{"id":139777,"date":"2017-10-30T00:00:59","date_gmt":"2017-10-30T02:00:59","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=139777"},"modified":"2017-10-29T21:26:32","modified_gmt":"2017-10-29T23:26:32","slug":"area-de-unidades-de-conservacao-atingida-por-queimadas-ja-e-maior-que-a-do-mesmo-periodo-do-ano-passado","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/10\/30\/139777-area-de-unidades-de-conservacao-atingida-por-queimadas-ja-e-maior-que-a-do-mesmo-periodo-do-ano-passado.html","title":{"rendered":"\u00c1rea de unidades de conserva\u00e7\u00e3o atingida por queimadas j\u00e1 \u00e9 maior que a do mesmo per\u00edodo do ano passado"},"content":{"rendered":"
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A \u00e1rea de unidades de conserva\u00e7\u00e3o federais atingida por inc\u00eandios no pa\u00eds j\u00e1 supera a do mesmo per\u00edodo do ano passado, segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conserva\u00e7\u00e3o da Biodiversidade (ICMBio), \u00f3rg\u00e3o respons\u00e1vel pelas unidades. Entre janeiro e outubro deste ano, 1.092.177,03 hectares j\u00e1 foram destru\u00eddos por queimadas \u2013 o que equivale a sete vezes a \u00e1rea da cidade de S\u00e3o Paulo. No mesmo per\u00edodo do ano passado, foram 1.088.189,92 hectares, quase 4 mil hectares a menos.<\/p>\n<\/div>\n

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Apenas no m\u00eas de outubro, um balan\u00e7o preliminar do instituto aponta que pelo menos 185,6 mil hectares foram atingidos pelo fogo em unidades federais de todo o pa\u00eds, quase o dobro do registrado em outubro do ano passado (97,9 mil hectares). Como o m\u00eas ainda n\u00e3o acabou, a diferen\u00e7a deve aumentar.<\/p>\n<\/div>\n

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Parte consider\u00e1vel da destrui\u00e7\u00e3o do m\u00eas est\u00e1 no Parque Nacional da Chapada do Veadeiros, que passa pelo maior inc\u00eandio da sua hist\u00f3ria. A queimada j\u00e1 atingiu mais de 65 mil hectares. Segundo o ICMBio, o fogo j\u00e1 foi controlado na maior parte da reserva, mas cerca de 400 pessoas, entre volunt\u00e1rios e brigadistas, seguem trabalhando 24 horas por dia para evitar que novos focos surjam.<\/p>\n<\/div>\n

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Al\u00e9m disso, o instituto registra fogo em outras 16 unidades de conserva\u00e7\u00e3o, como o Parque Nacional da Serra das Capivaras, o Parque Nacional da Serra da Canastra e o Parque Nacional do Araguaia. <\/em>Nenhum, por\u00e9m, \u00e9 t\u00e3o devastador quando o que atinge a Chapada.<\/p>\n<\/div>\n

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O m\u00eas de setembro tamb\u00e9m foi considerado incomum pelos especialistas, com uma \u00e1rea atingida por inc\u00eancios 83% maior que a do mesmo m\u00eas do ano passado.<\/p>\n

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Segundo Christian Berlinck, coordenador de preven\u00e7\u00e3o e combate do ICMBio, o tempo mais seco que o normal nestes dois meses, com temperaturas elevadas, ventos fortes e umidade abaixo de 15%, foram respons\u00e1veis pelos n\u00fameros elevados.<\/p>\n<\/div>\n

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Ele explica que, no pa\u00eds, usa-se fogo o ano inteiro nos setores de agricultura e pecu\u00e1ria. Normalmente, at\u00e9 julho, o fogo n\u00e3o evolui muito por conta do clima mais \u00famido, com vegeta\u00e7\u00e3o verde, que facilita o trabalho das brigadas.<\/p>\n<\/div>\n

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“Setembro e outubro deste ano foram extremamente secos. Chegamos ao auge da seca, ent\u00e3o qualquer fogo que perde o controle cresce muito r\u00e1pido.”<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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O coordenador cita os inc\u00eandios que atingiram a Calif\u00f3rnia, nos Estados Unidos, e diversas regi\u00f5es de Portugal\u00a0\u00a0tamb\u00e9m em outubro, deixando dezenas de mortos.<\/p>\n<\/div>\n

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Al\u00e9m disso, setembro foi o m\u00eas com o maior n\u00famero de queimadas da hist\u00f3ria do pa\u00eds\u00a0, segundo a s\u00e9rie do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), iniciada em 1999. Foram 110.736 focos.<\/p>\n<\/div>\n

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Inc\u00eandios criminosos<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Apesar de as condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas dificultarem o combate aos inc\u00eandios, Berlinck destaca que o in\u00edcio das queimadas n\u00e3o \u00e9 natural em muitos casos. Na Chapada dos Veadeiros, a Policia Civil trabalha com a hip\u00f3tese de inc\u00eandio criminoso.<\/p>\n<\/div>\n

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“\u00c9 fato [que o inc\u00eandio da Chapada foi criminal]. A maior parte dos inc\u00eandios que tomam grandes propor\u00e7\u00f5es \u00e9 criminosa. Ocorrem em momentos mais quentes do dia e a favor do vento.”<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Segundo ele, estes inc\u00eandios geralmente s\u00e3o iniciados com f\u00f3sforos e isqueiros em regi\u00f5es pr\u00f3ximas de trilhas, ou mesmo com mecanismo retardante, como colocar uma vela dentro de uma lata. “A vela queima e atinge a grama. Isso dificulta a identifica\u00e7\u00e3o do autor, pois ele faz isso, sai andando e o fogo s\u00f3 come\u00e7a depois de meia hora.”<\/p>\n<\/div>\n

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Apesar de os inc\u00eandios poderem n\u00e3o ser intencionais, Berlick acredita que o da Chapada foi doloso, pois o fogo est\u00e1 reaparecendo em \u00e1reas em que j\u00e1 havia sido controlado. Ele diz n\u00e3o saber quais as motiva\u00e7\u00f5es. “N\u00e3o temos hip\u00f3teses. Primeiro, estamos preocupados em controlar o fogo.”<\/p>\n

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Pr\u00f3ximos meses<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Berlick acredita que os inc\u00eandios devem continuar nas unidades de conserva\u00e7\u00e3o nos pr\u00f3ximos dois meses do ano, pois a expectativa de chuva est\u00e1 abaixo do normal. “No final do ano, come\u00e7am as secas no sul no Nordeste, no estado da Bahia. Tamb\u00e9m tem seca no Rio Grande do Sul, em Roraima e no Amap\u00e1. Devemos come\u00e7ar a ter problemas nessas \u00e1reas”, diz.<\/p>\n<\/div>\n

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Ele afirma que o balan\u00e7o da \u00e1rea atingida por queimadas nas UCs federais deve ser semelhante ao do ano passado, que fechou com 1.170.654,30 hectares destru\u00eddos. “Se a gente n\u00e3o estivesse t\u00e3o estruturado e organizado e n\u00e3o tivesse investido tanto em preven\u00e7\u00e3o, seria maior.”<\/p>\n

Fonte: G1<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Entre janeiro e outubro deste ano, mais de 1 milh\u00e3o de hectares j\u00e1 foram queimados em unidades de conserva\u00e7\u00e3o federais, o que equivale a sete vezes a \u00e1rea da cidade de S\u00e3o Paulo. O n\u00famero supera o do mesmo per\u00edodo de 2016, em parte devido \u00e0 destrui\u00e7\u00e3o na Chapada dos Veadeiros.
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