{"id":136557,"date":"2017-05-01T00:00:12","date_gmt":"2017-05-01T03:00:12","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=136557"},"modified":"2017-04-30T22:06:04","modified_gmt":"2017-05-01T01:06:04","slug":"levantamento-mostra-que-brasil-perdeu-20-dos-manguezais-em-17-anos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/05\/01\/136557-levantamento-mostra-que-brasil-perdeu-20-dos-manguezais-em-17-anos.html","title":{"rendered":"Levantamento mostra que Brasil perdeu 20% dos manguezais em 17 anos"},"content":{"rendered":"

O Brasil perdeu 20% de sua \u00e1rea de manguezais em 17 anos, em parte destru\u00eddos pela expans\u00e3o urbana. O dado faz parte da segunda cole\u00e7\u00e3o de mapas do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas), feito pelo Observat\u00f3rio do Clima em colabora\u00e7\u00e3o com 18 institui\u00e7\u00f5es. <\/p>\n

Universidades, organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais e empresas de tecnologia contribu\u00edram para o trabalho, considerado o maior levantamento sobre a cobertura vegetal do Brasil. A mais recente radiografia dos biomas brasileiros comparou imagens de sat\u00e9lite nos \u00faltimos 17 anos.<\/p>\n

A pesquisa mostra que, no Paran\u00e1, os manguezais diminu\u00edram 23%. Na Bahia, a redu\u00e7\u00e3o foi 21%, enquanto em Alagoas foi de 14%. A redu\u00e7\u00e3o da \u00e1rea de mangue \u00e9 ligada a uma s\u00e9rie de fatores, mas a expans\u00e3o urbana se destaca.<\/p>\n

\u201cPrincipalmente ocupa\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria, tanto causada pelo crescimento do turismo, a instala\u00e7\u00e3o de novos resorts, hot\u00e9is, pousadas como tamb\u00e9m pela ocupa\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m das comunidades. Algumas comunidades vulner\u00e1veis acabam sendo pressionadas e ocupando as margens dos manguezais, construindo suas casas com a madeira do mangue, inclusive\u201d, explica Jos\u00e9 Ulisses Santos, analista ambiental e chefe substituto da \u00e1rea de Prote\u00e7\u00e3o Ambiental Costa dos Corais AL\/PE.<\/p>\n

O mangue \u00e9 o ber\u00e7\u00e1rio da in\u00fameras esp\u00e9cies marinhas: 70 a 80% dos peixes, crust\u00e1ceos e moluscos que a popula\u00e7\u00e3o consome precisam do bioma em alguma fase da vida. \u201cTem diversos peixes que utilizam a \u00e1rea de reprodu\u00e7\u00e3o e depois voltam pro mar, esp\u00e9cies economicamente importantes. Ent\u00e3o voc\u00ea acaba afetando n\u00e3o s\u00f3 a biodiversidade como a pr\u00f3pria economia\u201d, explica Fernanda Niemeyer, veterin\u00e1ria do Centro de Pesquisas do Nordeste (Cepene).<\/p>\n

Sem o mangue, v\u00e1rias esp\u00e9cies correm o risco de desaparecer do planeta. Entre elas est\u00e1 o peixe-boi, que frequenta o mangue pra procriar, se alimentar e beber \u00e1gua doce. O peixe-boi \u00e9 o mam\u00edfero marinho mais amea\u00e7ado de extin\u00e7\u00e3o do pa\u00eds e o manguezal \u00e9 o seu principal ref\u00fagio.<\/p>\n

\u201cSe n\u00e3o forem tomadas medidas urgentes, essas esp\u00e9cies que vivem diretamente em volta do mangue elas podem ser totalmente afetadas, inclusive vir a se extinguir algumas esp\u00e9cies ou acabar, ou quase acabar com outras que possam estar dependendo deste ambiente\u201d, alerta a veterin\u00e1ria.<\/p>\n

As fazendas de produ\u00e7\u00e3o de camar\u00e3o, a constru\u00e7\u00e3o de estradas e o assoreamento dos estu\u00e1rios – bra\u00e7os de mar que encontram os rios – tamb\u00e9m est\u00e3o devastando os manguezais.<\/p>\n

A regenera\u00e7\u00e3o do mangue pode demorar d\u00e9cadas, alertam os especialistas. \u201cS\u00e3o \u00e1rvores jovens, n\u00e3o muito velhas, duram at\u00e9 60, 70 anos, mas em 30 anos, at\u00e9 no m\u00e1ximo 20, 30 anos a gente pode ter uma floresta de mangue com a sua fauna associada\u201d, aponta o ocean\u00f3grafo e bi\u00f3logo da Universidade de Pernambuco (UPE), professor Clemente Coelho Junior.<\/p>\n

Esperan\u00e7a<\/strong> – Por outro lado, a volta gradual da floresta atl\u00e2ntica \u00e9 um exemplo de que \u00e9 poss\u00edvel reverter o processo. O bioma, que teve sua cobertura original reduzida a 12,5%, cresceu de 276 mil quil\u00f4metros quadrados em 2001 para 301 mil quil\u00f4metros quadrados em 2015.<\/p>\n

No Paran\u00e1, houve um crescimento de 5 mil quil\u00f4metros quadrados de mata, principalmente por recupera\u00e7\u00e3o de \u00e1reas de preserva\u00e7\u00e3o permanente, como margens de rios. Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 \u00e1rea total, o Rio de Janeiro teve 17,8% de florestas a mais em 2015 em compara\u00e7\u00e3o com 2001, um crescimento de 10 mil para 12 mil quil\u00f4metros quadrados. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Observat\u00f3rio do Clima divulgou mapeamento dos biomas brasileiros feito em parceria com outras entidades. 70 a 80% dos peixes, crust\u00e1ceos e moluscos que a popula\u00e7\u00e3o consome precisam do mangue em alguma fase da vida. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[286],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/136557"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=136557"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/136557\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=136557"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=136557"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=136557"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}