{"id":125945,"date":"2016-06-11T00:00:55","date_gmt":"2016-06-11T03:00:55","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=125945"},"modified":"2016-06-10T21:53:54","modified_gmt":"2016-06-11T00:53:54","slug":"mais-de-30-da-populacao-nao-ve-a-via-lactea-devido-a-poluicao-luminosa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2016\/06\/11\/125945-mais-de-30-da-populacao-nao-ve-a-via-lactea-devido-a-poluicao-luminosa.html","title":{"rendered":"Mais de 30% da popula\u00e7\u00e3o n\u00e3o v\u00ea a Via L\u00e1ctea devido \u00e0 polui\u00e7\u00e3o luminosa"},"content":{"rendered":"
Um ter\u00e7o da popula\u00e7\u00e3o mundial – incluindo 80% dos norte-americanos e 60% dos europeus – n\u00e3o podem ver a Via L\u00e1ctea devido \u00e0 polui\u00e7\u00e3o luminosa produzida nos pa\u00edses mais desenvolvidos pelas luzes artificiais.
\nEssa \u00e9 uma das principais conclus\u00f5es de um novo atlas de polui\u00e7\u00e3o luminosa elaborado por cientistas de It\u00e1lia, Alemanha, Estados Unidos e Israel e publicado nesta sexta-feira (10) pela revista “Science Advances”.
\nA polui\u00e7\u00e3o luminosa \u00e9 uma das formas mais generalizadas de altera\u00e7\u00e3o ambiental e cria um nevoeiro luminoso que esconde as estrelas e constela\u00e7\u00f5es do c\u00e9u noturno.<\/p>\n
Segundo mostra o atlas, 83% da popula\u00e7\u00e3o mundial vive sob um c\u00e9u com uma alta polui\u00e7\u00e3o luminosa, porcentagem que no caso dos americanos e dos europeus atinge 99%.<\/p>\n
Este problema \u00e9 maior em pa\u00edses como Cingapura, It\u00e1lia e Coreia do Sul, enquanto que Canad\u00e1 e Austr\u00e1lia t\u00eam o c\u00e9u mais escuro.<\/p>\n
Na Europa ocidental, somente pequenas \u00e1reas do c\u00e9u noturno apresentam uma vis\u00e3o sem problemas, principalmente em Esc\u00f3cia, Su\u00e9cia e Noruega, e tamb\u00e9m se registram n\u00edveis baixos de polui\u00e7\u00e3o luminosa em partes de \u00c1ustria, na C\u00f3rsega e na prov\u00edncia espanhola de Cuenca.<\/p>\n
E no caso dos EUA, alguns de seus parques nacionais s\u00e3o quase o \u00faltimo ref\u00fagio da escurid\u00e3o – lugares como Yellowstone e o deserto do sudoeste -, segundo o coautor do atlas, Dan Duriscoe, do Servi\u00e7o Nacional de Parques.<\/p>\n
Por territ\u00f3rios ou pa\u00edses, os que t\u00eam c\u00e9us mais limpos s\u00e3o Groenl\u00e2ndia, Rep\u00fablica Centro-Africana, a ilha de Niue (Pac\u00edfico), Som\u00e1lia e Maurit\u00e2nia, e os que est\u00e3o em pior situa\u00e7\u00e3o – com pelo menos a metade de sua popula\u00e7\u00e3o que tem c\u00e9us extremamente brilhantes – s\u00e3o Cingapura, Kuwait, Catar, Emirados \u00c1rabes Unidos, Ar\u00e1bia Saudita, Coreia do Sul, Israel, Argentina, L\u00edbia e Trinidad e Tobago.<\/p>\n
Na Argentina 57,7% da popula\u00e7\u00e3o vive sob c\u00e9us extremamente brilhantes, porcentagem que \u00e9 de 39,7% no caso do Chile; 34,8% no Uruguai; 34,7% no Paraguai; 33,7% na Venezuela; 32,3% no Brasil; 25,5% em Puerto Rico; 22,8% no M\u00e9xico e 22,8% na Rep\u00fablica Dominicana.<\/p>\n
Abaixo de 20% da popula\u00e7\u00e3o afetada est\u00e3o Col\u00f4mbia (18,7%), Equador (17,7%), Panam\u00e1 (17,2%), Peru (16,4%) e Bol\u00edvia (12%).<\/p>\n
E os pa\u00edses latino-americanos que desfrutam do c\u00e9u mais limpo do ponto de vista de luz s\u00e3o Costa Rica, Honduras, Cuba, Guatemala, El Salvador e Nicar\u00e1gua.<\/p>\n
“H\u00e1 gera\u00e7\u00f5es inteiras de pessoas nos Estados Unidos que nunca viram a Via L\u00e1ctea”, afirmou Chris Elvidge, do Centro Nacional para a Informa\u00e7\u00e3o Ambiental de Boulder (Colorado), um dos cientistas que trabalhou na elabora\u00e7\u00e3o do atlas.<\/p>\n
As regi\u00f5es nas quais \u00e9 mais dif\u00edcil ver a Via L\u00e1ctea s\u00e3o a do Delta do Nilo (Egito), a plan\u00edcie padana (norte da It\u00e1lia), a regi\u00e3o de B\u00e9lgica-Holanda-Alemanha, Boston e Washington nos EUA, Londres, Liverpool e Leeds no Reino Unido E as \u00e1reas ao redor de Paris, Pequim e Hong Kong.<\/p>\n
Elvidge lamentou que desta forma se perdeu uma das principais conex\u00f5es da humanidade com o cosmos.<\/p>\n
“A Via L\u00e1ctea \u00e9 um brilhante rio de estrelas que dominou o c\u00e9u noturno e a imagina\u00e7\u00e3o humana desde tempos imemor\u00e1veis e os cientistas esperam que o atlas consiga abrir os olhos das pessoas para o problema da polui\u00e7\u00e3o luminosa”, comentou Elvidge.<\/p>\n
Para elaborar o atlas, a equipe liderada por Fabio Falchi, do Instituto de Tecnologia e de Ci\u00eancias da Polui\u00e7\u00e3o Luminosa da It\u00e1lia, utilizou dados de sat\u00e9lite de alta resolu\u00e7\u00e3o e medi\u00e7\u00f5es muito precisas do brilho do c\u00e9u.
\nO atlas aproveitou as imagens feitas com pouca luz pelo sat\u00e9lite meteorol\u00f3gico de \u00f3rbita polar Suomi da Nasa e pela NOAA (Administra\u00e7\u00e3o Nacional Atmosf\u00e9rica e Oce\u00e2nica).<\/p>\n
Mas al\u00e9m de impedir a vis\u00e3o clara do c\u00e9u noturno, as luzes artificiais podem confundir insetos, p\u00e1ssaros e tartarugas marinhas, \u00e0s vezes com consequ\u00eancias fatais.<\/p>\n
Por isso, \u00e9 preciso aplicar as medidas existentes para controlar essa polui\u00e7\u00e3o, ou seja, a blindagem de luzes para limitar seu brilho, a redu\u00e7\u00e3o da pot\u00eancia \u00e0 quantidade m\u00ednima necess\u00e1ria ou, simplesmente, apagar as luzes.<\/p>\n
“O novo atlas proporciona uma documenta\u00e7\u00e3o essencial sobre o estado meio ambiental da noite quando estamos no ponto \u00e1lgido da transi\u00e7\u00e3o para a tecnologia LED”, ressaltou Falchi.<\/p>\n
Por isso, acrescentou, “a menos que se tenha interesse nos n\u00edveis de cor e ilumina\u00e7\u00e3o dos LEDs, esta transi\u00e7\u00e3o poderia nos levar a um aumento por dois ou por tr\u00eas do brilho dos c\u00e9us nas noites claras”.<\/p>\n
Para criar consci\u00eancia sobre o problema, os autores do estudo habilitaram uma vers\u00e3o interativa dos mapas: “https:\/\/cires.colorado.edu\/artificial-sky” na qual se pode consultar a situa\u00e7\u00e3o de qualquer lugar. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Conclus\u00e3o foi publicada por cientistas da It\u00e1lia, EUA e Israel nesta sexta-feira. Luzes em excesso ofuscam estrelas e constela\u00e7\u00f5es no c\u00e9u \u00e0 noite. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[91],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/125945"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=125945"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/125945\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=125945"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=125945"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=125945"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}