{"id":140456,"date":"2017-11-28T00:01:23","date_gmt":"2017-11-28T02:01:23","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=140456"},"modified":"2017-11-27T22:37:18","modified_gmt":"2017-11-28T00:37:18","slug":"estudo-liga-desaceleracao-da-terra-a-aumento-de-terremotos-e-preve-mais-tremores-devastadores-em-2018","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/11\/28\/140456-estudo-liga-desaceleracao-da-terra-a-aumento-de-terremotos-e-preve-mais-tremores-devastadores-em-2018.html","title":{"rendered":"Estudo liga desacelera\u00e7\u00e3o da Terra a aumento de terremotos e prev\u00ea mais tremores devastadores em 2018"},"content":{"rendered":"
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Um estudo de dois pesquisadores americanos est\u00e1 propondo uma nova abordagem sobre os terremotos e sugerindo que pode haver mais tremores de grande intensidade em 2018.<\/p>\n<\/div>\n

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Segundo a pesquisa, existe uma correla\u00e7\u00e3o entre o aumento peri\u00f3dico no n\u00famero de grandes terremotos e a diminui\u00e7\u00e3o da velocidade de rota\u00e7\u00e3o da Terra \u2013 o movimento do planeta para dar uma volta em seu pr\u00f3prio eixo.<\/p>\n<\/div>\n

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Quando a Terra gira mais lentamente, leva um pouco mais de tempo para completar uma volta completa, fazendo com que o dia fique ligeiramente maior que 24 horas \u2013 podendo ganhar alguns microssegundos. At\u00e9 a\u00ed, n\u00e3o h\u00e1 novidade. A quest\u00e3o \u00e9 que os pesquisadores est\u00e3o dizendo que essa pequena mudan\u00e7a tamb\u00e9m pode aumentar a quantidade de fortes terremotos.<\/p>\n<\/div>\n

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Mas esse efeito n\u00e3o seria imediato. Demoraria cerca de cinco anos para ser sentido. Como a rota\u00e7\u00e3o da Terra come\u00e7ou a desacelerar em 2012\/2013, o pr\u00f3ximo aumento no n\u00famero de terremotos poderia ocorrer em 2018, aponta a pesquisa.<\/p>\n<\/div>\n

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“N\u00f3s estamos sugerindo que o aumento no n\u00famero de terremos deve come\u00e7ar logo”, afirmou para a BBC Brasil a pesquisadora Rebecca Bendick, da Universidade de Montana, respons\u00e1vel pelo estudo em conjunto com Roger Bilham, da Universidade do Colorado.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Eles apresentaram os resultados no encontro anual da “Geological Society of America”, nos Estados Unidos, no final de outubro.<\/p>\n<\/div>\n

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“N\u00f3s n\u00e3o podemos prever a desacelera\u00e7\u00e3o ou acelera\u00e7\u00e3o na rota\u00e7\u00e3o da Terra, mas podemos detect\u00e1-la atrav\u00e9s de observa\u00e7\u00f5es astron\u00f4micas e rel\u00f3gios at\u00f4micos. E, se nossa hip\u00f3tese estiver correta, isso pode ser capaz de nos alertar sobre o aumento no n\u00famero de terremotos cinco anos antes”, continua Bendick.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Bendick cita uma palavra importante: hip\u00f3tese. Ainda n\u00e3o h\u00e1 prova cient\u00edfica de os dois fen\u00f4menos estejam relacionados.<\/p>\n<\/div>\n

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Como a pesquisa foi feita<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Primeiro, os cientistas verificaram os registros hist\u00f3ricos de grandes terremotos, desde 1900. Ali, identificaram picos de atividade s\u00edsmica de grande intensidade a cada 30 anos, aproximadamente – em 1910, 1943, 1970 e 1998. O pr\u00f3ximo ciclo seria justamente em torno de 2018.<\/p>\n<\/div>\n

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Enquanto em um ano comum poderiam ocorrer cerca de 15 grandes terremotos em todo o mundo, nos anos de pico esse n\u00famero poderia subir para 20.<\/p>\n<\/div>\n

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Movimento da Terra em torno de seu eixo pode ligadar a terremotos, segundo cientistas (Foto: Nasa)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Em seguida, os pesquisadores come\u00e7aram a procurar outros fen\u00f4menos da Terra que tivessem uma periodicidade semelhante. Foi a\u00ed que testaram a desacelera\u00e7\u00e3o no movimento de rota\u00e7\u00e3o. “Quando n\u00f3s comparamos as duas s\u00e9ries temporais, elas eram muito correlacionadas”, afirma Bendick.<\/p>\n<\/div>\n

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\u00c9 como se, durante esse pico, os terremotos funcionassem como “c\u00e9lulas nervosas ou baterias, que requerem alguma carga antes que possam descarregar”, compara a pesquisadora. E a rota\u00e7\u00e3o mais lenta da Terra poderia gerar essa “carga”. Os pesquisadores ainda n\u00e3o tem uma hip\u00f3tese sobre por que isso ocorreria.<\/p>\n<\/div>\n

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O que poderia ser feito para mitigar os danos?<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Os pesquisadores esperam que essa prevista janela de cinco anos de antecipa\u00e7\u00e3o ajude as pessoas a minimizarem o impacto dos terremotos.<\/p>\n<\/div>\n

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“O efeito \u00e9 mais pronunciado em \u00e1reas onde j\u00e1 h\u00e1 muitos terremotos. Ent\u00e3o, faz sentido que as pessoas fiquem preparadas, especialmente antes desses intervalos em que o risco de tremores mais danosos aumenta”, continua Bendick.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Entre as medidas individuais que podem ser tomadas, ela cita ter um kit de emerg\u00eancia e fazer um plano de evacua\u00e7\u00e3o entre a fam\u00edlia e os amigos.<\/p>\n<\/div>\n

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“Esse tipo de alerta antecipado nos d\u00e1 uma chance de nos prepararmos, em vez de apenas nos preocuparmos.”<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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O estudo faz uma ressalva: n\u00e3o seria poss\u00edvel saber onde os terremotos “extras” ocorreriam. O fato \u00e9 que a maior parte dos tremores mais fortes acontece perto da linha do equador, cita a pesquisa. Uma explica\u00e7\u00e3o para isso \u00e9 que essa \u00e1rea sofre os maiores impactos da mudan\u00e7a de velocidade de rota\u00e7\u00e3o da Terra, porque sua forma se altera mais.<\/p>\n<\/div>\n

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“Um exemplo impressionante \u00e9 que, desde 1900, mais de 80% dos tremores mais fortes nas bordas leste da placa tect\u00f4nica do Caribe ocorreram nos cinco anos seguintes \u00e0 m\u00e1xima desacelera\u00e7\u00e3o da Terra”, diz o estudo apresentado no encontro de Geologia.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Nada disso, contudo, diz respeito ao Brasil. “O Brasil n\u00e3o \u00e9 muito ativo sismicamente. \u00c9 uma boa not\u00edcia”, brinca Bendick.<\/p>\n

Fonte: BBC<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"