O Maranh\u00e3o pode contar, a partir de agora, com um conjunto de dados mais precisos sobre geologia e recursos minerais e h\u00eddricos, que v\u00e3o contribuir para o desenvolvimento sustent\u00e1vel do estado. As informa\u00e7\u00f5es constam de 12 produtos lan\u00e7ados nesta sexta-feira (15\/12), pelo Servi\u00e7o Geol\u00f3gico do Brasil (CPRM), em parceria com a Ag\u00eancia Nacional de \u00c1guas (ANA).<\/p>\n
A solenidade de lan\u00e7amento ocorreu na Assembleia Legislativa maranhense e contou com a presen\u00e7a de dirigentes do CPRM, do governo local, parlamentares, prefeitos e empres\u00e1rios. O assessor especial do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente Jos\u00e9 Gasparinho Neto representou o ministro Sarney Filho.<\/p>\n
“Os produtos que est\u00e3o sendo apresentados hoje re\u00fanem dados preciosos para o planejamento urbano, a gest\u00e3o das \u00e1guas, os setores de infraestrutura, da constru\u00e7\u00e3o civil, do turismo. A sua disponibiliza\u00e7\u00e3o para a sociedade permitir\u00e1 a gest\u00e3o participativa dos nossos bens naturais, de modo sustent\u00e1vel”, disse Gaparinho.<\/p>\n
MINERAIS<\/strong><\/p>\n Um dos projetos \u00e9 o Mapa Geol\u00f3gico e de Recursos Minerais do Estado do Maranh\u00e3o. O documento contribui para a formula\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas de gerenciamento territorial e ambiental que possam atrair investimentos privados para o setor mineral da regi\u00e3o. O estudo traz informa\u00e7\u00f5es geol\u00f3gicas para que o estado possa desencadear um ciclo de gera\u00e7\u00e3o de jazidas que suportem a expans\u00e3o industrial, favorecendo o crescimento econ\u00f4mico.<\/p>\n Outro projeto mapeia \u00e1reas de risco em 86 munic\u00edpios no estado. Aponta, ao todo, 245 \u00e1reas de risco alto e muito alto a inunda\u00e7\u00f5es, eros\u00e3o e deslizamentos e identifica 33.975 resid\u00eancias que podem sofrer desastres naturais, afetando 135.864 pessoas. Os dados v\u00e3o servir para a\u00e7\u00f5es preventivas.<\/p>\n H\u00e1 ainda um estudo sobre 11 \u00e1reas de risco a eros\u00e3o na regi\u00e3o costeira de S\u00e3o Lu\u00eds, nos bairros Vila Nova, Prainha, Sol Nascente, Bonfim, S\u00e3o Francisco, Ponta d’Areia, S\u00e3o Marcos, Calhau e Olho d’\u00c1gua. A partir da an\u00e1lise quantitativa de varia\u00e7\u00e3o da linha de costa feita pelos pesquisadores da CPRM, as praias do calhau e caolho foram classificadas como as regi\u00f5es de maiores taxas de eros\u00e3o, com varia\u00e7\u00f5es grandes das mar\u00e9s.<\/p>\n GEOPARQUE<\/strong><\/p>\n Um dos projetos mais inovadores faz a descri\u00e7\u00e3o e diagn\u00f3stico do patrim\u00f4nio geol\u00f3gico da regi\u00e3o de Carolina, munic\u00edpio no interior do estado. A ideia \u00e9 divulgar esse potencial como suporte t\u00e9cnico para que o estado possa propor \u00e0 Unesco a cria\u00e7\u00e3o de um geoparque no local. O estudo inclui o invent\u00e1rio e quantifica\u00e7\u00e3o dos geoss\u00edtios da regi\u00e3o que representam parte do patrim\u00f4nio geol\u00f3gico do pa\u00eds e que possuem ato potencial para o turismo.<\/p>\n “A cria\u00e7\u00e3o do geoparque em Carolina seria um meio de preservar as riquezas naturais e arqueol\u00f3gicas e, ainda, de desenvolver o turismo, o que significa empregos, gera\u00e7\u00e3o de renda e desenvolvimento local”, afirmou Gasparinho.<\/p>\n \u00c1GUAS<\/strong><\/p>\n Gasparinho destacou ainda, entre os produtos lan\u00e7ados no evento, o Atlas Digital dos Recursos H\u00eddricos do Estado do Maranh\u00e3o, elaborado pela CPRM e ANA. O levantamento apresenta cadastro com a localiza\u00e7\u00e3o e o diagn\u00f3stico de fontes de abastecimento por \u00e1gua subterr\u00e2nea de 211 munic\u00edpios.<\/p>\n “Apesar da riqueza h\u00eddrica, 97,2% das \u00e1guas do estado s\u00e3o subterr\u00e2neas e, somente, 2,8% s\u00e3o \u00e1guas superficiais. Nas nossas 12 regi\u00f5es hidrogr\u00e1ficas, existem \u00e1reas com escassez de \u00e1gua”, pontuou.<\/p>\n Ele citou o caso da bacia hidrogr\u00e1fica do Rio Parna\u00edba, que tem 19,5% de sua \u00e1rea e o rio Balsas, um importante afluente, localizados no estado, e apresenta n\u00edveis cr\u00edticos de escassez h\u00eddrica.<\/p>\n Segundo Gasparinho, o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente, juntamente com a ANA e os governos do Maranh\u00e3o, Piau\u00ed e Cear\u00e1, est\u00e1 trabalhando para a constitui\u00e7\u00e3o do Comit\u00ea da Bacia Hidrogr\u00e1fica do Rio Parna\u00edba. Um diagn\u00f3stico est\u00e1 sendo realizado, pela Codevasf, e servir\u00e1 de base para a elabora\u00e7\u00e3o do plano de recursos h\u00eddricos da bacia.<\/p>\n A situa\u00e7\u00e3o das \u00e1guas do Maranh\u00e3o, segundo Gasparinho, \u00e9 complexa, e exige a gest\u00e3o integrada com a das zonas costeiras. “Al\u00e9m do Mapa da Geodiversidade da Ilha de S\u00e3o Lu\u00eds, que estamos lan\u00e7ando, est\u00e3o em execu\u00e7\u00e3o os estudos hidrogeol\u00f3gicos da regi\u00e3o metropolitana da capital, para o uso sustent\u00e1vel dos recursos h\u00eddricos, resultante de um acordo entre ANA e CPRM, com a mobiliza\u00e7\u00e3o, conjunta, de R$ 4,8 milh\u00f5es”, informou.<\/p>\n “Com isso, conheceremos os sistemas aqu\u00edferos da Ilha de S\u00e3o Lu\u00eds, as rela\u00e7\u00f5es entre eles e com os corpos d’ \u00e1gua superficiais, bem como a avalia\u00e7\u00e3o de locais com restri\u00e7\u00f5es de uso da \u00e1gua, orientando a defini\u00e7\u00e3o de estrat\u00e9gias de gest\u00e3o das \u00e1guas subterr\u00e2neas da regi\u00e3o metropolitana, para sua preserva\u00e7\u00e3o”, finalizou Gasparinho.<\/p>\n Fonte: MMA<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Produtos s\u00e3o resultado de parceria entre CPRM e ANA e v\u00e3o contribuir para desenvolvimento sustent\u00e1vel do Maranh\u00e3o.<\/p>\n Enviado especial a S\u00e3o Lu\u00eds<\/p>\n