{"id":124443,"date":"2016-04-15T00:02:03","date_gmt":"2016-04-15T03:02:03","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=124443"},"modified":"2016-04-14T16:57:38","modified_gmt":"2016-04-14T19:57:38","slug":"15-anos-de-suspensao-do-manejo-das-araucarias-prova-ser-um-erro","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/sem-categoria\/2016\/04\/15\/124443-15-anos-de-suspensao-do-manejo-das-araucarias-prova-ser-um-erro.html","title":{"rendered":"15 anos de suspens\u00e3o do manejo das arauc\u00e1rias prova ser um erro"},"content":{"rendered":"

Ap\u00f3s 15 anos de pol\u00edticas de suspens\u00e3o ou proibi\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies amea\u00e7adas como a Arauc\u00e1ria angustif\u00f3lia<\/em>, a situa\u00e7\u00e3o no campo se agravou e demonstrou que os resultados foram um erro com a perda da sustentabilidade m\u00ednima para conserva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Levantamento das informa\u00e7\u00f5es em fontes de pesquisa dos resultados da efici\u00eancia da aplica\u00e7\u00e3o da suspens\u00e3o do corte de esp\u00e9cies amea\u00e7adas como a Arauc\u00e1ria angustif\u00f3lia<\/em>, a partir do marco da Resolu\u00e7\u00e3o Conama 278\/01, que completa 15 anos de sua publica\u00e7\u00e3o neste 25 de maio, comprova sua inefic\u00e1cia e que esta pol\u00edtica restritiva n\u00e3o alcan\u00e7ou seus objetivos al\u00e9m de que resultou em processo inverso.<\/p>\n

Registra-se que esta resolu\u00e7\u00e3o n\u00e3o mais possui o cond\u00e3o de regulamentar o Decreto 750\/93 integralmente revogado ou a Lei 4.771\/64 artigo 9\u00ba que tamb\u00e9m foi revogado, e mesmo assim continua a ser aplicada por desconhecimento.<\/p>\n

Sua determina\u00e7\u00e3o de suspender os manejos por um ano para publica\u00e7\u00e3o da regulamenta\u00e7\u00e3o de seu uso se transformou em bandeira de morat\u00f3ria branca da esp\u00e9cie, do combate as atividades legais de seu uso, da cria\u00e7\u00e3o de uma cultura equivocada, com a paralisa\u00e7\u00e3o de at\u00e9 mesmo o ensino das t\u00e9cnicas de manejo para rendimento sustentado nas institui\u00e7\u00f5es de ensino.<\/p>\n

O 1 ano de suspens\u00e3o se transformou nos atuais 15 anos de paralisa\u00e7\u00e3o equivocada e ilegal para maioria dos autores.<\/p>\n

N\u00e3o se discute nestas opini\u00f5es a imperiosa pol\u00edtica de conserva\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie, inexistente de forma efetiva e cientifica, que possui a sua disposi\u00e7\u00e3o silvicultura conhecida e novas t\u00e9cnicas como a clonal para reproduzir a estrutura gen\u00e9tica que se deseje com poucos recursos e rapidamente, mas sem nenhuma a\u00e7\u00e3o neste sentido.
\nEm menor tempo esp\u00e9cies da mastofauna, mais complexas, como o mico le\u00e3o de cara dourada, est\u00e3o pr\u00f3ximos de serem retirados da lista de esp\u00e9cies amea\u00e7adas.<\/p>\n

Com a flora, situa\u00e7\u00f5es como afirma\u00e7\u00e3o de que o Xaxim (Dicksonia Sellowiana<\/em>) demora duzentos anos para crescer quando o fato \u00e9 que cresce comercialmente em menos de 10 anos se transformam em falsos dogmas, confundindo tempo de vida com maturidade comercial (crescem em m\u00e9dia de 5 a 10 cm ano em altura conforme pesquisas atuais verso 1 cm da afirma\u00e7\u00e3o das Portarias IBAMA de 1992).<\/p>\n

Os estudos demonstram que para a Arauc\u00e1ria angustif\u00f3lia<\/em> a principal falha foi a quebra do trip\u00e9 da sustentabilidade, das fun\u00e7\u00f5es econ\u00f4micas, sociais e ecol\u00f3gicas, onde com a suspens\u00e3o da fun\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica a social se degradou e em consequ\u00eancia a fun\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica mesmo com propostas de pol\u00edticas de compensa\u00e7\u00e3o ambiental n\u00e3o trouxeram nenhum ganho aos produtores que conservam as arauc\u00e1rias.<\/p>\n

No sentido contr\u00e1rio, os conflitos pelo controle e fiscaliza\u00e7\u00e3o e a transforma\u00e7\u00e3o de florestas produtivas em intoc\u00e1veis gerou processo de desconstru\u00e7\u00e3o cultural e nega\u00e7\u00e3o generalizada, onde a arauc\u00e1ria nas propriedades rurais era plantada ou mantida como uma poupan\u00e7a familiar no m\u00ednimo, e hoje seu nascimento representa grave problema e a elimina\u00e7\u00e3o das mudinhas quando nascem \u00e9 pratica usual e quase uma necessidade.<\/p>\n

A confus\u00e3o entre pol\u00edticas restritivas nas unidades de conserva\u00e7\u00e3o para sua utiliza\u00e7\u00e3o de forma generalizada em todo meio rural e urbano j\u00e1 foi demonstrada como um erro em outros pa\u00edses, e o Brasil, mesmo com estudos publicados como as conclus\u00f5es do PELD \u2013 Pesquisa Ecol\u00f3gica de Longa Dura\u00e7\u00e3o\/CNPq, no seu segmento voltado a arauc\u00e1rias, n\u00e3o se tomam medidas de pol\u00edticas p\u00fablicas para reverter a situa\u00e7\u00e3o, provavelmente em fun\u00e7\u00e3o da press\u00e3o da opini\u00e3o p\u00fablica que perdeu a sensibilidade de como conservar florestas , da for\u00e7a de movimentos ambientais e em situa\u00e7\u00f5es menores por quest\u00f5es ideol\u00f3gicas.<\/p>\n

A publica\u00e7\u00e3o em 2013 dos 10 anos de pesquisas do PELD\/CNPq com seus achados, li\u00e7\u00f5es e perspectivas (Marcelo Tabarelli, Carlos Frederico Duarte da Rocha, Helena Piccoli Romanowski, Odete Rocha e Luiz Drude de Lacerda (Editores)), j\u00e1 naquele ano deveria ter embasado uma imediata revis\u00e3o da afronta que se comete na conserva\u00e7\u00e3o das Arauc\u00e1rias, e aproveitar as sugest\u00f5es baseadas em centenas de pesquisas para a conserva\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie, resumidas entre elas:<\/p>\n

\u2022 Como a perpetuidade dos remanescentes da floresta de Arauc\u00e1ria n\u00e3o est\u00e1 assegurada apenas pela cria\u00e7\u00e3o de Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o, ser\u00e1 fundamental que o Poder P\u00fablico assimile o que a teoria ecol\u00f3gica comprovou, ou seja, que o ecossistema demanda dist\u00farbios para sua subsist\u00eancia e que o antropismo pode estar contribuindo para isso, desde que as forma\u00e7\u00f5es florestais n\u00e3o sejam removidas em larga escala e que existam fonte de prop\u00e1gulos.<\/p>\n

\u2022 Dever\u00e3o ser criados mecanismos que incentivem o reflorestamento da Arauc\u00e1ria.<\/p>\n

\u2022 O manejo florestal dos remanescentes florestais pode, atrav\u00e9s de procedimentos de adensamento, ser conduzido visando a amplia\u00e7\u00e3o de n\u00famero de indiv\u00edduos das esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o, como o sassafr\u00e1s [Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer].<\/p>\n

\u2022 Na cria\u00e7\u00e3o de Unidades de Conserva\u00e7\u00e3o nas florestas privadas, dever-se-ia permitir tamb\u00e9m outras modalidades, como reservas biol\u00f3gicas, reservas para conserva\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica, reservas ecol\u00f3gicas, entre outras, visando permitir maior ades\u00e3o dos produtores rurais no movimento conservacionista, uma vez que mais de 90% dos remanescentes florestais do Pa\u00eds s\u00e3o de dom\u00ednio privado (P\u00e9llico Netto et al. 2004).<\/p>\n

\u2022 Apoiar os propriet\u00e1rios que mant\u00eam remanescentes intocados com incentivos advindos da Redu\u00e7\u00e3o de Emiss\u00f5es por Desmatamento e Degrada\u00e7\u00e3o \u2013 Redd, premiando-os por desmatamento evitado.
\nA li\u00e7\u00e3o destes anos \u00e9 simples: a conserva\u00e7\u00e3o das arauc\u00e1rias em \u00e1reas privadas deve urgentemente resgatar seu uso com reposi\u00e7\u00e3o nas propriedades e garantia de seu uso futuro sem burocracia, com manuten\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cimes relevantes como banco de germoplasma, fomento ao seu reflorestamento, e a cria\u00e7\u00e3o de \u00e1reas p\u00fablicas em diversas categorias de unidade de conserva\u00e7\u00e3o.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A determina\u00e7\u00e3o de suspender os manejos se transformou em bandeira de morat\u00f3ria branca da esp\u00e9cie, do combate as atividades legais de seu uso, da cria\u00e7\u00e3o de uma cultura equivocada. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[126],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/124443"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=124443"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/124443\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=124443"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=124443"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=124443"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}