{"id":140474,"date":"2017-11-29T00:00:28","date_gmt":"2017-11-29T02:00:28","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=140474"},"modified":"2017-11-28T21:46:22","modified_gmt":"2017-11-28T23:46:22","slug":"pesquisadores-apontam-caminhos-para-ciencia-e-desenvolvimento-em-seminario-da-folha","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/11\/29\/140474-pesquisadores-apontam-caminhos-para-ciencia-e-desenvolvimento-em-seminario-da-folha.html","title":{"rendered":"Pesquisadores apontam caminhos para ci\u00eancia e desenvolvimento em Semin\u00e1rio da Folha"},"content":{"rendered":"

Parcerias e vis\u00e3o estrat\u00e9gica da ci\u00eancia s\u00e3o eixos fundamentais para o desenvolvimento sustent\u00e1vel da Amaz\u00f4nia. A opini\u00e3o \u00e9 de pesquisadores que participaram da Mesa O Laborat\u00f3rio da Amaz\u00f4nia do Semin\u00e1rio O Futuro da Amaz\u00f4nia, promovido pela Folha, na segunda-feira (27), no Teatro Manauara. Entre os cientistas est\u00e1 o coordenador de pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amaz\u00f4nia (Inpa\/MCTIC), Paulo Maur\u00edcio de Alencastro Gra\u00e7a.<\/p>\n

A mesa foi composta ainda pelo reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sylvio Puga, e pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rodrigo Le\u00e3o de Moura, bi\u00f3logo que liderou pesquisa que descobriu de forma detalhada os recifes coral\u00edneos \u201cescondidos\u201d debaixo da pluma de \u00e1gua do Rio Amazonas.<\/p>\n

O diretor do Inpa, Luiz Renato de Fran\u00e7a, participou do evento, que contou com a presen\u00e7a do pesquisador Reinaldo Corr\u00eaa Costa, na Mesa Desenvolvimento Sustent\u00e1vel na Amaz\u00f4nia Urbana. \u201cEste \u00e9 um evento muito importante e uma \u00f3tima oportunidade para o Inpa mostrar o seu protagonismo\u201d, disse Fran\u00e7a.<\/p>\n

Em cen\u00e1rio de restri\u00e7\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria, fazer ci\u00eancia \u00e9 um grande desafio, segundo Alencastro Gra\u00e7a. \u201cUm deles \u00e9 o recurso financeiro para operar a pesquisa, muitas vezes escassos. \u00c9 importante que se busque parcerias nacionais e internacionais, e na livre iniciativa como nas ind\u00fastrias. No Brasil a pesquisa \u00e9 feita com muito financiamento do governo, e isso tem de mudar um pouco\u201d, declarou.<\/p>\n

No Inpa, uma parceria importante \u00e9 a que se tem \u00e9 com o Ex\u00e9rcito Brasileiro, via o programa Pro-Amaz\u00f4nia, que permite pesquisadores acessarem regi\u00f5es remotas do bioma. No in\u00edcio de 2016, pela primeira vez pesquisadores fizeram uma expedi\u00e7\u00e3o para a Serra da Mocidade, considerada um marco na pesquisa nas \u00e1reas montanhosas da Amaz\u00f4nia. Com o apoio do Comando Militar da Amaz\u00f4nia (CMA), os cientistas descobriram quase uma centena de novas esp\u00e9cies de plantas e animais.<\/p>\n

\u201cO recurso no Inpa destinado \u00e0 pesquisa \u00e9 muito limitado. O que nos permite sobreviver \u00e9 que pesquisadores pela sua forma\u00e7\u00e3o e produtividade s\u00e3o capazes de pegar recursos de fonte de financiamento externo\u201d, destaca o coordenador do Inpa. \u201cOutro problema \u00e9 que as institui\u00e7\u00f5es ligadas ao MCTIC est\u00e3o reduzindo. Os servidores est\u00e3o se aposentado, muitos s\u00e3o pesquisadores de ponta, e n\u00e3o est\u00e1 havendo reposi\u00e7\u00e3o, e \u00e9 importante que haja essa renova\u00e7\u00e3o\u201d, alertou.<\/p>\n

A falta de doutores na regi\u00e3o e baixa taxa de perman\u00eancia de profissionais qualificados tamb\u00e9m prejudicam o desenvolvimento da Amaz\u00f4nia. A regi\u00e3o Norte tem apenas 11% do n\u00famero de doutores do Sudeste brasileiro. \u201c\u00c9 preciso ter uma pol\u00edtica de fixa\u00e7\u00e3o de doutores e profissionais na regi\u00e3o\u201d, destaca Puga.<\/p>\n

Rodrigo Le\u00e3o Moura refor\u00e7a a necessidade de parcerias para superar as dificuldades de log\u00edstica e de custo para fazer ci\u00eancia na Amaz\u00f4nia. O grupo liderado por ele tem recebido o apoio da Marinha do Brasil, especialmente do navio oceanogr\u00e1fico Cruzeiro do Sul, mesmo enfrentando problemas s\u00e9rios para abastecer e manter regularidade.<\/p>\n

\u201cTemos uma infraestrutura limitada em terra, quem dir\u00e1 no oceano. Os meios navais s\u00e3o muito escassos. Para a oceanografia, a Marinha do Brasil, por exemplo, \u00e9 essencial, e tem apoiado bastante nossas a\u00e7\u00f5es na costa Norte\u201d, contou. \u201cMas as parcerias tamb\u00e9m devem ir al\u00e9m, buscando recursos tamb\u00e9m no exterior. Temos trabalhado bastante para viabilizar esses cruzeiros de descobertas com as universidades norte-americanas, e evidentemente tomar todos os cuidados para que a reparti\u00e7\u00e3o dos benef\u00edcios da gera\u00e7\u00e3o do conhecimento seja equitativa\u201d, completou.<\/p>\n

Para Moura, falta uma vis\u00e3o estrat\u00e9gica da sociedade e de setores econ\u00f4micos sobre ci\u00eancia. \u201c\u00c9 preciso que a sociedade e os entes econ\u00f4micos enxerguem na academia uma fonte provedora de solu\u00e7\u00f5es para os desafios de toda sorte, tecnol\u00f3gicos e inclusive de sustentabilidade\u201d.<\/p>\n

Fonte: Inpa<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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