O governador de Pernambuco, Paulo C\u00e2mara (PSB), anunciou, neste domingo (28), estado de calamidade em 13 munic\u00edpios por conta das fortes chuvas que castigam o Agreste e Zona da Mata Sul. As cidades s\u00e3o: Rio Formoso, Ribeir\u00e3o, \u00c1gua Preta, Palmares, Catende, Maraial, Bel\u00e9m de Maraial, barreiros, Amaraji, Barra de Guabiraba, S\u00e3o Benedito do Sul, Cort\u00eas e Jaqueira.<\/p>\n
At\u00e9 o momento, Pernambuco registra 5 mil desabrigados. O governo do estado j\u00e1 considerada essa a pior chuva desde a de 2010, que assolou cidades como Barreiros.<\/p>\n
“Instalamos, na manh\u00e3 de hoje, o gabinete de crise para o monitoramento da situa\u00e7\u00e3o e para tomar todas as medidas necess\u00e1rias. Para ter ideia da gravidade. Aquelas chuvas de 2010, que trouxe tanta destrui\u00e7\u00e3o para as cidades da Mata Sul, em tr\u00eas dias corresponderam um acumulado de 180 mil\u00edmetros. Essa, em dois dias, j\u00e1 atingiu 140 mil\u00edmetros”, pontuou o governador. Ele ir\u00e1 sobrevoar as cidades atingidas ainda na tarde deste domingo.<\/p>\n
O decreto foi divulgado durante uma coletiva de imprensa no in\u00edcio da tarde deste domingo. Al\u00e9m do governador, estavam presentes representantes das secretarias de Seguran\u00e7a, Planejamento e Sa\u00fade, a Defesa Civil de Pernambuco, o Corpo de Bombeiros e Ag\u00eancia Pernambucana de \u00c1guas e Clima (Apac).<\/p>\n
Ao todo, 200 bombeiros e agentes da Defesa Civil foram encaminhados para as regi\u00f5es afetadas. Eles ficar\u00e3o nos locais at\u00e9 quando for necess\u00e1rio, segundo o governador. Dois caminh\u00f5es com mantimentos, lonas, colch\u00f5es e len\u00e7\u00f3is tamb\u00e9m foram destinados. A Compesa est\u00e1 monitorando a situa\u00e7\u00e3o das barragens e equipes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) seguem recuperando rodovias que foram atingidas. De acordo com o secret\u00e1rio de Planejamento e Gest\u00e3o, M\u00e1rcio Stefanni, todos os hospitais da rede estadual est\u00e3o operando normalmente.<\/p>\n
Para o governo, o estrago dessas chuvas s\u00f3 n\u00e3o foi maior devido \u00e0 barragem de Serra Azul. “Se n\u00e3o fosse ela, as cenas que estamos vendo hoje seriam muito piores. Serra Azul est\u00e1 com apenas 10% da sua capacidade, mesmo acumulando algo em torno de 15 milh\u00f5es de metros c\u00fabicos em dois dias”, afirma Stefanni.<\/p>\n
Ao todo, o estado conta com cinco barragens em processo de constru\u00e7\u00e3o. Para o secret\u00e1rio de Planejamento e Gest\u00e3o, a paralisa\u00e7\u00e3o se d\u00e1 pela falta de recursos do governo federal. Segundo ele, o assunto ser\u00e1 tratado durante uma reuni\u00e3o entre o governador do estado e o presidente da rep\u00fablica, Michel Temer, ainda neste domingo, no Pal\u00e1cio do Campo das Princesas.<\/p>\n
“Vamos aproveitar a visita do presidente e j\u00e1 fizemos esse pleito ao ministro Elder Barbalho”, anunciou. A reuni\u00e3o est\u00e1 prevista para acontecer \u00e0s 19h, a portas fechadas.<\/p>\n
Os \u00faltimos dois dias foram de chuvas intensas em munic\u00edpios da Zona da Mata Sul e do Agreste de Pernambuco, causando v\u00e1rios estragos. Em Lagoa dos Gatos, um casal morreu soterrado, ap\u00f3s o deslizamento de uma barreira. Em Caruaru, duas pessoas est\u00e3o desaparecidas. A Prefeitura de Barra de Guabiraba registrou cerca de 4 mil desabrigados. Em Cort\u00eas, o deslizamento de encostas deixou mais de 40 fam\u00edlias desalojadas. Em Palmares, a Defesa Civil emitiu alerta sobre o n\u00edvel do Rio Una. Em Barreiros, a Defesa Civil retirou moradores de oito bairros \u00e0s margens do Rio Una. (Fonte: G1) <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"