{"id":133424,"date":"2016-08-31T00:00:20","date_gmt":"2016-08-31T03:00:20","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=133424"},"modified":"2016-08-30T22:34:00","modified_gmt":"2016-08-31T01:34:00","slug":"estudo-encomendado-pela-samarco-mostra-falha-que-causou-tragedia-em-mariana","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2016\/08\/31\/133424-estudo-encomendado-pela-samarco-mostra-falha-que-causou-tragedia-em-mariana.html","title":{"rendered":"Estudo encomendado pela Samarco mostra falha que causou trag\u00e9dia em Mariana"},"content":{"rendered":"
Quase dez meses ap\u00f3s a maior trag\u00e9dia socioambiental do pa\u00eds, a mineradora Samarco apresentou na segunda-feira (29) o resultado de um estudo encomendado sobre as causas que levaram ao rompimento da barragem de Fund\u00e3o, ocorrido em novembro do ano passado no distrito de Bento Rodrigues, no munic\u00edpio Mariana (MG). De acordo com a pesquisa, problemas de drenagem ocorriam desde 2009. Entre as tentativas de reparo, teria sido feita uma amplia\u00e7\u00e3o da barragem sobre base inst\u00e1vel.<\/p>\n
O estudo foi encomendado pela Samarco e pelas suas acionistas Vale e BHP Billiton ao escrit\u00f3rio de advocacia dos Estados Unidos, Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP. A apresenta\u00e7\u00e3o do relat\u00f3rio final foi feita por um dos quatro especialistas respons\u00e1veis, Norbert Morgenster, professor em\u00e9rito de engenharia civil pela Universidade de Alberta, no Canad\u00e1.<\/p>\n
Segundo ele, \u00e9 poss\u00edvel que pequenos abalos s\u00edsmicos ocorridos antes da trag\u00e9dia tenham sido o estopim para conclus\u00e3o do processo de rompimento da barragem, que j\u00e1 estava avan\u00e7ado.<\/p>\n
Algumas das conclus\u00f5es est\u00e3o de acordo com o constatado pela Pol\u00edcia Civil de Minas Gerais em investiga\u00e7\u00e3o conclu\u00edda em fevereiro. Entre elas, o estudo confirma que o rompimento ocorreu na lateral esquerda da barragem. Nesse local, um recuo da estrutura foi constru\u00eddo apoiado em lama, que estava ali por erros na drenagem. Sobre uma base inst\u00e1vel, a obra foi se deteriorando at\u00e9 a consuma\u00e7\u00e3o da trag\u00e9dia.<\/p>\n
O epis\u00f3dio, que ocorreu em 5 de novembro de 2015, deixou 19 mortos, poluiu a bacia do Rio Doce e destruiu grandes \u00e1reas de vegeta\u00e7\u00e3o nativa. Em fevereiro, a Pol\u00edcia Civil indiciou sete pessoas, entre elas o ex-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.<\/p>\n
Em nota, a Samarco destacou que o escrit\u00f3rio respons\u00e1vel pelo estudo foi contratado sob premissa de absoluta independ\u00eancia. A mineradora acrescentou que colaborou plenamente com a pesquisa e que est\u00e1 tendo acesso aos resultados juntamente com a imprensa.<\/p>\n
“Trata-se de um trabalho t\u00e9cnico complexo e detalhado, que ser\u00e1 estudado para que coment\u00e1rios possam ser feitos. Qualquer manifesta\u00e7\u00e3o nesse momento \u00e9 precipitada”, finalizou o texto.<\/p>\n
Licen\u00e7as suspensas<\/strong> – H\u00e1 duas semanas, o Tribunal de Justi\u00e7a de Minas Gerais (TJMG) determinou a suspens\u00e3o tempor\u00e1ria de todas as licen\u00e7as ambientais do Complexo de Germano, pertencente \u00e0 Samarco. Al\u00e9m da barragem rompida de Fund\u00e3o, o complexo \u00e9 formado pelas barragens de Germano e de Santar\u00e9m, todas elas em distritos do munic\u00edpio de Mariana.<\/p>\n Na mesma semana, o Tribunal Regional Federal da 1\u00aa Regi\u00e3o anulou a homologa\u00e7\u00e3o do acordo firmado entre Uni\u00e3o, os estados de Minas Gerais e do Esp\u00edrito Santo, a empresa Samarco e as acionistas Vale e BHP Billiton.<\/p>\n As estimativas em torno do acordo apontavam para um gasto de R$ 20 bilh\u00f5es ao longo de aproximadamente 15 anos para recupera\u00e7\u00e3o dos danos socioambientais que a trag\u00e9dia provocou na bacia do Rio Doce.<\/p>\n A anula\u00e7\u00e3o da homologa\u00e7\u00e3o havia sido pedida pelo Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal (MPF), que n\u00e3o concorda com os termos. Em maio, o \u00f3rg\u00e3o apresentou uma a\u00e7\u00e3o civil p\u00fablica estimando em R$155 bilh\u00f5es os preju\u00edzos alcan\u00e7ados. (Fonte: Ag\u00eancia Brasil) <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Segundo o estudo, \u00e9 poss\u00edvel que pequenos abalos s\u00edsmicos ocorridos antes da trag\u00e9dia tenham sido o estopim para conclus\u00e3o do processo de rompimento da barragem, que j\u00e1 estava avan\u00e7ado.
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