Dia desses, uma amiga perguntou-me de onde eu tiro tantas not\u00edcias para escrever aqui neste espa\u00e7o. N\u00e3o \u00e9 dif\u00edcil, respondi. Al\u00e9m de ler muito a respeito, tenho uma rede de pessoas no Brasil, mundo afora, que me alimenta diariamente com reflex\u00f5es, casos, acontecimentos, discuss\u00f5es sobre aquecimento global, socioeconomia, tipos de desenvolvimento etc.<\/p>\n
O dif\u00edcil, sinceramente, \u00e9 tentar evitar o tom pessimista que a maioria dessas \u201cconversas\u201d traz em si. \u00c0s vezes eu at\u00e9 gostaria de ser mais alegre. Mas h\u00e1 um desencanto no mundo que se reflete diretamente nas not\u00edcias que leio. E n\u00e3o \u00e9 para menos. Como admitir, com naturalidade, a viol\u00eancia sem sentido feita contra os elefantes que o presidente\u00a0Trump acaba de permitir? <\/a>Vou ser clara: n\u00e3o \u00e9 nem s\u00f3\u00a0\u00a0porque a popula\u00e7\u00e3o de elefantes no mundo est\u00e1 em extin\u00e7\u00e3o que se deveria parar de ca\u00e7\u00e1-los e mandar suas cabe\u00e7as por avi\u00e3o para outros pa\u00edses. A quest\u00e3o \u00e9 mais s\u00e9ria, \u00e9 \u00e9tica: enquanto a humanidade tratar assim os animais, sinceramente, n\u00e3o vejo luz no fim do t\u00fanel para abrandar nossa vida no planeta.<\/p>\n
Na rota dos criminosos est\u00e3o ainda os rinocerontes, pobres infelizes a quem a natureza resolveu adornar com um chifre que os humanos decidiram botar na lista de \u201csup\u00e9rfulos necess\u00e1rios\u201d. Em 2014, 1.215 desses bichos foram abatidos por criminosos na \u00c1frica do Sul.\u00a0O quilo do chifre de rinoceronte <\/a>vale US$ 60 mil.<\/p>\n
Quanto ao \u201cconsumo consciente\u201d, termo que se acostumou a empregar para identificar pessoas que t\u00eam cuidados na hora de comprar coisas para n\u00e3o impactar ainda mais o meio ambiente… bem, aqui tamb\u00e9m as not\u00edcias n\u00e3o s\u00e3o boas. Segundo v\u00e1rios estudos, n\u00e3o h\u00e1 uma diferen\u00e7a muito expressiva entre os consumistas e os consumistas conscientes. Um artigo recentemente publicado na revista\u00a0\u201cEnvironment and Behavior\u201d, <\/a>por exemplo, diz o seguinte: quem mais se preocupa com o meio ambiente s\u00e3o as pessoas que t\u00eam mais dinheiro. E essas pessoas, se por um lado podem reciclar meticulosamente todos os seus lixos, comprar produtos org\u00e2nicos e at\u00e9 evitam adquirir besteiras como a tal m\u00e1quina de fazer c\u00f3pia de panquecas, por outro viajam facilmente, e s\u00f3 a\u00ed j\u00e1 est\u00e3o ampliando bastante sua pegada de carbono.<\/p>\n
A pergunta que se faz desde sempre quando se colocam quest\u00f5es relativas \u00e0 degrada\u00e7\u00e3o ambiental e seus malef\u00edcios, \u00e9: \u201c\u00c9 poss\u00edvel desacoplar o crescimento dos impactos ao meio ambiente?\u201d N\u00e3o, garante Monbiot. E ele escreve isso com base num estudo divulgado no\u00a0jornal \u201cPlos One\u201d, <\/a>onde est\u00e1 claro que nenhum pa\u00eds conseguiu isso nos \u00faltimos 50 anos.<\/p>\n
A quest\u00e3o \u00e9 que j\u00e1 os conhecemos, de longa data. A\u00a0Rede Xingu, <\/a>que tem como objetivo dar condi\u00e7\u00f5es mais dignas aos ind\u00edgenas e, ao mesmo tempo, ajudar a preservar as matas.As\u00a0cisternas rurais, <\/a>programa que est\u00e1 sendo levado adiante pela Articula\u00e7\u00e3o do Semi\u00e1rido (ASA). Um projeto de microgera\u00e7\u00e3o de energias solar e e\u00f3lica em Juazeiro, na Bahia tamb\u00e9m \u00e9 citado.<\/p>\n
Compartilho com voc\u00eas o desabafo de Monbiot:<\/p>\n
Fonte: Amelia Gonzales\u00a0 G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Dia desses, uma amiga perguntou-me de onde eu tiro tantas not\u00edcias para escrever aqui neste espa\u00e7o. N\u00e3o \u00e9 dif\u00edcil, respondi. Al\u00e9m de ler muito a respeito, tenho uma rede de pessoas no Brasil, mundo afora, que me alimenta diariamente com reflex\u00f5es, casos, acontecimentos, discuss\u00f5es sobre aquecimento global, socioeconomia, tipos de desenvolvimento etc. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[5,4],"tags":[1195,935,561,276],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/140355"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=140355"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/140355\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":140356,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/140355\/revisions\/140356"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=140355"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=140355"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=140355"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}