{"id":140271,"date":"2017-11-20T00:00:16","date_gmt":"2017-11-20T02:00:16","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=140271"},"modified":"2017-11-19T20:06:57","modified_gmt":"2017-11-19T22:06:57","slug":"cop-23-termina-com-participacao-dos-eua-e-pedido-por-mais-ambicao-em-metas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/11\/20\/140271-cop-23-termina-com-participacao-dos-eua-e-pedido-por-mais-ambicao-em-metas.html","title":{"rendered":"COP 23 termina com participa\u00e7\u00e3o dos EUA e pedido por ‘mais ambi\u00e7\u00e3o’ em metas"},"content":{"rendered":"

A 23\u00aa sess\u00e3o da Confer\u00eancia da Partes (COP 23) terminou na madrugada deste s\u00e1bado (18) em Bonn, na Alemanha, com a presen\u00e7a de representantes governamentais e independentes dos\u00a0Estados Unidos <\/a>e um clamor por mais “mais ambi\u00e7\u00e3o” dos pa\u00edses no combate ao aquecimento global.<\/p>\n

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O que se tem at\u00e9 agora \u00e9 um documento com centenas de p\u00e1ginas, o chamado “Livro de Regras”. J\u00e1 est\u00e1 praticamente tudo neste texto, mas ainda existem v\u00e1rios pontos que precisam ser costurados, como os crit\u00e9rios para medir a redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es de g\u00e1s carb\u00f4nico e de fiscaliza\u00e7\u00e3o dessas metas.<\/p>\n<\/div>\n

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Esse documento preliminar \u2013 que estava no topo da agenda desta COP \u2013 avan\u00e7ou, mas ainda \u00e9 “um \u00edndice” do que precisa ser feito, de acordo com Tasso Azevedo, coordenador e pesquisador do Observat\u00f3rio do Clima. Os pa\u00edses ainda ter\u00e3o um longo trabalho pela frente at\u00e9 a pr\u00f3xima COP, no ano que vem, quando termina o prazo pra que esse “Livro de Regras” fique totalmente pronto.<\/p>\n<\/div>\n

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“A negocia\u00e7\u00e3o internacional foi resgatada de uma poss\u00edvel reabertura do racha entre ricos e pobres. S\u00f3 que, infelizmente, a atmosfera n\u00e3o est\u00e1 nem a\u00ed para nossos processos diplom\u00e1ticos. O que precisamos agora \u00e9 mais ambi\u00e7\u00e3o em cortes de emiss\u00f5es e finan\u00e7as, e isso esteve fora da mesa. Enquanto isso, a janela para prevenir o aquecimento global de 1,5\u00baC est\u00e1 se fechando rapidamente\u201d, disse Carlos Rittl, secret\u00e1rio-executivo do Observat\u00f3rio do Clima.<\/p>\n

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Segundo os especialistas, a reuni\u00e3o se fixou no debate sobre as responsabilidades dos pa\u00edses desenvolvidos e em desenvolvimento. M\u00e1rcio Astrini, coordenador de Pol\u00edticas P\u00fablicas do Greenpeace Brasil, disse que j\u00e1 era previsto que esta seria uma “confer\u00eancia de transi\u00e7\u00e3o”.<\/p>\n<\/div>\n

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“N\u00e3o entregamos uma grande ambi\u00e7\u00e3o, nem mudamos prazos”, explicou. “Aconteceram alguns avan\u00e7os, tivemos entendimentos, mas coisas que servem para a bolha dos participantes da confer\u00eancia, coisas sobre artigos do texto e detalhes, sem mudan\u00e7as fortes pr\u00e1ticas”, explicou.<\/p>\n<\/div>\n

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Presen\u00e7a americana<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Os Estados Unidos compareceram \u00e0 confer\u00eancia. De acordo com ambientalistas que estiveram na COP, alguns empres\u00e1rios e pol\u00edticos americanos participaram e, independente da determina\u00e7\u00e3o de Donald Trump em sair do Acordo de Paris, disseram que v\u00e3o manter os projetos para redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es, as tentativas de preserva\u00e7\u00e3o do meio-ambiente e as metas para combater o aquecimento global.<\/p>\n<\/div>\n

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“No come\u00e7o, estavam todos muito apreensivos com a quest\u00e3o dos Estados Unidos. Que poderia atrapalhar demais, ou contaminar outros pa\u00edses. Isso acabou n\u00e3o acontecendo, pelo contr\u00e1rio. Teve uma rea\u00e7\u00e3o muito forte de governadores, de empresas americanas, que apesar do an\u00fancio do presidente querem continuar no Acordo”, disse Astrini.<\/p>\n<\/div>\n

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Por outro lado, o ato de estreia do governo do presidente dos Estados Unidos foi alvo de manifesta\u00e7\u00e3o de centenas de jovens. O \u00fanico evento oficial da delega\u00e7\u00e3o americana pretendia promover o “acesso universal aos combust\u00edveis fosseis e \u00e1 energia nuclear,\u00a0\u00a0tendo como oradores os executivos da Peabody Energy, uma multinacional do carv\u00e3o, da NuScale Power, de engenharia nuclear, e da Tellurian, uma grande exportador de g\u00e1s natural.<\/p>\n<\/div>\n

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O Brasil<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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O Brasil\u00a0recebeu um refor\u00e7o de R$ 420 milh\u00f5es da Alemanha e do Reino Unido<\/a> para financiar projetos de manejo sustent\u00e1vel de florestas no Acre e no Mato Grosso. Da Noruega, maior doadora do Fundo Amaz\u00f4nia, nenhum centavo a mais.<\/p>\n<\/div>\n

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Vidar Hegelsen, ministro noruegu\u00eas do Meio Ambiente, classificou de “positiva” a queda de 16% na taxa de desmatamento da Floresta Amaz\u00f4nica entre agosto de 2016 e julho deste ano.Em junho \u00faltimo, ele havia crido a pol\u00edtica ambiental do Brasil\u00a0que, logo na sequ\u00eancia, viu o repasse de verbas norueguesas cair.<\/p>\n

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Ao mesmo tempo que os brasileiros receberam investimento financeiro, tamb\u00e9m ganharam o “pr\u00eamio F\u00f3ssil do Dia”, <\/a>uma cr\u00edtica ir\u00f4nica \u00e0 medida provis\u00f3ria que prop\u00f5e reduzir impostos de explora\u00e7\u00e3o e produ\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo e g\u00e1s.<\/p>\n<\/div>\n

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A MP 795 foi aprovada em comiss\u00e3o mista em outubro e encaminhada para a vota\u00e7\u00e3o na C\u00e2mara dos Deputados e no Senado.<\/p>\n<\/div>\n

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“O ganhador do F\u00f3ssil de hoje \u00e9 o Brasil, por propor dar \u00e0s companhias de petr\u00f3leo US$ 300 bilh\u00f5es em subs\u00eddios”, diz o perfil da organiza\u00e7\u00e3o do pr\u00eamio no Twitter (veja abaixo). Segundo um estudo da consultoria legislativa da C\u00e2mara dos Deputados, a perda na arrecada\u00e7\u00e3o de impostos seria de R$ 1 trilh\u00e3o em 25 anos.,<\/p>\n

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Aumento da ambi\u00e7\u00e3o<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Mesmo\u00a0se os quase 200 pa\u00edses que assinaram o Acordo de Paris cumprirem 100% dos seus compromissos, ser\u00e1 feito apenas um ter\u00e7o<\/a> do que \u00e9 necess\u00e1rio para combater as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. O dado alarmante foi divulgado no \u00faltimo dia 31 de outubro, na 8\u00aa edi\u00e7\u00e3o do relat\u00f3rio sobre as emiss\u00f5es da ONU Meio Ambiente.<\/p>\n<\/div>\n

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A meta se mant\u00e9m: manter o aquecimento global abaixo de 2\u00baC, buscando limit\u00e1-lo a 1,5\u00baC. No entanto, desde o in\u00edcio da confer\u00eancia, os representantes entendem que \u00e9 necess\u00e1rio “aumentar a ambi\u00e7\u00e3o” para conseguir atingir esse objetivo.<\/p>\n<\/div>\n

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No ano que vem, de 3 a 14 de dezembro, acontecer\u00e1 a 24\u00aa sess\u00e3o da Confer\u00eancia das Partes (COP 24) da UNFCCC em Katowice, na Pol\u00f4nia. A presid\u00eancia polonesa deve complementar e tentar refor\u00e7ar os esfor\u00e7os de Fiji para acelerar o progresso na finaliza\u00e7\u00e3o do “Livro de Regras” \u2013 o documento orientar\u00e1 a implementa\u00e7\u00e3o do Acordo de Paris e assegurar\u00e1 financiamentos ampliados e previs\u00edveis para os pa\u00edses em desenvolvimento.<\/p>\n

Fonte: G1<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"