Entre julho de 2013 e agosto de 2015, o cerrado perdeu 18,9 mil quil\u00f4metros quadrados de vegeta\u00e7\u00e3o nativa. S\u00e3o mais de tr\u00eas vezes o tamanho do Distrito Federal devastado em um per\u00edodo de dois anos, segundo os dados divulgados na \u00faltima semana pelo Minist\u00e9rio do Meio Ambiente.<\/p>\n
De acordo com o levantamento, neste mesmo per\u00edodo, a taxa m\u00e9dia de desmatamento anual foi de 9,4 mil quil\u00f4metros quadrados. Esta propor\u00e7\u00e3o representa um aumento de 33% quando comparado com a an\u00e1lise dos anos anteriores, 2009 a 2011, quando a m\u00e9dia anual era de 7,1 mil quil\u00f4metros quadrados.<\/p>\n
O Distrito Federal ocupa o quarto lugar no ranking de unidades da federa\u00e7\u00e3o que mais perderam seus remanescentes de vegeta\u00e7\u00e3o natural do cerrado. Segundo a pesquisa, o DF devastou 58% da vegeta\u00e7\u00e3o nativa, atr\u00e1s apenas dos estados de S\u00e3o Paulo (81%), Mato Grosso do Sul (68%) e Goi\u00e1s (57%).<\/p>\n
Ainda segundo o estudo, entre os biomas brasileiros, o Cerrado \u00e9 o que registra o maior ritmo de desmatamento.<\/p>\n
\u201c [O diagn\u00f3stico de uso e ocupa\u00e7\u00e3o do bioma Cerrado] indica que o desmatamento teria atingido 46% do bioma, restando ainda 54% de sua vegeta\u00e7\u00e3o nativa.\u201d<\/p>\n
Como desmatamento, as institui\u00e7\u00f5es respons\u00e1veis pelo levantamento definem a \u201cconvers\u00e3o de \u00e1reas naturais (campestres, sav\u00e2nicas e florestais) para outros usos\u201d. Sendo assim, a \u00e1rea de campo nativa convertida para outro uso, como por exemplo, a agropecu\u00e1ria, tamb\u00e9m faria parte da \u00e1rea considerado como \u00e1rea \u201cdesmatada\u201d no bioma.<\/p>\n
Para o diretor executivo da organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o governamental de prote\u00e7\u00e3o \u00e0 natureza WWF, Maur\u00edcio Voivodic , \u201co desmatamento no Cerrado est\u00e1 fora do controle\u201d.<\/p>\n
\u201cN\u00e3o podemos seguir destruindo este bioma que \u00e9 t\u00e3o importante para o Brasil, seja em termos de biodiversidade, \u00e1gua e equil\u00edbrio clim\u00e1tico.\u201d<\/p>\n
Estudo de causas<\/strong> – Para complementar o monitoramento do desmatamento no Cerrado, o documento divulgado pelo Minist\u00e9rio do Meio Ambiente apresenta ainda um levantamento sobre a utiliza\u00e7\u00e3o do solo, por estado, neste bioma.<\/p>\n Apesar de n\u00e3o tra\u00e7ar uma rela\u00e7\u00e3o clara entre o desmatamento e algumas atividades agr\u00edcolas, o estudo aponta que os estados da regi\u00e3o conhecida como \u201cMATOPIBA\u201d – Maranh\u00e3o, Tocantins, Piau\u00ed e Bahia -, com ampla atividade no setor, tamb\u00e9m \u201cfiguram entre aqueles que merecem aten\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n Queimadas<\/strong> – Al\u00e9m do monitoramento do desmatamento, o estudo tra\u00e7a como desafio, o monitoramento da degrada\u00e7\u00e3o no Cerrado, intensificada pela a\u00e7\u00e3o das queimadas.<\/p>\n Sobre o tema, o documento diferencia os inc\u00eandios causados pelo homem, considerados como \u201cdanosos\u201d, daquelas queimadas que fazem parte da ecologia do cerrado.<\/p>\n \u201cNo Cerrado, a maior parte dos inc\u00eandios \u00e9 de origem antr\u00f3pica, ocorrendo mais frequentemente durante a esta\u00e7\u00e3o seca.”<\/p>\n Estudos recentes apontam que o fogo ocorre no Cerrado h\u00e1 pelo menos 25 milh\u00f5es de anos e \u00e9 considerado um dos principais agentes evolutivos para as adapta\u00e7\u00f5es morfol\u00f3gicas e da fisiologia da vegeta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n No entanto, o regime de fogo gerado de forma n\u00e3o-espont\u00e2nea tornaria a \u201cvegeta\u00e7\u00e3o mais rala, com menos esp\u00e9cies de \u00e1rvores\u201d e, os ecossistemas, \u201cmais suscet\u00edveis ao fogo\u201d, pois reduziriam a resist\u00eancia do meio ambiente. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Desmatamento e queimadas s\u00e3o apontados como principais causas. Segundo pesquisa, DF ocupa quarto lugar no ranking de ‘\u00e1reas relativas devastadas’; dados s\u00e3o do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[79],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/137992"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=137992"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/137992\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=137992"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=137992"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=137992"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}