{"id":138493,"date":"2017-08-31T00:00:49","date_gmt":"2017-08-31T03:00:49","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=138493"},"modified":"2017-08-30T22:13:41","modified_gmt":"2017-08-31T01:13:41","slug":"ong-apresenta-381-novas-especies-de-plantas-e-animais-na-amazonia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/08\/31\/138493-ong-apresenta-381-novas-especies-de-plantas-e-animais-na-amazonia.html","title":{"rendered":"ONG apresenta 381 novas esp\u00e9cies de plantas e animais na Amaz\u00f4nia"},"content":{"rendered":"
Relat\u00f3rio do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) divulgado nesta quarta-feira (30) em S\u00e3o Paulo apresenta um compilado de 381 novas esp\u00e9cies de plantas e de animais vertebrados da floresta Amaz\u00f4nica. Os dados foram coletados entre os anos de 2014 e 2015 em bases de dados de revistas cient\u00edficas.<\/p>\n
Foram catalogadas: 216 novas esp\u00e9cies de plantas; 93 de peixes; 32 de anf\u00edbios; 19 de r\u00e9pteis; uma ave; 18 mam\u00edferos; e dois mam\u00edferos f\u00f3sseis. Os n\u00fameros indicam que por volta de uma nova esp\u00e9cie de ser vivo foi descoberta na Amaz\u00f4nia a cada dois dias.<\/p>\n
“A Amaz\u00f4nia tem muitas lacunas de conhecimento. \u00c9 uma \u00e1rea de dif\u00edcil acesso em que muitas pessoas n\u00e3o conseguem chegar. Existem muitas esp\u00e9cies para serem descobertas “, diz Fernanda Paim, pesquisadora do Instituto Mamirau\u00e1, que fez o estudo em parceria com a WWF.<\/p>\n
Como metodologia, a WWF fez uma revis\u00e3o de bibliografia cient\u00edfica para inclus\u00e3o apenas das novas esp\u00e9cies de vertebrados e plantas descritas em peri\u00f3dicos cient\u00edficos e submetidas \u00e0 revis\u00e3o dos pares. Muitas das descobertas tamb\u00e9m s\u00e3o feitas com a colabora\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o local. Os “cientistas cidad\u00e3os”, como chamou a ONG, contribu\u00edram muito para a coleta de informa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Segundo estudo de 2005 citado pela WWF, atualmente h\u00e1 entre 1,7 e 1,8 milh\u00e3o de esp\u00e9cies no mundo – dentre essas, 80% ainda n\u00e3o teria sido mapeada. Ainda, os cientistas precisam correr contra o tempo: 0,1% das esp\u00e9cies do planeta desaparecem todos os anos.<\/p>\n
As descobertas refor\u00e7am a import\u00e2ncia da preserva\u00e7\u00e3o da biodiversidade local. A floresta j\u00e1 representa a maior biodiversidade em uma floresta tropical do planeta.<\/p>\n
Amaz\u00f4nia e explora\u00e7\u00e3o mineral<\/strong> – Para Ricardo Mello, coordenador do Programa Amaz\u00f4nia do WWF-Brasil, o estudo embasa como \u00e9 importante pensar no desenvolvimento sustent\u00e1vel da Amaz\u00f4nia – principalmente no momento em que est\u00e1 em jogo uma grande discuss\u00e3o sobre a libera\u00e7\u00e3o de parte da \u00e1rea para a minera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n “N\u00e3o somos contra um desenvolvimento sustent\u00e1vel, mas isso precisa ser debatido com a sociedade e a comunidade cient\u00edfica”, avalia Mello.<\/p>\n Os pesquisadores citam que quatro esp\u00e9cies de peixe descobertas no per\u00edodo do estudo est\u00e3o em \u00e1reas na Amaz\u00f4nia que podem ser liberadas para a minera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Segundo a ONG, apesar do relat\u00f3rio indicar um crescimento na taxa de descoberta de novas esp\u00e9cies, n\u00e3o d\u00e1 para dizer que os problemas ambientais na regi\u00e3o est\u00e3o resolvidos.<\/p>\n Estudos da WWF tamb\u00e9m apontam que h\u00e1 uma queda do n\u00famero de unidades de preserva\u00e7\u00e3o na regi\u00e3o – com uma tend\u00eancia de crescimento da perda de status nos \u00faltimos anos.<\/p>\n “Hoje, est\u00e3o sendo apresentadas amea\u00e7as muito fortes a \u00e1reas protegidas com uma vis\u00e3o de que, da noite para o dia, uma \u00e1rea que era protegida pode simplesmente n\u00e3o ser mais” , relata Mariana Napolitano, coordenadora do Programa de Ci\u00eancias da WWF-Brasil.<\/p>\n ‘N\u00e3o precisa desmatar’<\/strong> – Um outro ponto discutido pela ONG \u00e9 o avan\u00e7o do desmatamento da regi\u00e3o, que vem na esteira de iniciativas de explora\u00e7\u00e3o agropecu\u00e1ria. Dados apresentados pela organiza\u00e7\u00e3o, no entanto, explicam que, com planejamento, \u00e9 poss\u00edvel expandir a produ\u00e7\u00e3o de alimentos sem perdas florestais.<\/p>\n “Antes de pensar em expandir o desmatamento sobre a vegeta\u00e7\u00e3o natural, h\u00e1 muitas \u00e1reas que poderiam expandir sua produ\u00e7\u00e3o”, avalia Edegar Rosa, coordenador do Programa de Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil. Segundo a WWF, o Brasil aproveita apenas 32% das \u00e1reas de pastagem.<\/p>\n A ONG cita tamb\u00e9m que, dos 50 milh\u00f5es de hectares j\u00e1 abertos para explora\u00e7\u00e3o agr\u00edcola na Amaz\u00f4nia, h\u00e1 a possibilidade de que 15 milh\u00f5es sejam usados para a produ\u00e7\u00e3o de soja sem desmatamento. Com isso, a produ\u00e7\u00e3o de soja, que ocupa 4 milh\u00f5es de hectares, hoje poderia ser expandida. “O Brasil tem uma oportunidade de mostrar para o mundo que consegue expandir sua produ\u00e7\u00e3o de alimentos sem aumentar o desmatamento”, avalia Rosa.<\/p>\n Mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e Amaz\u00f4nia<\/strong> – A emiss\u00e3o de gases de efeito estufa que contribui para o aquecimento global tamb\u00e9m afeta a regi\u00e3o Amaz\u00f4nica e sua biodiversidade, relata a WWF. Uma das quest\u00f5es silenciosas tamb\u00e9m relacionadas ao efeito estufa \u00e9, por exemplo, a capacidade da lantas de realizar fotoss\u00edntese.<\/p>\n “Isso n\u00e3o \u00e9 muito comentado, mas a fotoss\u00edntese fica mais dif\u00edcil a uma temperatura acima de 38 \u00baC”, explica Andr\u00e9 Nahur, coordenador do Programa do Clima e Energia da WWF-Brasil.<\/p>\n Tamb\u00e9m dados apresentados pela WWF mostram que o aquecimento global no sudeste da Amaz\u00f4nia vai aumentar em 80% a chance de intensifica\u00e7\u00e3o da seca na regi\u00e3o em 2100. Ainda, at\u00e9 esse mesmo ano, o leste da Amaz\u00f4nia pode sofrer uma redu\u00e7\u00e3o de 20% na vaz\u00e3o dos rios. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Foram catalogadas pela WWF: 216 novas esp\u00e9cies de plantas; 93 de peixes; 32 de anf\u00edbios; 19 de r\u00e9pteis; uma ave; 18 mam\u00edferos; e dois mam\u00edferos f\u00f3sseis. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[32,66,94],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/138493"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=138493"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/138493\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=138493"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=138493"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=138493"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}