A China pretende ampliar o uso de etanol combust\u00edvel a todo seu territ\u00f3rio, segundo um projeto governamental apresentado nesta quarta-feira (13) e que demonstra o desejo de Pequim de refor\u00e7ar a luta contra a polui\u00e7\u00e3o e de buscar possibilidades para os colossais excedentes de milho.<\/p>\n
“Est\u00e1 previsto apoiar at\u00e9 2020 o uso de etano combust\u00edvel no conjunto do pa\u00eds e garantir uma cobertura m\u00e1xima completa, refor\u00e7ando as capacidades da ind\u00fastria dos biocombust\u00edveis”, afirma o documento divulgado pelo NDCR, o poderoso \u00f3rg\u00e3o de planejamento econ\u00f4mico, em coopera\u00e7\u00e3o com a Administra\u00e7\u00e3o de Energia.<\/p>\n
Os biocombust\u00edveis est\u00e3o relegados a um patamar m\u00ednimo na China, o maior mercado automobil\u00edstico do planeta, onde representam apenas 1% do volume de produtos petroleiros consumidos.<\/p>\n
Posteriormente, “at\u00e9 o fim de 2025, (o pa\u00eds) dever\u00e1 come\u00e7ar a produzir em grande escala etanol a base de celulose (mat\u00e9ria vegetal) e a melhorar suas tecnologias para alcan\u00e7ar os padr\u00f5es internacionais”, completa o texto.<\/p>\n
O objetivo \u00e9 reduzir as emiss\u00f5es de gases que provocam o efeito estufa para diminuir a polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica nas grandes cidades chinesas, mas tamb\u00e9m “um melhor uso das produ\u00e7\u00f5es agr\u00edcolas vencidas ou excedentes”.<\/p>\n
O etanol pode ser produzido a partir de cana-de-a\u00e7\u00facar, mas tamb\u00e9m do milho. A China possui um excedente colossal de milho em suas reservas, avaliado em mais de 200 milh\u00f5es de toneladas.<\/p>\n
Grande parte da colheita nas regi\u00f5es norte e nordeste da China \u00e9 comprada por \u00f3rg\u00e3os estatais, em particular para manter os pre\u00e7os.<\/p>\n
A China reduziu a previs\u00e3o de colheita de milho para 2017\/18, mas as autoridades buscam maneiras de esgotar os gigantescos excedentes nacionais, de qualidade frequentemente inferior e que deterioram com o tempo.<\/p>\n
A longo prazo, o pa\u00eds tem outros ingredientes em vista para os biocombust\u00edveis. “A China produz anualmente mais de 400 milh\u00f5es de res\u00edduos vegetais de palha ou silvicultura, 30% deles poderiam ser utilizados para produzir 20 milh\u00f5es de toneladas de biocombust\u00edveis”, destaca a Administra\u00e7\u00e3o de Energia.<\/p>\n
Atualmente, o consumo chin\u00eas de biocombust\u00edveis alcan\u00e7a 2,6 milh\u00f5es de toneladas por ano. A China \u00e9 o terceiro maior pa\u00eds produtor – muito distante de Estados Unidos e Brasil – e espera aumentar sua produ\u00e7\u00e3o a quatro milh\u00f5es de toneladas at\u00e9 2020. (Fonte: G1)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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