pois possui uma matriz energ\u00e9tica mais limpa que os concorrentes e sofreria menos com a taxa\u00e7\u00e3o sobre as emiss\u00f5es. A renda das fam\u00edlias mais pobres e das 60% de renda m\u00e9dia crescem ainda mais quanto maior for a taxa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
O grupo com renda mais alta, no entanto, teria uma renda menor que a prevista no cen\u00e1rio com menos esfor\u00e7o pela redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es, por ter uma cesta de consumo com mais produtos que geram mais emiss\u00f5es.<\/p>\n
No cen\u00e1rio mais pr\u00f3ximo \u00e0s metas anunciadas pela presidenta Dilma no m\u00eas passado, o pa\u00eds reduziria suas emiss\u00f5es de CO2 para 1,3 bilh\u00e3o de toneladas em 2030, cerca de 5% a menos do que emitia no ano de 1990, por\u00e9m ainda acima dos 1,2 bilh\u00e3o emitidos em 2010.<\/p>\n
O cen\u00e1rio mais ambicioso reduz as emiss\u00f5es para 1 bilh\u00e3o de toneladas de CO2, enquanto, em 2005, eram de 2 bilh\u00f5es. Segundo os pesquisadores, o cen\u00e1rio mais ambicioso custaria investimentos de mais R$ 372 bilh\u00f5es al\u00e9m dos j\u00e1 comprometidos desde na confer\u00eancia de Copenhague, em 2009. (Fonte: Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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