Uma an\u00e1lise gen\u00e9tica dos tard\u00edgrados revelou alguns segredos sobre suas not\u00e1veis habilidades de sobreviv\u00eancia.<\/p>\n
As criaturas microsc\u00f3picas – tamb\u00e9m conhecidas como ursos d’\u00e1gua – s\u00e3o capazes de sobreviver \u00e0 radia\u00e7\u00e3o, ao congelamento, \u00e0 desidrata\u00e7\u00e3o extrema e at\u00e9 mesmo ao v\u00e1cuo do espa\u00e7o.<\/p>\n
Em estudo publicado na revista cient\u00edfica PLOS Biology, pesquisadores decodificaram o DNA de duas esp\u00e9cies de tard\u00edgrados e descobriram os genes que permitem a esses seres se regenerarem ap\u00f3s a desseca\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Com apenas um mil\u00edmetro ou menos de tamanho, os tard\u00edgrados s\u00e3o considerados as criaturas mais resistentes na Terra. Uma pesquisa recente descobriu que eles sobreviveriam a quase todos os desastres c\u00f3smicos que poderiam atingir o planeta.<\/p>\n
Esses animais s\u00e3o encontrados geralmente em locais que secam, como p\u00e2ntanos e lagos. Ao longo do tempo, eles adquiriram a habilidade de sobreviver \u00e0 desidrata\u00e7\u00e3o extrema e voltar \u00e0 vida anos mais tarde, ao ter contato com a \u00e1gua.<\/p>\n
Nesse novo estudo, cientistas descobriram que a chave para a sobreviv\u00eancia dessas criaturas est\u00e1 na gen\u00e9tica.<\/p>\n
Em condi\u00e7\u00f5es de seca, alguns genes dos tard\u00edgrados s\u00e3o acionados para produzir prote\u00ednas que substituem a falta de \u00e1gua nas c\u00e9lulas. Uma vez que a \u00e1gua est\u00e1 dispon\u00edvel novamente, as c\u00e9lulas s\u00e3o recarregadas, dissolvendo as prote\u00ednas.<\/p>\n
De acordo com os pesquisadores, entender essa capacidade inata de sobreviv\u00eancia dos tard\u00edgrados pode trazer benef\u00edcios para os seres humanos, como permitir que vacinas vivas sejam distribu\u00eddas em todo o mundo e armazenadas sem refrigera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
“Os tard\u00edgrados, com suas habilidades incr\u00edveis, podem nos oferecer novas maneiras de lidar com problemas do mundo real, como o transporte de vacinas”, afirma Mark Blaxter, coautor do estudo e professor da Universidade de Edimburgo, na Esc\u00f3cia.<\/p>\n
Decifrar o modelo de DNA dessas criaturas resistentes tamb\u00e9m permitiu que a equipe avan\u00e7asse em uma antiga pol\u00eamica. Os tard\u00edgrados s\u00e3o mais pr\u00f3ximos dos insetos, das aranhas e seus parentes ou das minhocas?<\/p>\n
Sua apar\u00eancia curiosa, com oito pernas e garras, indica uma semelhan\u00e7a maior com os insetos do que com as minhocas, mas a an\u00e1lise gen\u00e9tica diz o contr\u00e1rio.<\/p>\n
Os genes HOX controlam o desenvolvimento da cabe\u00e7a e da cauda, al\u00e9m do posicionamento dos membros.<\/p>\n
A maioria dos animais tem dez desses genes, mas os tard\u00edgrados apresentam apenas cinco, assim como a maioria das minhocas.<\/p>\n
\u00c9 improv\u00e1vel que isso seja uma coincid\u00eancia – o que sugere que eles t\u00eam mais afinidade com as minhocas.<\/p>\n
“Foi uma surpresa que n\u00e3o esper\u00e1vamos”, disse Blaxter.<\/p>\n
“Sou fascinado por esses animais min\u00fasculos e encantadores h\u00e1 duas d\u00e9cadas. \u00c9 maravilhoso finalmente ter seus verdadeiros genomas e come\u00e7ar a compreend\u00ea-los”, acrescenta.<\/p>\n
Os cientistas tamb\u00e9m descobriram um conjunto diferente de prote\u00ednas que podem proteger o DNA dos tard\u00edgrados, o que talvez explique como essas criaturas podem sobreviver \u00e0 radia\u00e7\u00e3o. (Fonte: G1) <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Conhecidos como ursos d’\u00e1gua, os tard\u00edgrados s\u00e3o capazes de sobreviver \u00e0 radia\u00e7\u00e3o, ao congelamento, \u00e0 desidrata\u00e7\u00e3o extrema e at\u00e9 mesmo ao v\u00e1cuo do espa\u00e7o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[101,260],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/137978"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=137978"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/137978\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=137978"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=137978"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=137978"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}