{"id":139989,"date":"2017-11-07T00:00:06","date_gmt":"2017-11-07T02:00:06","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=139989"},"modified":"2017-11-06T22:41:46","modified_gmt":"2017-11-07T00:41:46","slug":"2017-sera-um-dos-anos-mais-quentes-da-historia-diz-onu","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/11\/07\/139989-2017-sera-um-dos-anos-mais-quentes-da-historia-diz-onu.html","title":{"rendered":"2017 ser\u00e1 um dos anos mais quentes da hist\u00f3ria’, diz ONU"},"content":{"rendered":"
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O ano de 2017 ser\u00e1 um dos anos mais quentes j\u00e1 registrados, disse Petteri Taalas, secret\u00e1rio-geral da Organiza\u00e7\u00e3o Meteorol\u00f3gica Mundial, bra\u00e7o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o clima. O an\u00fancio foi feito na abertura da COP 23, a confer\u00eancia da ONU para o clima que come\u00e7ou nesta segunda-feira (6) em Bonn, na Alemanha.<\/p>\n<\/div>\n

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Esse ano, continuou Taalas, deve figurar entre os tr\u00eas anos mais quentes da hist\u00f3ria, desde que se come\u00e7aram os registros, no s\u00e9culo XIX. “Os \u00faltimos tr\u00eas anos estiveram entre os tr\u00eas primeiros lugares em termos de registros de temperatura. Isso faz parte de uma tend\u00eancia de aquecimento de longo prazo “, disse.<\/p>\n<\/div>\n

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“Tivemos um clima fora do comum, incluindo temperaturas superiores a 50\u00baC na \u00c1sia, furac\u00f5es recorde no Caribe e no Atl\u00e2ntico e uma seca implac\u00e1vel na \u00c1frica Oriental”, disse.<\/p>\n<\/div>\n

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O ano de 2017 ser\u00e1 o ano mais quente sem a influ\u00eancia do El Ni\u00f1o. As temperaturas em 2016 e, at\u00e9 certo ponto, 2015, tamb\u00e9m foram muito altas, mas foram impulsionadas por um El Ni\u00f1o excepcionalmente forte, diz a ONU.<\/p>\n<\/div>\n

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Segundo a OMM, a temperatura m\u00e9dia global de janeiro a setembro de 2017 foi de aproximadamente 1,1 \u00b0C acima da era pr\u00e9-industrial. A entidade diz ainda que, embora os dados globais sobre a emiss\u00e3o de CO2 esse ano s\u00f3 v\u00e3o estar dispon\u00edveis at\u00e9 o final de 2018, informa\u00e7\u00f5es em tempo real indicam que os n\u00edveis de CO2, metano e \u00f3xido nitroso continuaram a aumentar em 2017.<\/p>\n<\/div>\n

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J\u00e1 o n\u00edvel m\u00e9dio global do mar (GMSL), um dos melhores indicadores de mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, tem se mantido relativamente est\u00e1vel em 2017, semelhante aos n\u00edveis alcan\u00e7ados no final de 2015, diz a ONU. Essa mesma estabilidade n\u00e3o tem sido registrada com a temperatura, no entanto: segundo a OMM, elas est\u00e3o a caminho de estar entre as tr\u00eas maiores registradas.<\/p>\n<\/div>\n

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Press\u00e3o para novo acordo<\/strong><\/h2>\n
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A entidade espera que o an\u00fancio sirva de incentivo para que se acelerem as negocia\u00e7\u00f5es sobre a redu\u00e7\u00e3o dos n\u00edveis de emiss\u00f5es de gases na COP 23.<\/p>\n<\/div>\n

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“Essas descobertas destacam os riscos crescentes para as pessoas, as economias e o pr\u00f3prio tecido da vida na Terra se n\u00e3o conseguimos seguir os objetivos e as ambi\u00e7\u00f5es do Acordo de Paris “, diz Patricia Espinosa, secret\u00e1ria executiva da ONU sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Patr\u00edcia salienta que uma das miss\u00f5es da COP ser\u00e1 aumentar o n\u00edvel de ambi\u00e7\u00f5es para que novas metas sejam acordadas, para al\u00e9m do Acordo de Paris, acordado na COP 21, em 2015. Na ocasi\u00e3o, 195 pa\u00edses ratificaram o acordo para reduzir as emiss\u00f5es de gases causadores do efeito estufa. O objetivo \u00e9 que o aumento da temperatura n\u00e3o chegue a 2\u00baC em 2030, com esfor\u00e7os para que n\u00e3o se ultrapasse 1,5\u00b0C.<\/p>\n<\/div>\n

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O desafio agora, no entanto, \u00e9 o estabelecimento de medidas concretas para chegar at\u00e9 as metas;\u00a0por isso, um dos objetivos da COP ser\u00e1 finalizar o “Livro de Regras”, com maiores detalhamentos sobre como pa\u00edses podem orquestrar maiores comprometimentos para reduzir as emiss\u00f5es de gases.<\/p>\n<\/div>\n

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Tamb\u00e9m o primeiro-ministro do arquip\u00e9lago Fiji, Frank Bainimarama, pa\u00eds que preside a confer\u00eancia, disse \u00e0 Reuters que vai pressionar para que pa\u00edses se comprometam com metas mais ambiciosas para combater o aquecimento global.<\/p>\n

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Os efeitos do aquecimento<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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De acordo com a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS), pesquisas recentes mostram que o risco geral de doen\u00e7a ou morte relacionada ao calor subiu de forma constante desde 1980, com cerca de 30% da popula\u00e7\u00e3o mundial vivendo agora em condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas que produzem ondas de calor extremas prolongadas.<\/p>\n<\/div>\n

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Entre 2000 e 2016, o n\u00famero de pessoas vulner\u00e1veis expostas a eventos de ondas de calor aumentou aproximadamente 125 milh\u00f5es, diz a entidade.<\/p>\n<\/div>\n

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Em 2016, 23,5 milh\u00f5es de pessoas foram deslocadas durante desastres relacionados ao clima. Em conson\u00e2ncia com os anos anteriores, a maioria desses deslocamentos internos foi associada a inunda\u00e7\u00f5es ou tempestades e ocorreu na regi\u00e3o da \u00c1sia-Pac\u00edfico.<\/p>\n<\/div>\n

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Na Som\u00e1lia, foram relatados mais de 760 mil deslocamentos internos, de acordo com o Alto Comissariado das Na\u00e7\u00f5es Unidas para Refugiados e Organiza\u00e7\u00e3o Internacional para as Migra\u00e7\u00f5es (OIM).<\/p>\n

Fonte: G1<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"