{"id":124847,"date":"2016-04-30T00:00:25","date_gmt":"2016-04-30T03:00:25","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=124847"},"modified":"2016-04-29T23:31:55","modified_gmt":"2016-04-30T02:31:55","slug":"peru-e-colombia-retornam-leoes-de-circo-a-africa-do-sul","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2016\/04\/30\/124847-peru-e-colombia-retornam-leoes-de-circo-a-africa-do-sul.html","title":{"rendered":"Peru e Col\u00f4mbia retornam le\u00f5es de circo \u00e0 \u00c1frica do Sul"},"content":{"rendered":"
Quando um ser humano comete um delito, o castigo poss\u00edvel \u00e9 ser privado da liberdade \u2013 durante um tempo limitado, pois \u00e9 consenso que viver atr\u00e1s de grades \u00e9 algo terr\u00edvel. Mas muitos animais nascem e passam toda a exist\u00eancia em cativeiro, por vezes sofrendo mutila\u00e7\u00f5es e castigos unicamente para o benef\u00edcio dos donos, que n\u00e3o se importam com sua sa\u00fade ou bem-estar.<\/p>\n
A organiza\u00e7\u00e3o Animal Defenders International (ADI) anunciou recentemente que pretendia devolver \u00e0 \u00c1frica um grupo de 33 le\u00f5es resgatados de circos no Peru e na Col\u00f4mbia. A ONG americana denunciou a situa\u00e7\u00e3o dos felinos, muitos deles desdentados e de garras mutiladas, e alguns praticamente cegos.<\/p>\n
Em sua campanha pela liberta\u00e7\u00e3o dos le\u00f5es, a ONG ADI recolheu doa\u00e7\u00f5es atrav\u00e9s do website GreaterGood.com, a fim de arrecadar os fundos necess\u00e1rios para levar os animais at\u00e9 a reserva particular Emoya Big Cat, na prov\u00edncia sul-africana de Limpopo.<\/p>\n
Nessa quinta-feira (28\/04), as autoridades ambientais colombianas iniciaram o transporte at\u00e9 Bogot\u00e1 de nove felinos entregues por um circo. De l\u00e1, seguir\u00e3o para Lima, de onde partir\u00e3o para Johannesburgo, junto com outros 24 animais do Peru.<\/p>\n
“Os le\u00f5es est\u00e3o regressando ao lugar a que pertencem, grandes recintos num meio ambiente natural”, anunciou Savannah Heuser, fundadora do santu\u00e1rio da fauna na \u00c1frica do Sul.<\/p>\n
Em 2011 o Peru aprovou a Lei dos Circos, proibindo o uso de animais selvagens em espet\u00e1culos circenses. Dois anos mais tarde a Col\u00f4mbia seguia seu exemplo. Diante da entrada em vigor dessas leis, o presidente da ADI, Jan Creamer, afirmou, em comunicado, que era hora de “devolver \u00e0 casa, ao para\u00edso, esses le\u00f5es que suportaram um inferno na terra”.<\/p>\n
Em janeiro de 2016, al\u00e9m disso, ambos os pa\u00edses aprovaram legisla\u00e7\u00e3o reconhecendo os animais dom\u00e9sticos e selvagens como “seres que sentem” e estabelecendo normas para o cuidado deles.<\/p>\n
“Todos os pa\u00edses da Am\u00e9rica Latina est\u00e3o legislando contra esses abusos”, observa Bernardo Ortiz, ambientalista e ex-diretor da ONG Traffic na Am\u00e9rica do Sul, acrescentando: “Ainda que em todos os pa\u00edses do continente se trate mal aos animais selvagens em cativeiro, nos \u00faltimos cinco anos houve avan\u00e7os no Equador, na Col\u00f4mbia, no Brasil e no Peru. Chegou o momento de tomar decis\u00f5es a respeito. Na Col\u00f4mbia se est\u00e1 tratando de um tema cr\u00edtico, neste momento: se os animais t\u00eam direitos ou n\u00e3o.”<\/p>\n
H\u00e1 alguns meses, a Associa\u00e7\u00e3o de Funcion\u00e1rios e Advogados pelos Direitos dos Animais (Afada) a Argentina abordou o caso de um orangotango mantido em jaula solit\u00e1ria na capital. Ao pleitear o primeiro habeas corpus para um n\u00e3o humano, a associa\u00e7\u00e3o argumentou que os animais “sentem e t\u00eam emo\u00e7\u00f5es. Isso faz com que sejam pessoas n\u00e3o humanas, n\u00e3o uma coisa, e com direitos”.<\/p>\n
Liga\u00e7\u00f5es com o crime organizado<\/strong> – Um dos aspectos mais cr\u00edticos do tema \u00e9 o tratamento cruel dispensado aos animais selvagens na Am\u00e9rica Latina, desde sua captura at\u00e9 o cativeiro, e sobretudo durante o transporte, aponta Bernardo Ortiz.<\/p>\n “Como o tr\u00e1fico de animais selvagens \u00e9 totalmente ilegal, para evitar a detec\u00e7\u00e3o a fase de transporte se d\u00e1 em condi\u00e7\u00f5es horr\u00edveis, entre caixotes e nos compartimentos de carga dos caminh\u00f5es. Nesses traslados \u00e9 enorme tanto a taxa de mortandade quanto o sofrimento animal.”<\/p>\n O colaborador da ONG Traffic, que combate o tr\u00e1fico animal, acrescenta que le\u00f5es como os resgatados no Peru e na Col\u00f4mbia certamente n\u00e3o foram capturados na \u00c1frica e trazidos para a Am\u00e9rica, mas s\u00e3o descendentes de v\u00e1rias gera\u00e7\u00f5es em cativeiro.<\/p>\n Juan Manuel Carri\u00f3n, diretor da Funda\u00e7\u00e3o Zool\u00f3gica do Equador e do Jardim Zool\u00f3gico de Quito, observa que “o com\u00e9rcio de vida silvestre \u00e9 t\u00e3o nefasto, organizado, dependente das m\u00e1fias e associado ao com\u00e9rcio de drogas, que acho dif\u00edcil erradicar esse problema a m\u00e9dio prazo”.<\/p>\n A seu ver, a \u00fanica solu\u00e7\u00e3o \u00e9 conscientizar a popula\u00e7\u00e3o para que deixe de comprar animais selvagens como mascotes. Se isso ocorrer, os zool\u00f3gicos modernos \u2013 que n\u00e3o t\u00eam fins comerciais, mas representam um servi\u00e7o p\u00fablico de educa\u00e7\u00e3o ambiental \u2013 seguir\u00e3o sendo necess\u00e1rios para ensinar e aproximar os mais jovens do mundo animal. (Fonte: Terra)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Ap\u00f3s uma vida em cativeiro na Am\u00e9rica do Sul, 33 felinos partem para santu\u00e1rio da fauna no continente africano por iniciativa de uma ONG. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[66,53],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/124847"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=124847"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/124847\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=124847"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=124847"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=124847"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}