O Minist\u00e9rio do Meio Ambiente (MMA) lan\u00e7ou na sexta-feira (14\/07) estudo feito em parceria com o Banco Mundial que classifica de \u201cdram\u00e1tico\u201d o potencial impacto da mudan\u00e7a do clima nas emiss\u00f5es de gases de efeito estufa do setor el\u00e9trico brasileiro at\u00e9 2030. Se nada for feito, diz a pesquisa, as emiss\u00f5es podem chegar a quatro vezes a dos n\u00edveis atuais, que s\u00e3o de 15 milh\u00f5es de toneladas de g\u00e1s carb\u00f4nico por ano. <\/p>\n
O levantamento \u00e9 pioneiro ao avaliar a vulnerabilidade da gera\u00e7\u00e3o hidrel\u00e9trica no Brasil face a cen\u00e1rios de baixa hidrologia causados pela mudan\u00e7a do clima. Como resultado, poderia haver a necessidade de ampliar o uso de termoel\u00e9tricas a combust\u00edveis f\u00f3sseis para compensar a perda. <\/p>\n
O secret\u00e1rio de Mudan\u00e7a do Clima e Florestas do MMA, Everton Lucero, avalia que \u201cs\u00e3o dados cr\u00edticos, interessantes e que ter\u00e3o impactos sobre a gest\u00e3o h\u00eddrica e o planejamento do setor\u201d. Lucero lembrou que as metas brasileiras sob o Acordo de Paris foram propostas para o conjunto da economia, o que exige um olhar transversal e integrado sobre a contribui\u00e7\u00e3o dos v\u00e1rios segmentos. \u201c\u00c9 preciso entender tamb\u00e9m como fontes alternativas, tais como a bioenergia, as e\u00f3licas e a gera\u00e7\u00e3o distribu\u00edda fotovoltaica podem ser introduzidas para compensar a perda de oferta de origem h\u00eddrica\u201d explicou.<\/p>\n
As consequ\u00eancias sobre os n\u00edveis de emiss\u00f5es do setor el\u00e9trico foram levadas em conta na defini\u00e7\u00e3o da Contribui\u00e7\u00e3o Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris, que agora tem for\u00e7a de Lei no Brasil. O \u201cCen\u00e1rio de Baixa Hidrologia para o Setor el\u00e9trico Brasileiro (2016\/2030)\u201d, publicado agora, parte de dados hist\u00f3ricos sobre o clima, coletados desde os anos de 1980 e sobre barragens desde 1955. <\/p>\n
O aumento na ocorr\u00eancia de eventos extremos, como secas, e de dados do Sistema Integrado Nacional de energia el\u00e9trica permitiram a an\u00e1lise da vulnerabilidade do setor. \u201cOlhando o passado, fazemos proje\u00e7\u00f5es de como poder\u00e1 ser o futuro\u201d, afirmou Christophe de Gouvello, um dos coordenadores do estudo.<\/p>\n
Embora tenha como ponto de partida cen\u00e1rio de baixa hidrologia, com previs\u00e3o de redu\u00e7\u00e3o do estoque de \u00e1gua nas barragens geradoras, o estudo conclui que a baixa pluviosidade n\u00e3o \u00e9 o \u00fanico fator com potencial para aumentar os n\u00edveis de emiss\u00e3o do setor. As atividades de uso do solo (agropecu\u00e1ria) e o desmatamento tamb\u00e9m est\u00e3o entre os fatores que v\u00e3o impactar nos n\u00edveis das barragens. A boa not\u00edcia \u00e9 que o fato de o Brasil ter um sistema integrado acaba reduzindo impactos locais e regionais.<\/p>\n
A redu\u00e7\u00e3o na Energia Natural Afluente, medida da quantidade de eletricidade que pode ser produzida pela \u00e1gua dispon\u00edvel, pode chegar a 25%, o que implicaria na liga\u00e7\u00e3o de mais termoel\u00e9tricas com queima de combust\u00edvel f\u00f3ssil e aumento de emiss\u00f5es. A mudan\u00e7a do clima pode impactar tamb\u00e9m os custos de gera\u00e7\u00e3o, com consequente aumento de pre\u00e7os na conta de luz de popula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
O estudo foi tamb\u00e9m publicado em ingl\u00eas, para que a experi\u00eancia brasileira possa ser aproveitada em outros pa\u00edses que utilizem a fonte h\u00eddrica na gera\u00e7\u00e3o de energia. (Fonte: MMA)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Levantamento mostra que a mudan\u00e7a do clima poder\u00e1 reduzir n\u00edveis das barragens e afetar a gera\u00e7\u00e3o de energia el\u00e9trica de fonte h\u00eddrica. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[35,46],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/137785"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=137785"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/137785\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=137785"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=137785"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=137785"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}