{"id":137406,"date":"2017-06-26T00:00:02","date_gmt":"2017-06-26T03:00:02","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=137406"},"modified":"2017-06-25T21:57:15","modified_gmt":"2017-06-26T00:57:15","slug":"por-que-a-morte-de-milhares-de-antilopes-e-uma-boa-noticia-para-uma-das-principais-reservas-naturais-do-mundo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/06\/26\/137406-por-que-a-morte-de-milhares-de-antilopes-e-uma-boa-noticia-para-uma-das-principais-reservas-naturais-do-mundo.html","title":{"rendered":"Por que a morte de milhares de ant\u00edlopes \u00e9 uma boa not\u00edcia para uma das principais reservas naturais do mundo"},"content":{"rendered":"

Todos os anos, em setembro, mais de um milh\u00e3o de gnus – acompanhados de zebras, gazelas e outros mam\u00edferos – migram no leste da \u00c1frica em busca de novas pastagens.<\/p>\n

A jornada da Tanz\u00e2nia ao Qu\u00eania \u00e9 considerada a maior migra\u00e7\u00e3o animal da Terra, mas tamb\u00e9m uma das mais perigosas.<\/p>\n

Na rota, esses ant\u00edlopes africanos precisam atravessar v\u00e1rias vezes o rio Mara, que cruza os dois pa\u00edses. Trata-se de um rio raso com cerca de 40 metros de largura.<\/p>\n

Ao fazer a travessia, milhares de animais morrem afogados ou atacados por crocodilos que habitam a regi\u00e3o.
\n\u00c0 primeira vista, pode parecer uma trag\u00e9dia da natureza, mas \u00e9 justamente o contr\u00e1rio: os corpos desses animais fornecem diversos nutrientes que revitalizam o ecossistema do rio. \u00c9 o que mostra um estudo publicado recentemente na revista cient\u00edfica americana PNAS.<\/p>\n

Alimentos em abund\u00e2ncia<\/strong> – Em m\u00e9dia, cerca de 6,2 mil gnus morrem afogados por ano, liberando por volta de 1,1 mil toneladas de biomassa na correnteza do rio.<\/p>\n

A quantidade equivale ao peso de dez baleias azuis, segundo Amanda Subalusky, pesquisadora da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e principal autora do estudo.<\/p>\n

Essa biomassa inclui cem toneladas de carbono, 25 toneladas de nitrog\u00eanio e 13 toneladas de f\u00f3sforo.<\/p>\n

Embora o n\u00famero de gnus mortos possa parecer alto, \u00e9 uma fra\u00e7\u00e3o pequena do total: um em cada 200 morre ao atravessar o rio Mara.<\/p>\n

Os crocodilos e aves de rapina s\u00e3o os primeiros a se beneficiar da oferta de alimentos em abund\u00e2ncia.<\/p>\n

Mas como os nutrientes s\u00e3o liberados lentamente – o tecido mole dos gnus leva um m\u00eas para se decompor e os ossos demoram at\u00e9 sete anos -, peixes e insetos tamb\u00e9m s\u00e3o beneficiados.<\/p>\n

De acordo com os pesquisadores, a contribui\u00e7\u00e3o nutricional deste fen\u00f4meno tem impactos ecol\u00f3gicos que podem ser medidos em meses e em uma \u00e1rea muito mais ampla do que o local exato em que acontece.<\/p>\n

Curiosamente, os crocodilos n\u00e3o s\u00e3o os que mais se alimentam destes nutrientes, uma vez que s\u00e3o animais com o metabolismo relativamente lento e que se saciam facilmente.<\/p>\n

Migra\u00e7\u00f5es frequentes<\/strong> – Os pesquisadores afirmam que esse tipo de migra\u00e7\u00e3o em massa era muito mais frequente no passado.<\/p>\n

Subalusky cita como exemplo o caso dos bis\u00f5es na Am\u00e9rica do Norte.<\/p>\n

Atualmente, h\u00e1 poucos esp\u00e9cimes selvagens destes mam\u00edferos, que j\u00e1 n\u00e3o podem se mover livremente pela grande quantidade de cercas que delimitam seu habitat natural.<\/p>\n

Para a pesquisadora, a falta de f\u00f3sforo em muitos ecossistemas de rios nos Estados Unidos pode ser resultado da falta de mortes em massa de bis\u00f5es.<\/p>\n

Segundo ela, o desaparecimento deste tipo de evento “pode \u200b\u200balterar fundamentalmente o funcionamento dos ecossistemas fluviais”. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Parte dos animais que migram da Tanz\u00e2nia ao Qu\u00eania em busca de alimento morre ao atravessar um rio, mas as consequ\u00eancias contrariam o senso comum. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[66,233],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/137406"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=137406"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/137406\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=137406"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=137406"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=137406"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}