Exames confirmam que 1,1 mil bois morreram de botulismo em propriedade rural localizada no munic\u00edpio de Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul. Foram encontradas toxinas no alimento dos animais. Al\u00e9m disso, o diagn\u00f3stico foi confirmado por investiga\u00e7\u00e3o cl\u00ednico-epidemiol\u00f3gica feita no local.<\/p>\n
Segundo os \u00f3rg\u00e3os, os primeiros resultados dos ensaios laboratoriais feitos com amostras da silagem de milho, fornecida aos bovinos do confinamento, demonstraram a presen\u00e7a das toxinas botul\u00ednicas tipo C e D, confirmando a suspeita inicial do setor de patologia veterin\u00e1ria da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. A presen\u00e7a das toxinas e a investiga\u00e7\u00e3o feita na propriedade “permite a conclus\u00e3o do caso com o diagn\u00f3stico de botulismo”, diz a nota.<\/p>\n
A not\u00edcia da morte dos bois foi dada nesta ter\u00e7a-feira ( 8) , pelo Iagro. A morte do gado ocorreu na fazenda M\u00f4nica Cristina, entre 2 e 5 de agosto. Em nota, os produtores disseram que foram tomadas todas as provid\u00eancias cab\u00edveis, como a convoca\u00e7\u00e3o de professores da Universidade do Mato Grosso do Sul para que examinar o rebanho e a ag\u00eancia foi notificada. Os procedimentos recomendados para os animais mortos tamb\u00e9m foram cumpridos.<\/p>\n
O botulismo \u00e9 uma toxinfec\u00e7\u00e3o, ou seja, o animal adquire a doen\u00e7a por meio da ingest\u00e3o de toxinas produzidas por uma bact\u00e9ria. A toxina atua na musculatura, impedindo a contra\u00e7\u00e3o muscular, causando paralisia e levando a morte. Os sintomas aparecem de um a 17 dias ap\u00f3s a ingest\u00e3o do alimento contaminado.<\/p>\n
Apesar desse tipo de doen\u00e7a n\u00e3o ser rara entre bovinos confinados, o n\u00famero chamou aten\u00e7\u00e3o nacionalmente. O minist\u00e9rio chegou a enviar equipe de t\u00e9cnicos ao local.<\/p>\n
Na nota divulgada na sexta-feira, os \u00f3rg\u00e3os estadual e federal explicam que o Clostridium botulinum, bact\u00e9ria produtora da toxina, est\u00e1 normalmente presente no ambiente e depende de condi\u00e7\u00f5es favor\u00e1veis para o seu desenvolvimento, tais como mat\u00e9ria org\u00e2nica, alta umidade e anaerobiose, “o que pode ser evitado com boas pr\u00e1ticas e cuidados na formula\u00e7\u00e3o, conserva\u00e7\u00e3o e armazenamento dos alimentos a serem fornecidos aos animais”.<\/p>\n
A nota acrescenta que “todos os elos envolvidos na cadeia produtiva t\u00eam o dever de notificar imediatamente toda e qualquer suspeita de doen\u00e7as em animais de produ\u00e7\u00e3o, para que sejam investigadas, minimizando poss\u00edveis preju\u00edzos \u00e0 pecu\u00e1ria”. (Fonte: Ag\u00eancia Brasil)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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