{"id":124087,"date":"2016-03-23T00:15:10","date_gmt":"2016-03-23T03:15:10","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=124087"},"modified":"2016-03-23T00:17:33","modified_gmt":"2016-03-23T03:17:33","slug":"agua-de-rio-e-ruim-ou-pessima-em-363-de-pontos-avaliados-por-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2016\/03\/23\/124087-agua-de-rio-e-ruim-ou-pessima-em-363-de-pontos-avaliados-por-estudo.html","title":{"rendered":"\u00c1gua de rio \u00e9 ruim ou p\u00e9ssima em 36,3% de pontos avaliados por estudo"},"content":{"rendered":"

Um levantamento feito pela Funda\u00e7\u00e3o SOS Mata Atl\u00e2ntica revelou que a qualidade da \u00e1gua de rios, c\u00f3rregos e lagos do Brasil foi classificada como ruim ou p\u00e9ssima em 36,3% dos pontos de coleta avaliados. A classifica\u00e7\u00e3o foi regular em 59,2% das amostras e boa em apenas 4,5% delas.<\/p>\n

O estudo analisou amostras de \u00e1gua coletadas em 289 pontos de 183 rios, c\u00f3rregos e lagos distribu\u00eddos em 76 munic\u00edpios de 11 estados brasileiros. As coletas foram feitas entre mar\u00e7o de 2015 e fevereiro de 2016.<\/p>\n

Segundo Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das \u00c1guas da Funda\u00e7\u00e3o SOS Mata Atl\u00e2ntica, os dados indicam uma tend\u00eancia de piora na qualidade da \u00e1gua na m\u00e9dia nacional e em grandes centros urbanos como a cidade de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n

Um comparativo feito pela funda\u00e7\u00e3o levando em conta 125 pontos avaliados tanto no intervalo de 2014-2015 quanto no de 2015-2016 mostram que a porcentagem de locais com \u00e1gua de boa qualidade se manteve est\u00e1vel, a de locais com \u00e1gua de qualidade regular diminuiu e a de locais com \u00e1gua de qualidade ruim ou p\u00e9ssima aumentou.
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\nS\u00e3o Paulo<\/strong> – De acordo com o levantamento, a cidade de S\u00e3o Paulo perdeu os dois \u00fanicos pontos que tinham \u00e1gua de boa qualidade at\u00e9 2015: uma \u00e1rea de manancial da Represa Billings no Parque dos B\u00fafalos e uma \u00e1rea das Represas Billings e Guarapiranga em Parelheiros. Levando em conta 56 pontos que foram analisados tanto no intervalo de 2014-2015 quanto no de 2015-2016, a porcentagem de amostras de \u00e1gua ruins ou p\u00e9ssimas passou de 48,2% para 57,2%.<\/p>\n

Malu observa que o longo per\u00edodo de estiagem seguido por um per\u00edodo de chuvas teve impacto na qualidade das \u00e1guas de S\u00e3o Paulo. “Houve um impacto porque a quantidade de sujeira, de polui\u00e7\u00e3o difusa carreada pelos rios foi muito grande depois de um longo per\u00edodo de seca. Houve casos em que se perdeu dois ou tr\u00eas indicadores: o rio era bom e caiu para regular, no limite para ruim.”<\/p>\n

Outro fator que colaborou com a piora dos \u00edndices da cidade foi a mudan\u00e7a do uso do solo, com novas ocupa\u00e7\u00f5es regulares e irregulares sobre \u00e1reas de mananciais.<\/p>\n

Por outro lado, houve regi\u00f5es no estado de S\u00e3o Paulo que apresentaram melhora na qualidade da \u00e1gua, como a regi\u00e3o do M\u00e9dio Tiet\u00ea. “Neste trecho de Salto at\u00e9 Barra Bonita, houve uma melhora nos indicadores de qualidade de \u00e1gua em compara\u00e7\u00e3o com o per\u00edodo de 2014-2015”, diz Malu. Se o per\u00edodo anterior foi marcado pela mortandade de peixes e transfer\u00eancia de lama e lodo da regi\u00e3o metropolitana para o interior, hoje o rio est\u00e1 cheio de peixes.<\/p>\n

Levando em conta todo o estado, 41,5% dos pontos analisados foram classificados como ruins ou p\u00e9ssimos, o que significa que n\u00e3o h\u00e1 condi\u00e7\u00f5es para uso m\u00faltiplo, que inclui abastecimento humano, lazer, pesca, produ\u00e7\u00e3o de alimentos, entre outras fun\u00e7\u00f5es. Outros 52,4% apresentaram \u00edndices regulares e s\u00f3 6,1% apresentaram qualidade de \u00e1gua boa<\/p>\n

Rio de Janeiro<\/strong> – Outra regi\u00e3o que apresentou melhora da qualidade das \u00e1guas foi a cidade do Rio de Janeiro. O comparativo entre 2014-2015 com 2015-2016, que levou em conta 15 pontos analisados nos dois per\u00edodos, constatou uma diminui\u00e7\u00e3o de 66,7% para 40% dos pontos com \u00e1gua de qualidade ruim e um aumento de 33,3% para 60% dos pontos com \u00e1gua de qualidade regular.<\/p>\n

Segundo o relat\u00f3rio, \u00e1reas preservadas de Mata Atl\u00e2ntica, como a Floresta da Tijuca, contribuem para o resultado.<\/p>\n

J\u00e1 o estado do Rio de Janeiro n\u00e3o teve nenhum ponto com qualidade de \u00e1gua boa e 73,3% dos pontos do estado foram classificados como regulares.<\/p>\n

\u00c1gua n\u00e3o \u00e9 vista como prioridade<\/strong> – Para Malu, os resultados mostram que as cidades t\u00eam falhado no enfrentamento das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. “Essa mudan\u00e7a extrema de clima nas \u00e1reas urbanas trouxe um impacto muito mais r\u00e1pido, fato que n\u00e3o acontece nas \u00e1reas que tem vegeta\u00e7\u00e3o”, diz.<\/p>\n

“Dentro da quest\u00e3o do clima, a \u00e1gua n\u00e3o \u00e9 tratada como prioridade. Por\u00e9m \u00e9 o elemento da natureza que mais enfrenta os impactos do clima. \u00c9 preciso rever essas pol\u00edticas, j\u00e1 que as metas do Brasil para conter o desmatamento, minimizar impactos e universalizar o saneamento est\u00e3o muito aqu\u00e9m da necessidade para se chegar \u00e0 sustentabilidade.” (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Levantamento da SOS Mata Atl\u00e2ntica coletou \u00e1gua em 289 pontos do pa\u00eds. Foram avaliados 183 rios, c\u00f3rregos e lagos de 11 estados brasileiros. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[22,91,200],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/124087"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=124087"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/124087\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=124087"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=124087"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=124087"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}