{"id":134028,"date":"2016-09-30T00:00:47","date_gmt":"2016-09-30T00:00:47","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=134028"},"modified":"2016-09-29T22:31:36","modified_gmt":"2016-09-29T22:31:36","slug":"qualidade-de-melhor-amigo-do-homem-dos-caes-pode-ser-genetica","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2016\/09\/30\/134028-qualidade-de-melhor-amigo-do-homem-dos-caes-pode-ser-genetica.html","title":{"rendered":"Qualidade de ‘melhor amigo do homem’ dos c\u00e3es pode ser gen\u00e9tica"},"content":{"rendered":"
Se voc\u00ea pensa que os c\u00e3es s\u00e3o atra\u00eddos por sua personalidade, ent\u00e3o, pense outra vez. Tal afinidade pode ser gen\u00e9tica, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira (29), que aponta genes ligados a amizade interesp\u00e9cies.<\/p>\n
Fornecer comida e brincar de pegar a bolinha, \u00e9 claro, ajudam a criar la\u00e7os fortes.<\/p>\n
Mas experimentos envolvendo centenas de c\u00e3es, e uma an\u00e1lise abrangente de seus genomas, revelaram algumas variantes gen\u00e9ticas claramente ligadas ao fato de os caninos serem amig\u00e1veis com os seres humanos.<\/p>\n
Resulta que esses genes s\u00e3o os mesmos que ajudam a regular a sociabilidade na nossa esp\u00e9cie e est\u00e3o implicados em problemas neurol\u00f3gicos como autismo, ou Transtorno do D\u00e9ficit de Aten\u00e7\u00e3o com Hiperatividade (TDAH).<\/p>\n
“Nossas descobertas sugerem que pode haver uma base gen\u00e9tica subjacente comum para o comportamento social em c\u00e3es e humanos”, disse \u00e0 AFP o autor s\u00eanior do estudo Pers Jensen, professor de Etologia na Universidade de Linkoping, na Su\u00e9cia.<\/p>\n
Os primeiros c\u00e3es domesticados – cerca de 15.000 anos atr\u00e1s – provavelmente eram lobos que se acostumaram \u00e0 presen\u00e7a de seres humanos em seu h\u00e1bitat, concordam a maioria dos especialistas.<\/p>\n
Desde ent\u00e3o, o melhor amigo do homem tem continuado a evoluir, um processo provavelmente influenciado pela nossa coabita\u00e7\u00e3o \u00edntima.<\/p>\n
De fato, os c\u00e3es divergiram dos lobos atrav\u00e9s, entre outras coisas, do desenvolvimento de uma tend\u00eancia inata de buscar o nosso companheirismo, mostraram pesquisas anteriores.<\/p>\n
V\u00e1rios experimentos compararam o comportamento dos filhotes de c\u00e3es e de lobos criados como animais de estima\u00e7\u00e3o de fam\u00edlias. Os beb\u00eas de lobo foram retirados de suas m\u00e3es com cerca de oito semanas de idade.<\/p>\n
J\u00e1 adultos, quando confrontados – na presen\u00e7a de seres humanos – com tarefas que n\u00e3o podiam resolver sozinhos, os c\u00e3es e lobos socializados se comportavam de forma bastante diferente.<\/p>\n
“Em geral, os c\u00e3es tinham uma forte tend\u00eancia a solicitar a ajuda humana, ao passo que os lobos”, mesmo aqueles criados como animais de estima\u00e7\u00e3o, “n\u00e3o o faziam”, relatou Jensen.<\/p>\n
Jensen e seus colegas realizaram um teste semelhante com mais de 400 beagles nascidos e criados em um canil que reproduzia animais para testes de laborat\u00f3rio.<\/p>\n
Todos os animais tinham chegado \u00e0 maturidade sob as mesmas condi\u00e7\u00f5es e com o mesmo n\u00edvel de contato humano.<\/p>\n
Nos experimentos, cada beagle tentou levantar as tampas de pl\u00e1stico transparente de tr\u00eas tigelas, a fim de obter um agrado comest\u00edvel que estava dentro.<\/p>\n
Genomas de lobos<\/strong> – As duas primeiras tampas foram f\u00e1ceis, mas a terceira era imposs\u00edvel de ser retirada.<\/p>\n Os pesquisadores registraram as rea\u00e7\u00f5es dos c\u00e3es, especialmente em que medida eles se voltaram para alguma pessoa na sala, como se procurassem ajuda.<\/p>\n O pr\u00f3ximo passo foi examinar o c\u00f3digo de DNA do genoma de cada c\u00e3o para procurar correspond\u00eancias entre o seu comportamento no experimento e variantes gen\u00e9ticas espec\u00edficas, ou muta\u00e7\u00f5es.<\/p>\n Jensen e sua equipe descobriram cinco genes que se correlacionaram fortemente com os c\u00e3es mais propensos a procurar ajuda humana – os mesmos genes relacionados com a sociabilidade em seres humanos.<\/p>\n Os dois genes que mais se destacaram s\u00e3o conhecidos como SEZ6L e ARVCF.<\/p>\n Ainda n\u00e3o est\u00e1 claro exatamente como esses genes influenciam o comportamento, ou se s\u00e3o simplesmente marcadores de algum outro processo ainda n\u00e3o detectado. Essa \u00e9 uma quest\u00e3o muito dif\u00edcil de desvendar, afirmam os pesquisadores.<\/p>\n H\u00e1 um outro quebra-cabe\u00e7a, no entanto, que pode ser resolvido: ser\u00e1 que essas variantes gen\u00e9ticas evolu\u00edram durante a domestica\u00e7\u00e3o dos c\u00e3es, ou elas estiveram l\u00e1 o tempo todo?<\/p>\n Para descobrir, Jensen est\u00e1 agora sequenciando os genomas de lobos para ver se eles t\u00eam as mesmas variantes. Caso n\u00e3o as tenham, isso pode sugerir fortemente que esses “genes de sociabilidade” surgiram recentemente.<\/p>\n Mas tamb\u00e9m \u00e9 poss\u00edvel, acrescentou o cientista, que os primeiros lobos que fizeram parte da comunidade dos seres humanos tivessem precisamente as mesmas muta\u00e7\u00f5es que fazem que alguns c\u00e3es sejam mais propensos a procurar o carinho dos homens.<\/p>\n “Minha intui\u00e7\u00e3o \u00e9 que n\u00e3o h\u00e1 o mesmo tipo de varia\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica na popula\u00e7\u00e3o de lobos”, antecipou Jensen. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Experimento envolvendo centenas de c\u00e3es analisou gen\u00e9tica dos animais. Dois genes se destacaram e contribuem para a amizade interesp\u00e9cies. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[101,66],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/134028"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=134028"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/134028\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=134028"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=134028"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=134028"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}