Na Universidade de Bras\u00edlia (UnB), tr\u00eas estudantes de engenharia de energia desenvolvem um projeto que usa nanotecnologia para medir o grau de polui\u00e7\u00e3o do ar. Priscila Gon\u00e7alves e os irm\u00e3os Eduardo e Luiza Ara\u00fajo trabalharam no desenvolvimento de nanossensores como projeto de conclus\u00e3o de curso. O material ainda est\u00e1 sendo aperfei\u00e7oado, mas a expectativa \u00e9 de que possa servir para detectar grandes vazamentos em esta\u00e7\u00f5es de petr\u00f3leo, por exemplo.<\/p>\n
Os nanossensores s\u00e3o montados em laborat\u00f3rio pelos pr\u00f3prios estudantes. Sobre placas de alum\u00ednio, eles aplicam materiais \u2013 como nanotubos de carbono ou di\u00f3xido de estanho \u2013 que reagem com part\u00edculas do ar. Ap\u00f3s a resposta desses produtos, \u00e9 poss\u00edvel identificar que g\u00e1s est\u00e1 presente na atmosfera.<\/p>\n
Quem levou a ideia para a UnB foi a professora peruana Mar\u00eda del Pilar Hidalgo, que j\u00e1 pesquisava o assunto durante o p\u00f3s-doutorado na Universidade de S\u00e3o Paulo (USP). Com verba de R$ 1,5 milh\u00e3o do CNPq, ela conseguiu atrair um grupo de alunos, dos quais os irm\u00e3os fazem parte, para lidar com tecnologia de ponta, no campus da UnB no Gama.<\/p>\n
Apesar de a UnB possuir um equipamento capaz de fazer a leitura das placas de metal, o grupo teve de levar os resultados \u00e0 USP porque ainda n\u00e3o teve treinamento para usar a m\u00e1quina em Bras\u00edlia, mais avan\u00e7ada. A viagem a S\u00e3o Paulo foi custeada pelos pr\u00f3prios estudantes. \u201cAqui \u00e9 na for\u00e7a de vontade\u201d, relatou Luiza, de 23 anos, prestes a se formar.<\/p>\n
\u201cQuando estiver pronto, o equipamento pode ser usado para ver se h\u00e1 vazamento de gases em ind\u00fastrias e resid\u00eancias. No momento, estamos observando padr\u00f5es para ver como se comportam os gases\u201d, disse Luiza. \u201cEm qualquer lugar que haja encanamento de g\u00e1s, o produto vai servir\u201d, continuou a estudante de 25 anos Priscila Gon\u00e7alves.<\/p>\n
Segundo Eduardo, uma mineradora do Peru j\u00e1 se interessou pelo projeto e convidou os estudantes para ajud\u00e1-los a verificar o n\u00edvel de am\u00f4nia no local. J\u00e1 uma importante petroleira do Brasil tamb\u00e9m mostrou disposi\u00e7\u00e3o em chamar os alunos para identificar vazamentos em plataformas. \u201cSabem que est\u00e1 tendo vazamento, mas n\u00e3o sabem onde ele acontece nem que tipo de g\u00e1s est\u00e1 vazando\u201d, afirmou o engenheiro, que acabou de se formar.<\/p>\n
Antes desinteressante, o meio ambiente se tornou assunto de relev\u00e2ncia para esses estudantes ap\u00f3s ingressarem no curso da UnB. \u201cEu j\u00e1 trabalhei monitorando gases em uma esta\u00e7\u00e3o de esgoto e, com esse projeto, isso ampliou meus horizontes. Agora eu me atento mais ao assunto\u201d, disse Eduardo, de 24 anos. A irm\u00e3, que estagiou inspecionando dejetos industriais de uma fabricante de bebidas, concorda: \u201cA polui\u00e7\u00e3o virou uma preocupa\u00e7\u00e3o minha porque isso afeta as pessoas que moram em volta\u201d.<\/p>\n
Corte de verba<\/strong> – Por e-mail, a professora Mar\u00eda del Pilar Hidalgo lamentou ter de desativar os estudos em dezembro devido ao futuro corte de verba para pesquisa. Mesmo atuando como professora visitante na Universidade da Calif\u00f3rnia, em Davis, nos Estados Unidos, ela fica de olho nos estudantes em Bras\u00edlia.<\/p>\n Ao G1, ela mencionou dificuldades para o projeto \u201csobreviver\u201d. \u201cSomos um campus novo, mas meus mestres, colaboradores, e humanit\u00e1rios da USP me ajudam muito para formar futuros engenheiros no Gama, j\u00e1 que l\u00e1 tem um fator humano e talentoso alunos.\u201d (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Grupo de engenharia de energia fez trabalho como conclus\u00e3o de curso. Sensores poder\u00e3o ser usados para detectar vazamentos em petroleiras. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[173,91],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/120471"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=120471"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/120471\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=120471"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=120471"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=120471"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}