{"id":140259,"date":"2017-11-18T00:00:06","date_gmt":"2017-11-18T02:00:06","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=140259"},"modified":"2017-11-17T22:23:42","modified_gmt":"2017-11-18T00:23:42","slug":"como-o-aquecimento-global-pode-mudar-5-cidades-no-mundo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/11\/18\/140259-como-o-aquecimento-global-pode-mudar-5-cidades-no-mundo.html","title":{"rendered":"Como o aquecimento global pode mudar 5 cidades no mundo"},"content":{"rendered":"
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Pouco antes das negocia\u00e7\u00f5es sobre mudan\u00e7as clim\u00e1ticas come\u00e7arem na 23\u00aa Confer\u00eancia do Clima (COP23) em Bonn, na Alemanha, a\u00a0ONU<\/a> alertou que as \u00faltimas proje\u00e7\u00f5es de aquecimento global apontam uma eleva\u00e7\u00e3o de 3,2\u00baC at\u00e9 2100 \u2013 muito acima do objetivo de limitar o aumento da temperatura entre 1,5\u00baC e 2\u00baC.<\/p>\n<\/div>\n

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Mas, por tr\u00e1s dos n\u00fameros, quais seriam as consequ\u00eancias de um mundo mais quente? Como diz o pr\u00f3prio nome, o aquecimento global ocorrer\u00e1 no mundo inteiro, mas os impactos ir\u00e3o variar de um lugar para outro. A DW mostra o que um aumento de 3\u00baC significaria para cinco cidades mundo afora:<\/p>\n<\/div>\n

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Se a temperatura global aumentar 3\u00baC, o futuro de Nova Orleans ser\u00e1 incerto. A rela\u00e7\u00e3o entre as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e tempestades est\u00e1 apenas come\u00e7ando a ser entendida, mas o aumento do n\u00edvel do mar e temperaturas da superf\u00edcie dos oceanos mais quentes sugerem que a cidade provavelmente experimentar\u00e1 mais eventos meteorol\u00f3gicos semelhantes ao furac\u00e3o Katrina at\u00e9 o fim do s\u00e9culo.<\/p>\n

A temporada de furac\u00f5es excepcionalmente hiperativa em 2017 pode ser um pren\u00fancio preocupante dos eventos clim\u00e1ticos que est\u00e3o por vir. De acordo com Bridget Tydor, urbanista do Conselho de Esgoto e \u00c1gua de Nova Orleans (SWBNO), a cidade americana est\u00e1 trabalhando duro na manuten\u00e7\u00e3o de diques e no preparo para a remo\u00e7\u00e3o de um grande n\u00famero de pessoas, se necess\u00e1rio.<\/p>\n

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“Como vimos e aprendemos, a prote\u00e7\u00e3o ou mitiga\u00e7\u00e3o contra desastres n\u00e3o \u00e9 a \u00fanica parte do quebra-cabe\u00e7a”, afirma Tydor, que tamb\u00e9m \u00e9 membro da delega\u00e7\u00e3o americana da Governos Locais por Sustentabilidade (ICLEI) dos EUA que foi \u00e0 23\u00aa Confer\u00eancia do Clima, em Bonn. “N\u00f3s tamb\u00e9m temos que nos adaptar e ter constru\u00e7\u00f5es e infraestrutura mais sustent\u00e1veis para suportar eventos de chuva mais intensos ou at\u00e9 fura\u00e7\u00f5es.”<\/p>\n<\/div>\n

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Paris, Fran\u00e7a: ondas de calor e polui\u00e7\u00e3o<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Um aumento de temperatura de 3\u00baC tornaria as ondas de calor mais comuns \u2013 inclusive no local de nascimento do Acordo de Paris. Um estudo recente da World Weather Attribution (WWA) sugere que temperaturas de mais de 40\u00baC no ver\u00e3o poderiam ser a norma em toda a Europa at\u00e9 2050.<\/p>\n<\/div>\n

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Grandes cidades como Paris tamb\u00e9m t\u00eam que lidar com a polui\u00e7\u00e3o do ar, que \u00e9 acentuada por ondas de calor prolongadas \u2013 e vice-versa. Um estudo de 2017 aponta que, combinadas, ondas de calor e part\u00edculas de polui\u00e7\u00e3o agravam umas as outras, representando um risco significativo para a sa\u00fade humana.<\/p>\n<\/div>\n

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N\u00e3o precisamos esperar at\u00e9 o fim do s\u00e9culo para ver o impacto do tempo quente nos centros urbanos. A Fran\u00e7a foi especialmente atingida pela onda de calor europeia em 2003, quando Paris registrou uma s\u00e9rie de mortes. Mais recentemente, a onda de calor L\u00facifer causou calor excessivo no sul da Europa. Paris j\u00e1 est\u00e1 tentando lidar com um futuro mais quente, come\u00e7ando pela proibi\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos a diesel no centro da cidade, que deve entrar em vigor em 2030.<\/p>\n<\/div>\n

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Cidade do Cabo, \u00c1frica do Sul: seca<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n
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\u00c0 medida que as temperaturas aumentam, o risco de seca segue o mesmo caminho \u2013 n\u00e3o apenas nas regi\u00f5es naturalmente \u00e1ridas, mas tamb\u00e9m nas que dependem de chuvas sazonais. A Cidade do Cabo est\u00e1 atualmente em meio \u00e0 sua pior seca em 100 anos.<\/p>\n

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Johannes Van Der Merwe, membro do comit\u00ea de finan\u00e7as da prefeitura da cidade na COP23, afirma que a cidade est\u00e1 respondendo \u00e0 crise atual construindo mais aqu\u00edferos e esta\u00e7\u00f5es de dessaliniza\u00e7\u00e3o, al\u00e9m de restringir o uso da \u00e1gua. Por\u00e9m, a cidade precisar\u00e1 se adaptar no longo prazo \u00e0 escassez de \u00e1gua.<\/p>\n<\/div>\n

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“Quando parti da Cidade do Cabo, h\u00e1 cerca de uma semana, os n\u00edveis das barragens estavam em 38%”, afirmou Van Der Merwe. “Muitas vezes falamos que [esse patamar] \u00e9 o ‘novo normal’.”<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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A crescente popula\u00e7\u00e3o da cidade s\u00f3 tornar\u00e1 as coisas mais dif\u00edceis. Atualmente, a regi\u00e3o metropolitana da Cidade do Cabo tem 3,7 milh\u00f5es de habitantes, mas a popula\u00e7\u00e3o est\u00e1 crescendo 3% ao ano. “Voc\u00ea pode ser uma cidade bem governada e segura, mas, se n\u00e3o houver \u00e1gua, ent\u00e3o voc\u00ea tem um problema”, frisa Van Der Merwe.<\/p>\n<\/div>\n

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Daca, Bangladesh: aumento do n\u00edvel do mar<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Com uma popula\u00e7\u00e3o de 14,4 milh\u00f5es de pessoas, Daca \u00e9 a quarta cidade mais densamente povoada do mundo \u2013 e um dos lugares mais vulner\u00e1veis ao aumento do n\u00edvel do mar.<\/p>\n<\/div>\n

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Um aumento da temperatura m\u00e9dia global de 3\u00baC faria com que o n\u00edvel dos oceanos aumentasse de dois a quatro metros nos pr\u00f3ximos tr\u00eas s\u00e9culos. Mas uma an\u00e1lise de 2013 mostra que as mar\u00e9s em Bangladesh est\u00e3o aumentando pelo menos dez vezes mais r\u00e1pido que a m\u00e9dia mundial, o que deve significar um aumento de quatro metros em 2100. Isso faria com que ao menos 15 milh\u00f5es de pessoas deixassem \u00e1reas rurais mais baixas e se mudassem para cidades como Daca.<\/p>\n<\/div>\n

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Muthukumara S. Mani, economista do departamento de desenvolvimento sustent\u00e1vel para o Sul da \u00c1sia do Banco Mundial, identificou \u00e1reas que se tornar\u00e3o “pontos cruciais” de mudan\u00e7as clim\u00e1ticas nas pr\u00f3ximas d\u00e9cadas.<\/p>\n<\/div>\n

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“Definitivamente, Daca \u00e9 muito vulner\u00e1vel \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e precisa estar preparada”, afirmou Mani \u00e0 DW.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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“O que acontecer\u00e1 em Daca tamb\u00e9m depender\u00e1 muito do que acontecer\u00e1 em outros lugares de Bangladesh. Se as coisas come\u00e7arem a piorar, as pessoas come\u00e7ar\u00e3o a migrar para Daca, e isso vai piorar a situa\u00e7\u00e3o”, frisou a especialista.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Daca est\u00e1 situada apenas quatro metros acima do n\u00edvel do mar, e altas taxas de pobreza significam que a cidade tem capacidade limitada para se adaptar \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n<\/div>\n

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“\u00c9 dif\u00edcil planejar com anteced\u00eancia, considerando os recursos limitados que o governo tem agora”, afirma Mani.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Norilsk, R\u00fassia: derretimento do permafrost<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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O derretimento do permafrost \u00e9 um sintoma frequentemente ignorado das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, mas seus impactos j\u00e1 est\u00e3o sendo sentidos em algumas cidades do mundo localizadas mais ao norte.<\/p>\n<\/div>\n

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Um estudo de 2016 aponta que cidades na Sib\u00e9ria constru\u00eddas sobre o permafrost \u2013 solo ou sedimento congelado por mais de dois anos consecutivos \u2013 est\u00e3o em perigo de, literalmente, entrar em colapso devido ao aquecimento global.<\/p>\n<\/div>\n

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Norilsk, na R\u00fassia \u2013 a cidade mais ao norte do mundo e que tem uma popula\u00e7\u00e3o de mais de 100 mil habitantes \u2013 est\u00e1 situada em uma zona de permafrost cont\u00ednua. Estudos demonstraram que as temperaturas na R\u00fassia \u00e1rtica est\u00e3o aumentando mais rapidamente que no resto do mundo.<\/p>\n<\/div>\n

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No ritmo atual, pode ser que os edif\u00edcios em Norilsk consigam suportar de 75% a 95% menos peso at\u00e9 os anos 2040. Os moradores j\u00e1 est\u00e3o relatando um aumento s\u00fabito de danos e rachaduras nos pr\u00e9dios \u00e0 medida que o solo sobre eles se descongela.<\/p>\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"