{"id":138274,"date":"2017-08-17T00:00:15","date_gmt":"2017-08-17T03:00:15","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=138274"},"modified":"2017-08-16T23:04:53","modified_gmt":"2017-08-17T02:04:53","slug":"o-dinossauro-frankenstein-que-pode-ser-elo-perdido-entre-herbivoros-e-carnivoros","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/08\/17\/138274-o-dinossauro-frankenstein-que-pode-ser-elo-perdido-entre-herbivoros-e-carnivoros.html","title":{"rendered":"O ‘dinossauro Frankenstein’ que pode ser elo perdido entre herb\u00edvoros e carn\u00edvoros"},"content":{"rendered":"
Cientistas dizem ter resolvido o mist\u00e9rio sobre o chamado “dinossauro Frankenstein”, um esqueleto encontrado no Chile em 2015 que parecia ser composto de partes de esp\u00e9cies diferentes.<\/p>\n
Um novo estudo sugere que ele \u00e9, na verdade, o elo perdido entre dinossauros herb\u00edvoros, tais como o estegossauro, e dinossauros carn\u00edvoros, como o tiranossauro. A descoberta lan\u00e7a luz sobre a evolu\u00e7\u00e3o do grupo de dinossauros conhecidos como ornit\u00edsquios.<\/p>\n
O estudo foi publicado no peri\u00f3dico “Royal Society Journal Biology Letters”.<\/p>\n
Matthew Baron, estudante de doutorado da Universidade de Cambridge, explicou \u00e0 BBC que sua pesquisa indica que o “dinossauro Frankenstein” foi um dos primeiros ornit\u00edsquios, um grupo que inclui animais mais conhecidos, como o chifrudo tricer\u00e1tops e o estegossauro, que tem placas \u00f3sseas nas costas.<\/p>\n
“N\u00e3o temos ideia nenhuma de como o corpo dos ornit\u00edsquios come\u00e7ou a se desenvolver porque eles parecem muito diferentes de todos os outros dinossauros. Eles t\u00eam v\u00e1rias caracter\u00edsticas incomuns”, afirmou o cientista de Cambridge.<\/p>\n
“Nos 130 anos desde que o grupo dos ornit\u00edsquios foi inicialmente reconhecido, nunca tivemos no\u00e7\u00e3o sobre a apar\u00eancia deles, pelo menos at\u00e9 agora.”<\/p>\n
O “dinossauro Frankenstein”, mais precisamente chamado Chilesaurus, intrigou especialistas quando foi descoberto, h\u00e1 dois anos.<\/p>\n
Ele tinha as pernas de um animal como o brontossauro, os quadris de estegossauro e os bra\u00e7os e o corpo de um animal como o Tiranossaurus rex<\/em>. Cientistas simplesmente n\u00e3o sabiam onde posicion\u00e1-lo na \u00e1rvore geneal\u00f3gica de dinossauros.<\/p>\n Na \u00e1rvore geneal\u00f3gica aceita atualmente, sempre se acreditou que o grupo de ornit\u00edsquios n\u00e3o estaria ligado aos outros grupos de dinossauros.<\/p>\n Paleont\u00f3logos viam essas criaturas como um caso \u00e0 parte. Mas uma revis\u00e3o dessa \u00e1rvore geneal\u00f3gica, proposta por Baron em mar\u00e7o no peri\u00f3dico cient\u00edfico “Nature”, sugere que os ornit\u00edsquios estavam mais pr\u00f3ximos de carn\u00edvoros como o tiranossauro do que se pensava anteriormente.<\/p>\n E foi ap\u00f3s essa reconfigura\u00e7\u00e3o da \u00e1rvore geneal\u00f3gica que permitiu que o “dinossauro Frankenstein” passasse de enigma a elo perdido.<\/p>\n “Agora que acreditamos que ornit\u00edsquios e carn\u00edvoros como o tiranossauro est\u00e3o relacionados, o Chilesaurus fica entre os dois grupos. \u00c9 uma mistura meio e meio perfeita. Ent\u00e3o, de repente, a nova \u00e1rvore faz muito sentido.”<\/p>\n A vers\u00e3o alternativa da \u00e1rvore geneal\u00f3gica do dinossauro, chamada “\u00e1rvore de Baron”, \u00e9 mais do que um reajuste.<\/p>\n Ela lan\u00e7a luz sobre como grupos diferentes de dinossauros se dividem e evoluem para caminhos diferentes, acrescenta o coautor do estudo, o professor Paul Barrett, do Museu de Hist\u00f3ria Natural de Londres.<\/p>\n “O Chilesaurus est\u00e1 l\u00e1 no in\u00edcio de uma dessas grandes divis\u00f5es. E, ao compreendermos mais sobre sua biologia, possivelmente entenderemos os fatores que as impulsionaram.”<\/p>\n Barrett e Baron acreditam que a \u00e1rvore reconfigurada poderia substituir a atual \u00e1rvore geneal\u00f3gica, que tem resistido ao teste do tempo por mais de 130 anos.<\/p>\n A \u00e1rvore de Baron \u00e9 pol\u00eamica e recebe cr\u00edticas. Mas se ele conseguir trazer novos exemplos que suavizem a rela\u00e7\u00e3o entre diferentes grupos de dinossauros \u00e9 poss\u00edvel que aumente sua aceita\u00e7\u00e3o. Baron acredita que resgatar o Chilesaurus do status de “Frankenstein” poderia ser a primeira de uma s\u00e9rie de rearranjos.<\/p>\n “Este \u00e9 um bom passo na dire\u00e7\u00e3o de meu objetivo principal, que \u00e9 tentar definir de vez a linhagem do ornit\u00edsquio, porque acredito que passamos tempo demais ignorando e n\u00e3o entendendo esse grupo importante”, afirma.<\/p>\n “Vamos finalmente chegar a um consenso. Acho que este \u00e9 um passo para o modelo correto.”<\/p>\n Sarah Gabbott, da Universidade de Leicester, n\u00e3o envolvida no estudo, descreveu a nova an\u00e1lise como “incrivelmente importante”.<\/p>\n “O Chilesaurus preserva um conjunto incomum de caracter\u00edsticas que s\u00e3o uma mistura entre os ornit\u00edsquio e os ter\u00f3podes. Em especial, sua mistura de caracter\u00edsticas ajuda a revelar a sequ\u00eancia de eventos durante os cr\u00edticos primeiros est\u00e1gios da evolu\u00e7\u00e3o do ornit\u00edsquio.” (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Esqueleto encontrado no Chile em 2015, que intrigava paleont\u00f3logos por parecer ser composto de partes de esp\u00e9cies diferentes, d\u00e1 peso a reconfigura\u00e7\u00e3o da \u00e1rvore geneal\u00f3gica dos dinossauros proposta em mar\u00e7o. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[65],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/138274"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=138274"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/138274\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=138274"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=138274"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=138274"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}