{"id":140855,"date":"2017-12-18T00:00:29","date_gmt":"2017-12-18T02:00:29","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=140855"},"modified":"2017-12-17T23:09:33","modified_gmt":"2017-12-18T01:09:33","slug":"cinco-graficos-que-explicam-como-a-poluicao-por-plastico-ameaca-a-vida-na-terra","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/12\/18\/140855-cinco-graficos-que-explicam-como-a-poluicao-por-plastico-ameaca-a-vida-na-terra.html","title":{"rendered":"Cinco gr\u00e1ficos que explicam como a polui\u00e7\u00e3o por pl\u00e1stico amea\u00e7a a vida na Terra"},"content":{"rendered":"
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A vida marinha corre o risco de sofrer danos irrepar\u00e1veis em decorr\u00eancia de milh\u00f5es de toneladas de res\u00edduos de pl\u00e1stico que v\u00e3o parar no mar todos os anos.<\/p>\n<\/div>\n

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“\u00c9 uma crise planet\u00e1ria. Estamos acabando com o ecossistema oce\u00e2nico”, afirmou \u00e0 BBC Lisa Svensson, diretora de oceanos do programa da ONU para o Meio Ambiente.<\/p>\n<\/div>\n

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Diante do alerta, a BBC preparou cinco gr\u00e1ficos para explicar como o pl\u00e1stico se transformou em uma amea\u00e7a ao meio ambiente e mostrar a dimens\u00e3o do estrago que ele pode causar ao ser descartado no oceano.<\/p>\n<\/div>\n

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Por que o pl\u00e1stico \u00e9 problem\u00e1tico?<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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O pl\u00e1stico da forma que conhecemos existe h\u00e1 cerca de 70 anos. E, desde ent\u00e3o, o uso desse material tem transformado muitas \u00e1reas – da confec\u00e7\u00e3o de roupas \u00e0 culin\u00e1ria, passando pela engenharia, design e at\u00e9 o com\u00e9rcio varejista.<\/p>\n<\/div>\n

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Quanto pl\u00e1stico est\u00e1 espalhado pela Terra? (Foto: BBC)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Uma das grandes vantagens de muitos tipos de pl\u00e1stico \u00e9 o fato de que s\u00e3o projetados para durar mais – por muitos e muitos anos.<\/p>\n<\/div>\n

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Praticamente todo pl\u00e1stico j\u00e1 produzido continua existindo, mesmo que n\u00e3o esteja em seu formato original.<\/p>\n<\/div>\n

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Em artigo publicado na revista acad\u00eamica Science Advances, em julho, o pesquisador Roland Geyer, da Universidade da Calif\u00f3rnia em Santa B\u00e1rbara, estima em 8,3 bilh\u00f5es de toneladas a quantidade de pl\u00e1stico j\u00e1 produzida no mundo.<\/p>\n<\/div>\n

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Desse total, cerca de 6,3 bilh\u00f5es de toneladas s\u00e3o classificadas como res\u00edduos – e 79% estariam em aterros ou na natureza. Ou seja, pouco material \u00e9 reciclado ou reaproveitado.<\/p>\n<\/div>\n

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A grande quantidade de res\u00edduos de pl\u00e1stico \u00e9 resultado do estilo de vida moderno, em que o pl\u00e1stico \u00e9 usado como mat\u00e9ria-prima para diversos itens descart\u00e1veis ou “de uso \u00fanico”, como garrafas de bebida, fraldas, cotonetes e talheres.<\/p>\n<\/div>\n

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Oceanos de pl\u00e1stico (Foto: BBC)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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4 bilh\u00f5es de garrafas de pl\u00e1stico<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Garrafas de bebida s\u00e3o um dos tipos mais comuns de res\u00edduos de pl\u00e1stico.<\/p>\n<\/div>\n

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Estima-se que 480 bilh\u00f5es de garrafas tenham sido vendidas em todo o mundo at\u00e9 2016 – o que representa 1 milh\u00e3o de garrafas por minuto.<\/p>\n<\/div>\n

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Somente a Coca-Cola foi respons\u00e1vel por produzir 110 bilh\u00f5es de garrafas de pl\u00e1stico.<\/p>\n<\/div>\n

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Um milh\u00e3o de garrafas s\u00e3o compradas por minuto (Foto: BBC)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Alguns pa\u00edses t\u00eam discutido maneiras de diminuir o consumo do material. O Reino Unido, por exemplo, debate oferecer \u00e1gua pot\u00e1vel de gra\u00e7a nas grandes cidades e criar unidades para devolu\u00e7\u00e3o de pl\u00e1stico.<\/p>\n<\/div>\n

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Que quantidade de pl\u00e1stico vai para o mar?<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Calcula-se que 10 milh\u00f5es de toneladas de pl\u00e1stico v\u00e3o parar no mar todos os anos.<\/p>\n<\/div>\n

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Em 2010, pesquisadores do Centro de An\u00e1lises Ecol\u00f3gicas da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos, contabilizaram 8 milh\u00f5es de toneladas – e estimaram 9,1 milh\u00f5es de toneladas para 2015.<\/p>\n<\/div>\n

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O mesmo estudo, publicado na revista acad\u00eamica Science em 2015, analisou 192 pa\u00edses com territ\u00f3rio \u00e0 beira-mar que est\u00e3o contribuindo para o lan\u00e7amento de res\u00edduos de pl\u00e1stico nos oceanos. E descobriu que 13 dos 20 principais respons\u00e1veis pela polui\u00e7\u00e3o marinha s\u00e3o na\u00e7\u00f5es asi\u00e1ticas.<\/p>\n<\/div>\n

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Enquanto a China est\u00e1 no topo da lista, os Estados Unidos aparecem na 20\u00aa posi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n<\/div>\n

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O Brasil ocupa, por sua vez, o 16\u00ba lugar do ranking, que leva em conta o tamanho da popula\u00e7\u00e3o vivendo em \u00e1reas costeiras, o total de res\u00edduos gerados e o total de pl\u00e1stico jogado fora.<\/p>\n<\/div>\n

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O lixo pl\u00e1stico costuma acumular em \u00e1reas do oceano onde os ventos provocam correntes circulares girat\u00f3rias, capazes de sugar qualquer detrito flutuante. H\u00e1 cinco correntes desse tipo no mundo, mas uma das mais famosas \u00e9 a do Pac\u00edfico Norte.<\/p>\n<\/div>\n

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O que pode acontecer com cotonetes (Foto: BBC)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Os detritos da costa dos Estados Unidos levam, em m\u00e9dia, seis anos para atingir o centro dessa corrente. J\u00e1 os do Jap\u00e3o podem demorar at\u00e9 um ano.<\/p>\n<\/div>\n

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As cinco correntes apresentam normalmente uma concentra\u00e7\u00e3o maior de res\u00edduos de pl\u00e1stico do que outras partes do oceano. Elas promovem ainda um fen\u00f4meno conhecido como “sopa de pl\u00e1stico”, que faz com que pequenos fragmentos do material fiquem suspensos abaixo da superf\u00edcie da \u00e1gua.<\/p>\n<\/div>\n

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Al\u00e9m disso, a decomposi\u00e7\u00e3o da maioria dos res\u00edduos de pl\u00e1stico pode levar centenas de anos.<\/p>\n<\/div>\n

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Existem, no entanto, iniciativas para limpar a corrente do Pac\u00edfico Norte. Uma opera\u00e7\u00e3o liderada pela organiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o-governamental Ocean Cleanup est\u00e1 prevista para come\u00e7ar em 2018.<\/p>\n<\/div>\n

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Por que \u00e9 prejudicial \u00e0 vida marinha?<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Para aves marinhas e animais de maior porte – como tartarugas, golfinhos e focas -, o perigo pode estar nas sacolas de pl\u00e1stico, nas quais acabam ficando presos. Esses animais tamb\u00e9m costumam confundir o pl\u00e1stico com comida.<\/p>\n<\/div>\n

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Tartarugas n\u00e3o conseguem diferenciar, por exemplo, uma sacola de uma \u00e1gua-viva. Uma vez ingeridas, as sacolas de pl\u00e1stico podem causar obstru\u00e7\u00e3o interna e levar o animal \u00e0 morte.<\/p>\n<\/div>\n

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Peda\u00e7os maiores de pl\u00e1stico tamb\u00e9m causam danos ao sistema digestivo de aves e baleias – e s\u00e3o potencialmente fatais.<\/p>\n<\/div>\n

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Com o tempo, os res\u00edduos de pl\u00e1stico s\u00e3o degradados, dividindo-se em pequenos fragmentos. O processo, que \u00e9 lento, tamb\u00e9m preocupa os cientistas.<\/p>\n<\/div>\n

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Uma pesquisa da Universidade de Plymouth, na Inglaterra, mostrou que res\u00edduos de pl\u00e1stico foram encontrados em um ter\u00e7o dos peixes capturados no Reino Unido, entre eles o bacalhau.<\/p>\n<\/div>\n

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Al\u00e9m de resultar em desnutri\u00e7\u00e3o e fome para os peixes, os pesquisadores dizem que, ao consumir frutos do mar, os seres humanos podem estar se alimentando, por tabela, de fragmentos de pl\u00e1stico. E os efeitos disso ainda s\u00e3o desconhecidos.<\/p>\n<\/div>\n

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Em 2016, a Autoridade Europeia de Seguran\u00e7a Alimentar alertou para o crescente risco \u00e0 sa\u00fade humana, dada a possibilidade de micropart\u00edculas de pl\u00e1stico estarem presentes nos tecidos dos peixes comercializados.<\/p>\n

Fonte: BBC<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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