{"id":126822,"date":"2016-07-15T00:00:14","date_gmt":"2016-07-15T03:00:14","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=126822"},"modified":"2016-07-14T22:29:52","modified_gmt":"2016-07-15T01:29:52","slug":"mais-de-90-de-area-vistoriada-pelo-ibama-ainda-tem-rejeito-da-samarco","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2016\/07\/15\/126822-mais-de-90-de-area-vistoriada-pelo-ibama-ainda-tem-rejeito-da-samarco.html","title":{"rendered":"Mais de 90% de \u00e1rea vistoriada pelo Ibama ainda tem rejeito da Samarco"},"content":{"rendered":"

Uma vistoria feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis (Ibama) em uma \u00e1rea de 102 quil\u00f4metros entre a barragem de Fund\u00e3o, em Mariana, na Regi\u00e3o Central de Minas Gerais, e a Usina Hidrel\u00e9trica Risoleta Neves, conhecida como Candonga, em Santa Cruz do Escalvado, na Zona da Mata, apontou que em 96,74% dos pontos vistoriados, n\u00e3o foi constatada a remo\u00e7\u00e3o do rejeito pela mineradora Samarco.<\/p>\n

As a\u00e7\u00f5es divulgadas nesta quinta-feira (14) foram feitas entre os dias 30 de maio e 11 de junho e fazem parte da Opera\u00e7\u00e3o \u00c1ugias. Quatro equipes dividiram a \u00e1rea em 96 pontos diferentes. Elas vistoriaram \u00e1reas do complexo de Germano (onde ficava a barragem que se rompeu em 2015), estruturas remanescentes, sistema de bombeamento de \u00e1guas pluviais, trechos do c\u00f3rrego Santar\u00e9m, do Rio Gualaxo do Norte, do Rio do Carmo, do Rio Doce e seus c\u00f3rregos afluentes.<\/p>\n

De acordo com o Ibama, a regi\u00e3o foi a mais devastada pela trag\u00e9dia. De acordo com o diagn\u00f3stico, o volume de rejeito observado em alguns pontos alcan\u00e7a 50 cent\u00edmetros de altura.<\/p>\n

\u201cOs maiores problemas verificados em campo foram o carreamento de sedimentos depositados nas margens dos tribut\u00e1rios (c\u00f3rregos) para suas calhas principais, o assoreamento de nascentes e olhos d\u2019\u00e1gua, a dificuldade de desenvolvimento da vegeta\u00e7\u00e3o (mesmo em \u00e1reas de semeadura) devido \u00e0 aus\u00eancia de solo e \u00e0 instaura\u00e7\u00e3o de processos erosivos e a aus\u00eancia de drenagens pluviais nas vias de acesso\u201d, diz o relat\u00f3rio.<\/p>\n

De acordo com o Ibama, a Samarco apresentou uma rela\u00e7\u00e3o de 68 afluentes a serem recuperados emergencialmente. No entanto, as equipes visitaram 83 cursos d\u2019\u00e1gua afetados, 15 a mais dos que foram apresentados pela mineradora. Todos foram afetados pelo desastre ambiental.<\/p>\n

Em 64,13% dos pontos vistoriados, n\u00e3o foi constatada nenhuma obra de conten\u00e7\u00e3o de encosta. Em 68,48%, n\u00e3o foi constatada nenhuma obra de drenagem.<\/p>\n

\u201cA Samarco n\u00e3o est\u00e1 adotando crit\u00e9rios b\u00e1sicos e estruturas de conserva\u00e7\u00e3o de solos para minimizar ou mesmo impedir a eros\u00e3o h\u00eddrica ocasionada pelas chuvas\u201d, disse o relat\u00f3rio.<\/p>\n

A vistoria abrangeu os munic\u00edpios de Mariana, Barra Longa, Ponte Nova, Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce.
\nSegundo o Ibama , obras de drenagem e conten\u00e7\u00e3o devem ser realizadas imediatamente.<\/p>\n

\u201cSem tais obras, tanto os trabalhos de reconforma\u00e7\u00e3o do terreno quanto de semeadura ser\u00e3o comprometidos, gerando, como consequ\u00eancia, pontos de eros\u00e3o\u201d.<\/p>\n

O Ibama determinou que a Samarco apresente em cinco dias um mapeamento completo de todos os cursos d\u2019\u00e1gua afetados e protocole em 48 horas um projeto espec\u00edfico de interven\u00e7\u00f5es em cada um deles, al\u00e9m dos rios.<\/p>\n

A mineradora tamb\u00e9m deve apresentar, at\u00e9 31 de julho, os resultados j\u00e1 obtidos dos estudos sobre o rejeito depositado na regi\u00e3o para avalia\u00e7\u00e3o adequada quanto ao manejo e \u201cposterior tomada de decis\u00e3o quanto \u00e0 sua destina\u00e7\u00e3o ou aproveitamento\u201d.<\/p>\n

Ela deve apresentar, no prazo de 10 dias, um mapeamento de todos os lagos, lagoas e a\u00e7udes afetados pelo \u201cmar de lama\u201d e implementar a\u00e7\u00f5es recomendadas para cada ponto vistoriado.<\/p>\n

As obras de conten\u00e7\u00e3o de encostas devem ser realizadas at\u00e9 1\u00ba de setembro, \u00e9poca em que, tradicionalmente, come\u00e7a a temporadas de chuvas na regi\u00e3o.<\/p>\n

\u201cDo total de pontos visitados impactados (92), s\u00e3o necess\u00e1rias obras em pelo menos 68%\u201d, disse o Ibama
\nUm ponto positivo foi que nos cursos d\u2019\u00e1gua onde as obras ainda n\u00e3o foram realizadas, embora haja rejeito, esp\u00e9cies nativas foram encontradas.<\/p>\n

A Samarco divulgou nota informando que “cumpre rigorosamente os prazos definidos no escopo do acordo assinado pela Samarco, seus acionistas (Vale e BHP Billiton), os governos federal, de Minas Gerais e do Esp\u00edrito Santo – do qual o IBAMA \u00e9 um dos signat\u00e1rios”.<\/p>\n

Ainda de acordo com a nota, “pelo termo, h\u00e1 uma se\u00e7\u00e3o espec\u00edfica sobre o manejo dos rejeitos remanescentes do rompimento da barragem de Fund\u00e3o, que prev\u00ea a realiza\u00e7\u00e3o de estudos que nortear\u00e3o as tomadas de decis\u00e3o. No m\u00eas de julho ser\u00e3o entregues estudos relevantes para subsidiar as a\u00e7\u00f5es de manejo de tais rejeitos”.<\/p>\n

A Samarco ainda disse que obras de drenagem e conten\u00e7\u00e3o de encostas foram iniciadas logo ap\u00f3s o acidente. A nota informou que “estas e outras atividades est\u00e3o sendo realizadas para a recupera\u00e7\u00e3o ambiental das \u00e1reas impactadas, como a dragagem do reservat\u00f3rio da UHE Risoleta Neves (Candonga), estabiliza\u00e7\u00e3o do rejeito via revegeta\u00e7\u00e3o emergencial, al\u00e9m da recupera\u00e7\u00e3o de afluentes e monitoramento da qualidade da \u00e1gua em 94 pontos ao longo do rio Doce”.<\/p>\n

Trag\u00e9dia<\/strong> – Em 5 de novembro, o rompimento da barragem de Fund\u00e3o, que pertence \u00e0 mineradora Samarco, cujas donas s\u00e3o a Vale e a BHP Billiton, afetou distritos de Mariana, al\u00e9m do leito do Rio Doce. Os rejeitos atingiram mais de 40 cidades de Minas Gerais e no Esp\u00edrito Santo e chegou ao mar. O desastre ambiental \u00e9 considerado o maior e sem precedentes no Brasil. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Fiscaliza\u00e7\u00e3o foi feita em 100 Km entre barragem de Fund\u00e3o e Candonga. Em 64,13% dos pontos, n\u00e3o foi constatada obra de conten\u00e7\u00e3o de encosta. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[331],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/126822"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=126822"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/126822\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=126822"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=126822"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=126822"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}